quinta-feira, 28 de julho de 2011

Dia Mundial do Combate as Hepatites

O Dia Mundial da Hepatite, lembrado neste dia 28 de julho, é mais uma maneira de conscientizar todos sobre os dados alarmantes da hepatite e a importância de medidas preventivas para conter e controlar a doença. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), aproximadamente um terço da população mundial (dois bilhões de pessoas) está infectado pela doença. A cada ano, cerca de quatro milhões de indivíduos são infectados pela hepatite C e 130 a 170 milhões de pessoas desenvolvem a forma crônica, que aumenta o risco de cirrose ou câncer de fígado. No Brasil, os dados mais recentes do Ministério da Saúde indicam aproximadamente 284 mil casos entre 1999 e 2009. A partir de agosto, o Sistema Único de Saúde (SUS) irá oferecer testes rápidos para a detecção da doença.
Caracterizada por uma inflamação no fígado, a hepatite é provocada pelos vírus A, B, C, D ou E na maior parte dos casos.
Hepatite é toda e qualquer inflamação do fígado e que pode resultar desde uma simples alteração laboratorial, até doença fulminante e fatal. Existem várias causas de hepatite, sendo as mais conhecidas as causadas por vírus.

Importante lembrar esta data de combate às Hepatites, pois muitas vezes as pessoas sofrem com a doença e não estão cientes de seus sintomas.

A Hepatite A tem período de incubação curto, não cronifica, e na maioria das vezes tem evolução benigna para cura.
A Hepatite B, dependendo da idade do paciente infectado, antes ou depois dos 5 anos de idade, o quadro pode evoluir para cronicidade, em percentuais que variam de 10% a 90% do casos.
Na Hepatite C, a cronificação ocorre em mais de 80% dos casos.
A Hepatite D, se associada a Hepatite B, agrava o quadro clínico do paciente, com evolução mais rápida para cirrose ou câncer de fígado.
A Hepatite E pode determinar quadro grave em mulheres gestantes.

Nas hepatites A e E a transmissão é fecal-oral, ocorrida por meio de água e alimentos contaminados ou pelo contato de pessoa a pessoa. As hepatites B e D podem ser transmitidas pela via sexual, pelo sangue, pelo compartilhamento de alicates de unha, lâminas de barbear e escova de dente, após confecção de tatuagens e colocação de piercings. Também é possível ocorrer contaminação durante procedimentos cirúrgicos e odontológicos sem a adequada biosegurança. A mãe infectada pode passar para o bebê.

A principal fonte de contaminação da hepatite C na atualidade é o uso de drogas injetáveis, de forma compartilhada. Outras importantes fontes de contaminação são: a realização de transfusões de sangue sem realização de teste de detecção e o uso de instrumentos perfuro cortantes sem esterilizar (agulhas de injeção, instrumentos de manicura, pedicuro, dentista, acupuntura, tatuagens).

As hepatites podem ou não apresentar sintomas. Quando presentes, os sintomas são os seguintes: mal-estar, dor de cabeça, febre baixa, falta de apetite, cansaço, fadiga, dor nas articulações, náuseas, vômitos, coceira, desconforto abdominal na região do fígado e aversão a alguns alimentos e cigarro.

Não existe tratamento específico para a forma aguda. Se necessário, o tratamento pode ser apenas sintomático para náuseas, vômitos e prurido. Como norma geral, recomenda-se repouso. Dieta pobre em gordura e rica em carboidratos é popularmente utilizada, porém seu maior benefício é ser mais palatável para o paciente anorético. De forma prática, deve ser recomendado que o próprio paciente defina sua dieta de acordo com seu apetite e aceitação alimentar. A única restrição está relacionada à ingestão de álcool, que deve ser suspensa por seis meses, no mínimo, e preferencialmente por um ano.

Prevenção
A Hepatite A tem como medidas de prevenção os cuidados com a higiene pessoal - como lavar as mãos após ir ao banheiro, ao preparar alimentos e antes das refeições, além beber água tratada, lavar e desinfetar alimentos, como frutas e verduras, antes de serem consumidos crus.
A hepatite B tem como medidas de prevenção a vacinação, que confere imunidade efetiva em até 95% dos indivíduos jovens que recebem corretamente as três doses necessárias; o uso de preservativos nas relações sexuais; o uso das normas adequadas de biossegurança para procedimentos cirúrgicos e odontológicos; o não compartilhamento de objetos de uso pessoal e dos materiais utilizados para uso de drogas injetáveis e inaladas (canudinho, cachimbo, seringas etc).
Para a prevenção da hepatite C, utilizam-se os mesmos cuidados da hepatite B, com a diferença de não existir vacina contra esse vírus. As medidas de prevenção da hepatite D são as mesmas da B, já que esse vírus é adquirido apenas por pessoas que tiveram a B, vindo para agravá-la.


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