sexta-feira, 27 de julho de 2012

Casa Bonsai Promoveu a Festa JuLina SUSTENTÁVEL


A Casa Bonsai Recanto do Idoso festejou o “Arraiá Sustentável”, uma festa que alia conceitos de preservação ambiental aos elementos típicos dos festejos juninos brasileiros junto com estímulos cognitivos e motores dos hóspedes Bonsai.


A ideia foi trazer o conceito de desenvolvimento sustentável para a celebração, resgatando conceitos das festas juninas da época de cada hóspede, aliado com brincadeiras lúdicas.

Este ano sediamos a Rio + 20, que chamou atenção para questões como a ‘economia verde’ e a sustentabilidade (econômica, social, ambiental) e o evento é mais um motivo para a Casa Bonsai comemorar a Festa Julina Sustentável.



Principal foco: Não ao Balão!
Os hóspedes Bonsai confeccionaram balões decorativos com material reciclado e com informações sobre os riscos dessa prática desde a época deles. Passando a mensagem que os balões só servem para a decoração da festa.





Barraca da Sustentabilidade
Pescaria:
Como a pescaria não pode faltar num arraial, a Casa Bonsai apostou em uma forma de inserir os conceitos de economia verde e preservação ambiental na tradicional barraquinha de pesca.
Os participantes irão pescar lixos (garrafas pet, sacos plásticos, pneu, etc) com o intuito de limpar os rios e mares do nosso planeta.

Boliche de Pet:
Resgatar aos hóspedes Bonsai que podemos brincar com as sucatas que temos em casa, como antigamente, somente usando a criatividade e, principalmente, sem ter que comprar nada de novo.



Prendas conscientes:
Nessas brincadeiras, os participantes ganharam cartões com frases sobre sustentabilidade (elaboradas pelos hóspedes Bonsai) para colocarem junto ao vasinho de árvore que irão plantar visando neutralizar a emissão de carbono do planeta.

Desfile caipira sustentável
Um dos assuntos mais comentados quando se fala da preservação de recursos e do excesso de produção de lixo é o consumo consciente. Para ensinar a importância de consumir menos, a Casa Bonsai irá reciclar peças de roupas antigas. A fantasia de caipira já é tradicionalmente feita de retalhos, então por que não usar a imaginação para criar alguma coisa original?




Cardápio sustentável
Para evitar o desperdício e ser ecologicamente nutritivo, a Casa Bonsai em supervisão da nutricionista, preparará guloseimas com casca de banana e laranja, frutas do próprio pomar.

Quadrilha lúdica
Ser sustentável é valorizar a cultura local. A quadrilha Bonsai será uma ciranda com dinâmicas para interação de todos os presentes.
ü Frases da Quadrilha – Responder ao que pede a música (cumprimento, a ponte quebrou, olha a cobra, etc), durante as dinâmicas, afim de buscar a concentração de todos.
ü Abraço comunitário – Quando a marchinha parar, abraçar o número de pessoas que for destinado (ex: abraçar 7 pessoas ao mesmo tempo, depois 10 pessoas,  até que fique 01 único abraço com todos os participantes).



Objetivos terapêuticos para facilitar nas AVDs (Atividades da Vida Diária) e proporcionar maior Qualidade de Vida:

Objetivos Finos:
ü Coordenação motora fina e grossa
ü Força
ü Amplitude de movimento
ü Motricidade fina e grossa
ü Repetição do movimento
ü Bilateralidade e Trilateralidade
ü Grau de adaptabilidade (resistência/coordenação/substituição)
ü Criatividade
ü Psicomotricidade
ü Respiração (Controlando a saturação)
ü Postura
ü Extensão de membros superiores e inferiores

Objetivos Sensoriais:
ü Visual
ü Sensibilidade a luz
ü Cognitivo
ü Concentração
ü Atenção
ü Interpretação de sinais e sim bolos
ü Perceptiva
ü Diferenciação(figura- fundo/ percepção de cor)
ü Senso espacial
ü Equilíbrio
ü Habilidade organizacional
ü Motricidade visual

Objetivos Psicológicos:
ü Resgate de memória
ü Habilidade para solucionar problemas (planejamento/tentativa e erro)
ü Pensamento lógico
ü Emocionais
ü Atos passivos e ou agressivos e ou destrutivos
ü Gratificação
ü Auto-controle
ü Independência
ü Competição
ü Cooperação
ü Responsabilidade
ü Memória
ü Leitura
ü Expectativa e ansiedade
ü Surpresa e gratificação imediata








quinta-feira, 12 de julho de 2012

Qual a diferenças entre Nutricionista, Nutrólogo e Endocrinologista?


Qual devo procurar?

Muitas pessoas tem esta dúvida e não sabem qual o tipo de profissional deve procurar para ajudá-lo. Hoje em dia há tantas denominações e especialidades que fica difícil mesmo.
Segue abaixo, as definições dos profissionais citados e as diferenças entre eles:

• Nutricionista é o profissional que cursou por cerca de 4 a 5 anos a faculdade de nutrição e que segundo a legislação é o ÚNICO profissional a prescrever dietas, pois dentre estes 4 a 5 anos dedicou seus estudos apenas à alimentação humana, isso sem contar as possíveis especializações feitas após a graduação. O nutricionista após avaliação nutricional e diagnóstico clínico, prescreve um tratamento dietoterápico (cardápio e determinadas condutas de acordo com o objetivo), e se precisar lança mão também de suplementos e fitoterápicos. O nutricionista não pode prescrever medicações e nem solicitar internações.

• Nutrólogo é um médico que fez uma especialização em nutrição (pós, mestrado) e após uma prova específica, recebeu a obtenção do título. Ele possui maior conhecimento de nutrição do que outros médicos, e é capaz de avaliar carências de nutrientes no organismo, além de tratar obesidade e infecções gastrintestinais. Como qualquer médico, pode prescrever medicamentos e dar orientações nutricionais (orientação é diferente de prescrição de dietas).

Nenhum médico (nem mesmo o nutrólogo) está legalmente habilitado a prescrever dietas. O nutrólogo se diferencia mesmo do nutricionista no fato de poder prescrever medicamentos e de somente poder dar orientações alimentares gerais, como por exemplo: comer mais frutas, mas sem poder dizer o quanto de fruta aquela pessoa deve ingerir por dia. Já o nutricionista está capacitado para calcular e dizer o que e quanto aquele indivíduo pode comer.

• Endocrinologista é um médico especialista em endocrinologia que tem como principal função, estudar o funcionamento dos hormônios no organismo humano.
As principais áreas de atuação do endocrinologista são: o tratamento de diabetes, obesidade e alterações hormonais em geral (desordens da glândula tireoide, alterações do ciclo menstrual e outras doenças relacionadas à deficiência ou ao excesso de hormônios). Ele não está habilitado a prescrever dietas e assim como o nutrólogo, pode dar orientações alimentares gerais, sem especificações individualizadas e pode prescrever medicamentos.

Portal da Educação Física

terça-feira, 10 de julho de 2012

Alzheimer pode ser detectado com até 10 anos de antecedência


O Alzheimer é uma doença neuro-degenerativa debilitante, associada à perda de memória, demência e eventualmente perda de funções motoras.

Frequentemente é difícil diagnosticá-lo antes que ele já tenha progredido em um paciente. De acordo com o Centro Internacional de Alzheimer, cerca de 10 milhões de pessoas sofrem de demência apenas na Europa, sendo que o Alzheimer responde pela maioria dos casos. Durante anos, cientistas em todo o mundo têm tentado encontrar novos tratamentos ou mesmo a cura para ao mal, mas poucos até agora se mostraram realmente efetivos. 

Em um novo relatório científico publicado na edição do dia 1º de janeiro deste ano na revista Archives of General Psychiatry, um grupo de pesquisadores suecos mostrou ser possível detectar indivíduos com alto risco de desenvolver Alzheimer dez anos antes de eles apresentarem qualquer sintoma. Se essa técnica mostrar êxito, ela poderá se tornar uma importante ferramenta para tratar futuramente os pacientes. 

"O que temos mostrado é que é possível detectar as pessoas que têm alto risco de desenvolver o Alzheimer dez anos antes de elas desenvolverem a demência. O teste não é 100% preciso, então não é que se possa diagnosticar os pacientes antes de desenvolverem a demência, mas se pode identificar aqueles que têm alto risco de terem a doença no futuro. A pesquisa vinha nesta área havia dez anos. Estes bioindicadores, como os chamamos – os beta-amiloides e as proteínas tau – são conhecidos por sua associação com o Alzheimer. Mostramos que eles se alteram durante os estágios bem iniciais da doença", disse Oskar Hansson, professor de neurociência na Universidade de Lund (Suécia) e coautor do estudo. 

Se indivíduos com sintomas fracos mas altas chances de desenvolver a doença são identificados, maior a probabilidade de alcançar os efeitos positivos com as novas terapias.





Fonte: Correio do Brasil

Pílula Antiesquecimento


O laboratório do Instituto Vital Brazil (IVB), localizado em Niterói, na região metropolitana da capital fluminense, entregou às secretarias estaduais de Saúde os primeiros lotes de rivastigmina, medicamento destinado ao tratamento dos portadores de Alzheimer. A fórmula foi desenvolvida nacionalmente após a patente do proprietário original ter expirado.

Estão sendo entregues quatro toneladas do remédio, que serão distribuídas gratuitamente. A quantidade é capaz de atender ao total da demanda do país. De acordo com dados da Associação Brasileira de Alzheimer (Abraz), cerca de 6% dos 15 milhões de pessoas com mais de 60 anos sofrem com a doença.

O vice-presidente do IVB, Bernardo Horta, disse que o projeto é fruto de uma nova política de governo federal que, por meio de legislações específicas, incentivou a produção nacional da rivastigmina, fortalecendo o campo da saúde através de uma parceria público-privada.

De acordo com Horta, o processo de produção teve início há dois anos, quando o IVB constituiu uma parceria que envolvia o laboratório Laborvida, do Rio de Janeiro, e o laboratório EMS, de São Paulo, o maior produtor do país no campo dos medicamentos genéricos.

“Foi necessária muita pesquisa para desenvolver a formulação do medicamento. Um laboratório multinacional detinha a sua patente, que foi posteriormente expirada. Isso propiciou o processo de desenvolvimento da formulação do medicamento. A partir daí, resultou o registro na Anvisa [Agência Nacional de Vigilância Sanitária], e foi então iniciada a sua produção”, disse Horta.

Segundo o vice-presidente, o remédio deve estar disponível a partir de julho, e será entregue trimestralmente. O Ministério da Saúde será o responsável pela distribuição nacional gratuita do medicamento, por intermédio do Sistema Único de Saúde (SUS).

“O medicamento vai ser distribuído hoje a todos os almoxarifados de todas as secretarias de todos os estados da Federação. Haverá ainda uma destinação ao almoxarifado do ministério em Brasília, [para formação] do chamado estoque estratégico, ou seja, se faltar esse medicamento em algum local, por acréscimo de demanda, vai existir um quantum que poderá ser encaminhado”.

O Alzheimer é uma doença degenerativa, caracterizada pela perturbação das funções cognitivas, e é ainda incurável e progressiva, levando à morte. Esses sintomas muitas vezes são acompanhados pela deterioração do comportamento social, da motivação e do controle emocional.

Para a distribuição dos lotes, o Instituto Vital Brazil firmou com o Ministério da Saúde contrato de cinco anos, com o compromisso de atender toda a demanda nacional necessária. O medicamento a ser entregue possui formulações que variam de 1,5 mg a 6 mg, em embalagens de 15 cápsulas cada.




Fonte: Saúde Web

O perigo da automedicação


Estudo analisa os fatores associados à automedicação em pessoas com mais de 60 anos

Todos, em algum momento da vida, tomamos remédios por conta própria. Seja para curar aquela dor de cabeça ou uma gripe, todos temos uma caixinha de remédios em casa, a que recorremos quando alguma coisa não vai bem fisicamente. No entanto, um estudo publicado nos Cadernos de Saúde Pública, em fevereiro deste ano, mostrou que pessoas idosas são mais sensíveis aos efeitos adversos e toxicidade dos medicamentos e devem tomar muito mais cuidados antes de se automedicar.

O objetivo do estudo foi avaliar a prevalência e fatores associados à automedicação em idosos e identificar quais foram os principais remédios consumidos sem prescrição. Foram 1.515 pessoas com mais de 60 anos estudadas, sendo que cerca de 80% consumiram ao menos um medicamento nos três dias anteriores à pesquisa. Desses, 9% consumiram simultaneamente remédios prescritos e não prescritos.

Idosos com renda per capita menor consumiram mais medicamentos sem orientação médica. Entre os fármacos mais consumidos sem orientação médica, os pesquisadores identificaram dipirona, AAS, diclofenaco, Ginko biloba, paracetamol e homeopáticos.

Pessoas acima dos 60 anos tendem realmente a consumir uma quantidade maior de medicamentos do que pessoas mais jovens, afirma Neide Pereira, médica alergista e membro da Sociedade Brasileira de Imunologia (SBI). “Conforme envelhecemos, novos problemas de saúde aparecem. Sentimos mais dores, ressecamento da pele, fora as patologias existentes, como pressão alta, diabetes, colesterol. São poucas pessoas que envelhecem com bastante saúde. Um paciente com mais de 60 anos raramente é virgem de tratamento, sempre está usando alguma coisa. O médico tem que saber que medicamentos o paciente está consumindo antes de prescrever qualquer coisa. Uma dica que eu dou é: sempre que for ao médico, leve uma lista dos medicamentos que usa”.

Um remédio, por mais que seja indicado para tratar algum problema de saúde localizado, sempre tem algum efeito colateral. “Não é à toa que, em inglês, remédio é chamado de ‘droga’. Todos têm efeitos colaterais. Alguns medicamentos têm efeito cumulativo, precisam de mais tempo para causar alguma reação. A gente acredita que 10% dos pacientes apresentam alguma reação alérgica a medicamentos. Mesmo um gelzinho antiinflamatório é um medicamento, é absorvido. ‘De médico e louco, todo mundo tem um pouco’. Então, às vezes, a preguiça de procurar um médico para tratar de um resfriado – que sempre foi tão simples – pode gerar graves consequências”, alerta Neide.

A automedicação não é perigosa apenas pela possibilidade de alergia. Ainda existe o risco de interações medicamentosas, que poucas pessoas lembram de considerar. “Uma pessoa que já faz algum tratamento para o coração, por exemplo, e toma uma aspirina quando tem gripe, está realmente tomando dois medicamentos com a mesma ação, que se potencializam. Qualquer corte que ela sofrer, vai sangrar muito mais do que o normal. O vizinho que recomendou aquele remédio para aquele problema pode não tomar os mesmos que você toma, ter a mesma sensibilidade que você, pode ter outras doenças. A mistura de remédios pode causar aumento ou diminuição de pressão, tonteira, quedas, isso fora as alergias. Pessoas idosas, em especial, devem ter muito cuidado com os medicamentos que tomam”, diz a médica.

Quer evitar ter que ir ao médico a cada gripe que surgir e ainda quer evitar os problemas que podem surgir com a automedicação? Neide tem a solução perfeita. “O médico tem que ter um plano de ação com o paciente. Se ele já conhece os medicamentos que toma, sabe orientá-lo melhor. Basta perguntar a ele quais remédios pode tomar em caso de dores, gripes e resfriados, machucados pequenos, etc. O idoso deve levar à consulta uma lista com as perguntas que têm e os medicamentos que já toma, para que saia de lá com todas as dúvidas esclarecidas e corretamente orientado”, conclui


Hidrocefalia - Demência parecida com Parkinson e Alzheimer tem cura, porém, diagnóstico é o maior desafio


Perda de memória, dificuldade motora, perda do controle urinário. Esses parecem sintomas clássicos de demências muito mais comuns, como Parkinson e Alzheimer, não é mesmo?
No entanto, a hidrocefalia de pressão normal (HPN) é uma demência perigosa que, se não tratada, pode levar à morte. No entanto, uma boa notícia: a hidrocefalia é o único tipo de demência que, se vista a tempo, tem chance de cura total. O único problema é sua detecção pelo especialista e a falta de informação sobre a doença.

Apesar de são ser tão comum quanto o Alzheimer, a hidrocefalia de pressão normal (HPN) tem sua parcela de participação nas demências que acometem os brasileiros idosos. De acordo com o neurocirurgião e membro titular da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia (SBN) e membro do Grupo de Hidrodinâmica Cerebral do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas Fernando Gomes Pinto, "Por definição, hidrocefalia é 'água na cabeça'. Ela é responsável por 5% dos casos de demência na terceira idade e é a única que, quando tratada, a pessoa volta ao normal. No entanto, ainda existem 60 mil pessoas potenciais portadoras de HPN que não sabem e não estão sendo tratadas".

Os sintomas da hidrocefalia devem ser observados de perto, pois se confundem com o de outras demências, como o Alzheimer e o Parkinson. "A 'água' que provoca a hidrocefalia é o líquor, líquido produzido na cavidade do cérebro, ou ventrículos, e reabsorvido por ele mesmo, e que tem a função de hidratar e proteger o cérebro contra choques. Se ele, por algum motivo, tem problema para ser reabsorvido, começa a se acumular e os sintomas aparecem. A pessoa não sente dor em nenhum momento, mas começa aos poucos a sofrer com alterações na memória, dificuldade de andar e perda no controle da urina", diz o neurologista.

Fernando ensina que muitos fatores podem ser a causa da falha na reabsorção do líquor. "A HPN pode ser de dois tipos: secundária ou idiopática. Na primeira, algum fator externo, como um acidente, meningite, tumor ou até uma cirurgia podem alterar o sistema de reabsorção do líquido. Na segunda, a idiopática, a causa é desconhecida. Por não identificarem nenhuma causa para os sintomas, algumas pessoas podem acabar sendo diagnosticadas com Alzheimer e serem tratadas de forma incorreta, enquanto a HPN tem tratamento e cura", argumenta.

O tratamento da HPN pode ser feito de várias formas, dependendo da gravidade do caso. "A doença é detectada a partir de exames de tomografia e ressonância magnética. Através deles, é possível ver um acúmulo do líquido maior do que o normal. Em alguns casos, coloca-se uma prótese de silicone por baixo do couro cabeludo que tira o excesso de líquido e o joga para a barriga do paciente, onde será absorvido. Em outros, pode-se fazer a neuroendoscopia, que corrige a origem do problema. Se o paciente for diagnosticado e tratado em até dois anos, a partir do início dos sintomas, é possível a reversão total dos sintomas. A partir disso, a taxa de sucesso diminui. O problema é o desafio de diagnosticar corretamente a HPN sem confundi-la com outras demências ou até com 'é normal ser assim nessa idade'", diz Fernando.

Muitos acham normal que uma pessoa que já passou dos 60, 65 anos de idade apresente perda de memória. No entanto, esse sintoma é um indicativo de doença neurológica e deve ser verificado por um especialista. "Qual o estereótipo de uma pessoa idosa? Que anda de bengala, esquece as coisas e precisa daquela fralda geriátrica pois não tem controle sobre a bexiga. No entanto, essa ideia é totalmente falsa. Quantas pessoas com demência não estão sendo tratadas por seus familiares acreditarem que isso é normal. Mas não é normal envelhecer assim", conclui Fernando.



segunda-feira, 9 de julho de 2012

Conheça as oportunidades e saiba como continuar ativamente no mercado após os 50 anos


Quem disse que aos 50 anos é hora de começar a pensar em aposentar-se? De acordo com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), a composição de pessoas ocupadas está ficando mais concentrada nas faixas maduras, acima dos 50 anos de idade. De acordo com o Instituto, entre 2001 e 2009, houve um incremento de quase quatro pontos percentuais de trabalhadores com mais de 50 anos. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nas principais capitais do país 30,1% da população economicamente ativa já chegou à maturidade. Mas então, onde estão essas vagas?

Foi-se o tempo em que se acreditava que pessoas com 50, 60, 70 anos de idade estavam em tempo de aposentar a caneta. De acordo com Almir Zampolo, do Centro Universitário do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac), "há uma grande parcela de pessoas com mais de 50 anos que exercem cargos de gestão,  executivos, gerentes, entre outros, em empresas e organizações de diversos setores, como também estão inseridos nas atividades de ensino desenvolvendo cargos de gestão escolar e professores universitários, nas áreas do comércio e de prestação de serviços de maneira geral". A vice-presidente nacional da Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH), Elaine Saad, completa dizendo que "o que está acontecendo é que nos últimos anos o mercado de trabalho abriu para essas pessoas. Por trazerem uma experiência pregressa muito boa, são muito requisitadas em cargos de liderança".

Algumas pessoas nessa faixa etária, no entanto, ainda podem reclamar de dificuldades para conseguir um novo emprego. Almir diz que "não é correto afirmar que pessoas mais velhas têm dificuldades em conseguir um novo emprego sem analisarmos a formação e a qualificação dessa pessoa ao longo de sua trajetória profissional.  Se uma pessoa mais velha estiver preparada para o mercado, isto é, atualizada e com os conhecimentos, habilidades e atitudes conectadas com as mudanças, muito provavelmente essa pessoa terá alto grau de empregabilidade". Para Elaine, "a dificuldade que eles podem sentir talvez esteja na escolha da concorrência. Não adianta concorrer a cargo de empresa que necessita de gente mais jovem. Antes de tudo, é preciso entender que a necessidade da empresa, fazer uma busca inteligente dos melhores lugares para enviar o currículo e concorrer a uma vaga".

Para as empresas, contratar um trabalhador com mais de 50 anos pode ser extremamente vantajoso – e muitas já percebem isso. Segundo Almir, "as vantagens podem ser: profissional com bastante experiência na sua área de atuação, experiência de vida e inteligência para lidar com situações diversas e com pessoas de forma geral, experiência em organizações e seu funcionamento, obedece mais a hierarquia organizacional, pode compartilhar conhecimento adquirido com outras pessoas da mesma área (gestão de conhecimento), entre outras. Mas é bom lembrar que a pessoa nessa idade, para manter seu grau de empregabilidade, deve se atualizar sempre.  Dessa forma, ela sempre terá novas oportunidades de novas propostas de emprego".

Se você tem mais de 50 anos e está buscando um novo emprego ou um cargo melhor, oportunidade é o que não falta. Para te ajudar nessa saga, a vice-presidente da ABRH-Nacional, Elaine Saad, preparou seis dicas que você não pode deixar de seguir:

1.      A pessoa acima de 50 anos deve entender que o mercado mudou. Ela deve ter postura mais dinâmica e aberta para buscar o mercado, muito mais do que há alguns anos. Ela deve entender que o mercado de trabalho está mais receptivo para elas. É hora de aproveitar.
2.      Se puder trabalhar numa atividade na qual já tenha prática, é melhor. Algumas pessoas querem começar em atividades diferentes, para diversificar, mas eu não recomendo fazer isso. As empresas valorizam a experiência em alguma coisa. É bom ficar na mesma área, há chance maior de se colocar.
3.      Estabelecer o que é prioritário no momento. Na hora da conversa com o entrevistador, colocar o que você espera do trabalho. O que quer e não quer mais lidar no trabalho. Você pode optar por não querer mais trabalhar em um local distante de casa ou não fazer mais viagens ou não passar mais o dia ao telefone. Você deve estabelecer essas prioridades e tê-las bem claras.
4.      Possibilidade de adotar para tipos de oportunidades que podem surgir. A pessoa que trabalhou nos últimos 20 anos naquele feijão com arroz pode receber oferta de trabalho mais inovadora, diferente. E a empresa deve poder enxergar nela alguém que pode executar aquela nova tarefa. Mas, para isso, ela tem que estar aberta para ouvir as necessidades da empresa e se adaptar.
5.      As áreas que mais contratam pessoas com mais de 50 anos são: Call Center (especialmente para lidar com pessoas da mesma idade), atendimento (principalmente em shopping Centers, pois elas têm mais paciência e experiência na hora de lidar com o público) e como líder (algumas empresas procuram líderes dessa idade, pois enxerga-se neles uma habilidade maior de desenvolver os 'jobs' (trabalhos).
6.      O currículo de uma pessoa com mais de 50 anos é bastante igual aos outros. Mas é importante não esconder a idade, pois, às vezes, a empresa procura pessoa de mais idade. O currículo deve ser funcional, com área de atuação, interesse e histórico de trabalho.


As boas razões para continuar na ativa mesmo depois da chegada da aposentadoria


Foram 35, 40 anos de contribuição e muito suor. Finalmente, a luz no fim do túnel da aposentadoria chegou. Será que é hora de parar? Deixar de trabalhar para ficar em casa vendo televisão não é agradável para ninguém. Ver coisas novas, mudar a rotina, fazer atividades é importante não só para a saúde do corpo, mas também, para a do cérebro! Veja boas razões para continuar na ativa mesmo depois da aposentadoria.

Aposentado, o bancário Luiz Lupato Netto, de 73 anos, acredita que ficar parado é a pior coisa que um aposentado pode fazer. Segundo ele, "após a aposentadoria, trabalhar só se for em outra atividade. Quem se aposentou com um salário folgado para atender suas necessidades , deve preencher o tempo principalmente viajando, mantendo contato com novos amigos, internet, lazer de toda ordem. Enfim, não ficar parado".

Nada, absolutamente nada, trabalha sem ser estimulado. De acordo com a psicóloga, especialista em Psicomotricidade e Psicologia Hospitalar e professora da Pontifícia Universidade Católica (PUC-SP) Regina Celia Gorodscy, "do ponto de vista psiconeurológico é importante a continuidade das atividades após a aposentadoria. Se a pessoa continua na ativa, mantém os neurônios funcionando. Se ativo, você mantém seu aparato neurofisiológico. Se colocar em situações novas, lidar com formas positivas de estresse e cuidar da aparência física são situações de quem trabalha".

Para algumas pessoas, a aposentadoria ainda vem como o fim do tempo de trabalho. No entanto, Regina alerta que "a questão da aposentadoria é muito séria. Algumas pessoas se aposentam para ficar em casa vendo TV, sem se movimentar, sem se cuidar, com medo de tudo. Congressos de gerontologia que presenciei focalizavam que a vida sem sentido, parada, dentro de casa, sem inventar situações novas traria até alguns processos de demência. Se não cuida da alimentação, há ainda a deterioração orgânica também".

As vantagens de se trabalhar vão além do campo neurofisiológico, já colocado por Regina. Ela ainda acrescenta que "existem vantagens fisiológicas, psicológicas, ligadas a autoimagem e autoconceito. Muitos homens, quando param de trabalhar, desenvolvem processos de impotência. As pessoas ficam deprimidas quando não têm o que fazer. Trabalho é bom mesmo que seja voluntário. Quando um cuida do outro, lida melhor com sua própria situação. Importante talvez seja uma redução de carga horária, o nível de trabalho não pode mais ser estressante. Tem que ter tempo de sobra para cuidar de si mesmo, fazer exercícios e exercer atividades sociais".

Trabalhar é bom, mesmo quando já se cumpriu o tempo de contribuição. E tem gente que nem pensa em parar. A já aposentada – mas que atualmente trabalha como recepcionista – Margarida Candido da Silva, de 53 anos, garante. "Eu achei muito legal encontrar este emprego de recepcionista após a aposentadoria, pois estava me sentindo um pouco inútil, um pouco deprimida. Então foi uma benção para mim, pois até rejuvenesci! Tenho oportunidade de conhecer pessoas, tenho feito amizades com pessoas de diferentes personalidades e me enriqueço muito a cada dia. Meu trabalho é muito versátil, nunca cai na rotina. Adoro!", diz.


Empreendedorismo depois dos 50 cresce no Brasil, diz pesquisa.


Você é o seu chefe

"A sociedade pode se beneficiar de empreendedores de todas as faixas etárias. Num extremo as pessoas jovens têm ideias holísticas, perspectivas diferentes de observar o ambiente e formação diferente dos seus pais. No outro extremo as pessoas mais velhas possuem experiência, contatos e acumulam capital durante sua longa carreira" (GEM global 2010)".

Quando pensamos em novos empreendedores logo nos vem à cabeça jovens recém-formados com cerca de 30 anos de idade. Embora ainda a grande maioria de empreendedores esteja nessa faixa etária, a população de novos "chefes" com mais de 50 anos de idade tem crescido no Brasil e no mundo. De acordo com dados do Global Entrepreneurship Monitor (GEM), 25,6% dos empreendedores brasileiros tinham entre 44 e 64 anos de idade em 2010, número que vem aumentando continuamente desde 2007.

Empreender nada mais é do que criar novos negócios. O GEM, coordenado pelo Babson College, nos Estados Unidos, e a London Business School, na Inglaterra, é o maior estudo contínuo sobre a dinâmica empreendedora no mundo, e já envolve 59 países. Na pesquisa, os dados sobre a atividade empreendedora são obtidos por meio de pesquisa quantitativa com uma população na faixa etária entre 18 e 64 anos. No Brasil, a Taxa de Empreendedorismo em Estágio Inicial (TEA) é a maior desde que entrou na pesquisa, em 1999. Entre os países do G20 que participaram da pesquisa, o Brasil é o que possui a maior TEA, seguido pela China e a Argentina.

Abrir seu próprio negócio após os 50 pode ser até mais vantajoso do que na juventude. De acordo com o consultor de empresas da Retorno Consultoria Michel Beltrão, "não só pelo conhecimento que a pessoa adquiriu durante a vida, a experiência conta muito também. Além disso, essas pessoas já possuem uma maior cultura geral, já sabem lidar melhor com clientes e também podem segurar melhor a onda dos riscos. Ser empresário é correr riscos, não tem jeito. É um processo de tentativa e erro. Se a pessoa pode continuar tentando, não tiver medo de correr riscos, dificilmente será um mau empresário".

Meter as caras, correr risco, continuar tentando e não parar nunca. É esse o pensamento da empresária aposentada Jacinta Rosa Okde, de 57 anos. "Durante todo o tempo de vida profissional ativa eu me preparei para continuar trabalhando. Não como uma necessidade vital, mas uma atividade prazerosa e que me trouxesse algum rendimento. Eu sempre afirmei que eu não me aposentaria, mudaria de atividade. Além de anos de experiência acumulada na empresa em que trabalhei, me formei em Direito há oito anos, justamente com o objetivo de me capacitar, pois isso me habilita e me dá  uma visão ampla e legal da atividade que exerço", conta.

Não é todo mundo que pode abrir uma empresa e ter sucesso. Para isso, tem que ter um mínimo de conhecimento da área e fazer como Jacinta: capacitar-se cada vez mais. Para Michel, "ter sucesso em um empreendimento não depende somente do nível de escolaridade, a pessoa precisa também conhecer o meio onde atua. Tem que saber contabilizar os lucros da empresa, tem que saber entender os riscos do mercado. É a cultura do business, que falta nos brasileiros. Uma empresa não é uma extensão da família, é um negócio. Tem que saber ouvir conselhos, saber a hora de mudar".

Embora tenha terminado agora a faculdade de Direito, Jacinta reconhece que precisa de mais para lidar com o seu negócio E uma coisa é certa: a coragem para tentar, sempre. "Como trabalhei e me aposentei numa grande empresa eu tenho a exata vivencia e sei lidar com balanços, faturamentos, contabilidade, fornecedores, prestadores de serviços e sei lidar também com o fator humano. Gosto do que faço. Gosto de lidar com construção, obras, pedreiros, plantas, projetos. São experiências acumulados ao longo do tempo que eu trouxe pra nova atividade", diz a empresária. E o conselho para futuros empreendedores? "Não se meta a fazer e nem a administrar o que não sabe, tem que conhecer bem o seu negócio".


quinta-feira, 5 de julho de 2012

Dicas de planejamento financeiro para quem cuida de parentes idosos


Quem tem um parente idoso sabe que, mais cedo ou mais tarde, ele precisará de algum cuidado especial. Demência, quedas e a própria idade passam a ser um empecilho na vida do idoso e, nessa hora, o parente mais próximo deve estar preparado para se tornar um cuidador.

No entanto, cuidar de um idoso demanda tempo, preparo psicológico e dinheiro para arcar com despesas de transporte, medicamentos, avaliações médicas e alimentação e muitos cuidadores acabam pedindo demissão. Uma pesquisa realizada nos Estados Unidos estima que os cuidadores perdem um total de três trilhões de dólares ao saírem dos seus empregos. Aprenda a organizar sua vida financeira para cuidar do parente idoso sem aperto.

Cuidar de uma pessoa idosa sai caro. Segundo a gerontóloga Aline Elizabete Penha Francisco, "tudo para os idosos é diferenciado, e isso pode sair mais caro. A alimentação deve ser balanceada e muitos já não podem comer qualquer tipo de comida industrializada. Além disso, os medicamentos que eles tomam muitas vezes são caros e eles precisam ir ao médico com frequência. Além disso, o lazer do idoso é meio complicado pois a ideia é levá-lo para fazer o que mais gosta, teatro, etc. E, para o parente que não tem tempo de cuidar do idoso, a presença de um cuidador profissional é fundamental".

Quem tem um parente idoso precisa se programar e organizar as finanças antes que a necessidade de cuidar dele apareça. Isso evita sustos e gastos excessivos quando a hora chegar. De acordo com Aline, "hoje em dia, a população idosa já está vivendo mais. Famílias organizadas conseguem se planejar financeiramente para arcar com as despesas de cuidar de um parente idoso. O certo é que ela fique sempre em contato com um gerontólogo, que, além de maximizar a qualidade de vida do idoso, irá preparar a família para o que pode acontecer no futuro".

Quando surge a necessidade de "criar" mais tempo para cuidar de um parente idoso, a primeira solução que muitas pessoas consideram é pedir demissão do atual emprego. O MetLife Mature Market Institute publicou uma pesquisa que revela números impressionantes. Esse estudo descobriu que, nos Estados Unidos, 10 milhões de pessoas que cuidam de pais ou parentes idosos e saem dos seus empregos prematuramente perdem cerca de três trilhões de dólares em salário, aposentadoria e benefícios durante a vida. A média de perda é de 304 mil dólares por pessoa.

Para ajudar a evitar desgaste financeiro para cuidar de um parente idoso com os custos ocultos do cuidado, a MetLife organizou algumas dicas muito úteis para parentes cuidadores. 

Confira a seguir:
Pense duas vezes antes de sair do seu emprego para cuidar da pessoa doente, uma vez que isso terá um impacto duradouro nas suas finanças e num futuro emprego. Além de perder seus rendimentos mensais, você também pode perder anos de serviço necessários para ter direito à aposentadoria, ou para receber uma pensão do governo.

Verifique com seu empregador quais são os benefícios oferecidos e como você poderia substituí-los caso precise sair do emprego. Seu empregador talvez possa oferecer algumas opções como horário flexível ou licença médica ou familiar para que você possa continuar no emprego e ao mesmo tempo cuidar do seu parente.

Avalie o que você tem e as despesas para cuidar do paciente. Considere seus custos atuais para viagens, home care e qualquer outro item de sua responsabilidade. Some todos os custos extras atuais necessários ao cuidado do paciente e separe uma verba para essas despesas.

Procure benefícios públicos. Veja se existe algum serviço comunitário de baixo custo ou gratuito, ou mesmo organizações sem fins lucrativos que possam ajudar.

Calcule quanto custaria para manter seu ente querido em casa. Existem muitos recursos que permitem que uma pessoa idosa envelheça em casa, como serviços adicionais de entrega de refeições em domicílio, serviços de acompanhante e modificações na residência.

Considere contratar os serviços de um gestor de cuidados geriátricos. Este gestor em geral é um assistente social ou enfermeiro que dá serviços de consultoria com avaliação, indicação e monitoramento de um plano de cuidados para idosos.

Cuidado com possíveis abusos financeiros. Pessoas idosas, principalmente aquelas que têm alguma deficiência física ou cognitiva, podem ser vulneráveis à exploração inescrupulosa que pode exaurir as economias da família.

Converse com seu ente querido sobre questões legais, financeiras e médicas. Consulte a possibilidade de ter uma procuração por tempo determinado ou indeterminado e a execução de um testamento em vida.

Poupe um valor para suas próprias necessidades de aposentadoria. Pense em quanto você precisará para manter seu atual estilo de vida depois de se aposentar os especialistas geralmente fixam esse valor em 80% da sua renda atual.




Adeus, calorias!!! Saiba como acelerar seu metabolismo e perder mais calorias depois dos 50 anos.


As calorias daquele brigadeiro que você comia nas festas de aniversário dos finais de semana sumiam num piscar de olhos quando você tinha seus 20 ou 30 anos. Hoje, você sente uma culpa horrível quando extrapola um pouquinho. Isso acontece porque, com o envelhecimento e a chegada da menopausa, para as mulheres, o metabolismo do organismo tende a desacelerar, dificultando a perda de peso. No entanto, seguindo dicas simples, é possível dar adeus às calorias mais rápido do que você pensa.

O processo de envelhecimento altera o nosso corpo – principalmente o feminino. E a chegada da menopausa dificulta ainda mais a manutenção da boa forma. De acordo com o professor de pós-graduação em Endocrinologia na Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO) Isaac Benchimol, "na menopausa, a partir dos 40 anos, progressivamente, a mulher perde seus hormônios sexuais e os hormônios de crescimento. O organismo perde a capacidade de reposição proteica, ou seja, ele quebra as proteínas e não consegue repor com a mesma velocidade. A reposição hormonal ajuda a retardar o processo de desaceleração do metabolismo, mas não consegue reverter 100%, imitar a situação anterior".

Se o organismo já não consegue mais metabolizar o que ingerimos com a mesma velocidade de antes, não podemos continuar comendo da mesma maneira, ou iremos, fatalmente, engordar. "Quando se mantém a ingesta das mesmas coisas e o metabolismo desacelera, o peso tende a aumentar. Se não tomar cuidado, comer de forma incorreta e não praticar atividades físicas, ajuda a desenvolver a primeira das doenças metabólicas: a obesidade. Pessoas obesas têm mais chances de sofrerem de hipertensão, que aumenta chance de aumentar o colesterol e triglicerídeos, e, consequentemente, diabetes, infarto, acidente vascular cerebral (AVC) e alguns tipos de câncer", analisa Isaac.

A desaceleração do metabolismo tem maior impacto nas mulheres do que nos homens. Isaac explica que isso acontece porque "o homem tem mais massa muscular. Com isso, tende a ter menos queda metabólica. Enquanto essa perda nelas começa aos 48, 50 anos de idade, eles vão começar a perceber por volta dos 65. No entanto, eles acabam ganhando mais peso, até pelo seu estilo de vida, e sofrem com mais frequência com as doenças metabólicas como colesterol elevado, hipertensão, infarto, AVC. Já as mulheres são mais longevas, foram programadas para durar mais. Elas se adaptam melhor a essa segunda etapa da vida".

A melhor coisa que podemos fazer para evitar as doenças do envelhecimento seria, mesmo, não envelhecer. Mas como fazer isso? "A evolução é inexorável, não tem como mudar. Bastam que três fatores estejam em boas condições: a paixão pela vida, o cérebro e as pernas. Sem qualquer uma delas, você não consegue fazer mais nada. Tendo esses três é fácil manter-se ativo. Pode reparar que todos os brasileiros longevos são ativos: Oscar Niemeyer, Manoel de Barros. Não tem história de longevo que se aposentou aos 60 e ficou em casa. Se já não quer mais trabalhar, vá procurar alguma tarefa que te instigue e seja agradável, de preferência em companhia de outras pessoas", finaliza o médico.

As maneiras mais garantidas de acelerar - ou, pelo menos, retardar o processo de desaceleração – do metabolismo são: praticar atividades físicas e fazer reposição hormonal. No entanto, ainda existem mais alguns truques que você pode usar para dar um empurrãozinho. Veja as dicas que o endocrinologista Isaac Benchimol preparou:

1. Não fazer dietas radicais
Quando você corta radicalmente as calorias ingeridas, o seu organismo, como mecanismo de defesa, desacelera o metabolismo de forma a preservar os nutrientes que ainda têm no seu corpo. O valor calórico tem que ser adequado e dividido nas refeições de forma agradável. Você tem que ter o direito de sair um pouco no jantar de família ou na festa do final de semana, além de comer com prazer diariamente.

2. Variar a intensidade e duração dos exercícios físicos
Se fizer todos os dias a mesma coisa, aquele negócio programado, rotineiro, vira mania. O corpo se acostuma àquele ritmo e para de responder com eficiência. Se você está acostumado a caminhar 40 minutos em volta do quarteirão todo dia, passe a dar uma volta na praia ou no parque. Além de evitar a rotina e melhorar a agilidade do exercício, você ainda pode fazer daquela atividade uma coisa lúdica e muito prazerosa.

3. Comer proteína
Todas elas. De carne, peixe, frango e porco. O ideal é o consumo de 150g de alguma proteína diariamente, o que equivale a um bife do tamanho da palma da sua mão.

4. Beber água
Esse é óbvio. A água é essencial para o funcionamento de todos os processos metabólicos do nosso corpo. Devemos beber entre 1,5l e 2l por dia.

Atenção: comer refeições pequenas a cada três horas não contribui para acelerar o metabolismo, embora seja bom para o nosso organismo. A primeira coisa que esse hábito faz é afastar a obesidade, primeira doença metabólica. Afastando a obesidade, o risco de desenvolver as outras doenças associadas diminui consideravelmente.



A memória e o sono. Estudo americano sugere que mesmo um cochilo pode ajudar a impulsar a saúde do cérebro


Depois de um dia cheio e cansativo, nada como aquelas horinhas de sono para repor as energias e preparar o corpo para o dia seguinte. No entanto, nem sempre conseguimos cumprir todas as horas de sono que precisamos para garantir o perfeito funcionamento do corpo. E é aí que entra o problema. O sono é fundamental para o bom funcionamento do cérebro, pois ele ajuda a melhorar as funções cognitivas, capacidade e resolução de problemas e, principalmente, a memória. A boa notícia é que mesmo um cochilo no fim da tarde já pode fazer muito bem ao cérebro, segundo um estudo da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos.

Dormir é fundamental para que o nosso corpo consiga funcionar bem. De acordo com o neurologista e membro titular da Sociedade Brasileira de Neurologia (ABN) Oscar Bacelar, "o sono é uma função biológica que tem o objetivo de preparar e recuperar o corpo para o dia novo. Todas as informações vividas ao longo do dia serão consolidadas à noite, enquanto dormimos. Além disso, o sistema imunológico também precisa das horas de sono para se recompor. É nessa hora que os problemas internos são reparados para o outro dia. Por isso, pessoas que não dormem bem tendem a sofrer mais com esquecimentos e infecções do que pessoas que têm uma boa noite de sono".

A quantidade de sono necessária para a manutenção das nossas funções varia de pessoa para pessoa. "O nosso sono é dividido em ciclos. Em geral, dormimos entre quatro e cinco ciclos por noite, sendo que cada um dura uma média de 90 minutos. Cada ciclo é composto por quatro fases: as superficiais (1 e 2), sono profundo (3) e Rapid Eye Movement (REM ou Rápido Movimento dos Olhos). Todas as fases são muito importantes e cada uma tem sua peculiaridade, mas é na fase REM onde ocorre o total relaxamento muscular e as ondas elétricas cerebrais estão em maior atividade, favorecendo a fixação na memória dos acontecimentos do dia. É nessa fase que acontecem os sonhos. Pessoas que tomam calmantes tendem a ter uma supressão do sono REM. Ou seja, embora o medicamento ajude a adormecer, o sono é superficial a noite toda e o corpo não se recupera para o dia seguinte. É a pior coisa", diz Bacelar.

Embora o período mais importante para a memorização ocorra durante a fase REM do sono, muita coisa acontece nas fases menos profundas. Um estudo da Universidade de Harvard testou os efeitos de um simples cochilo de 45 minutos em estudantes universitários. Após fazer uma série de exercícios por 30 minutos, metade deles pode cochilar, enquanto a outra metade ficou acordada, mas em silêncio, descansando. Depois desse tempo, eles tiveram que refazer os exercícios. Embora os estudantes que dormiram não tenham atingido a fase REM, eles tiveram uma melhor performance na resolução das questões do que aqueles que se mantiveram acordados. Ou seja, o estudo prova que mesmo um simples cochilo pode nos ajudar a resolver problemas do dia-a-dia.

Embora a importância do sono seja de conhecimento geral, muitos ainda não dormem bem à noite. Oscar afirma que "esses estudos se replicam, demonstrando que o sono ajuda na resolução de problemas. A gente ainda não sabe exatamente o que cada fase representa na memória, mas sabemos que todas elas são fundamentais para esse processo. No entanto, metade dos brasileiros dorme mal, mas são poucos que investigam a causa e como resolver a questão. O maior perturbador do sono é a apneia, que atinge 20% da população, e muitas pessoas podem nem saber que a têm. As pessoas estão dormindo mal, dormindo pouco. Além de afetar a memória, uma noite mal dormida aumenta a probabilidade de ganho de peso e de infecções".



Além do mouse. As vantagens da internet e do computador para quem já passou dos 60 anos.


Aprender informática pode representar muito mais que o domínio de uma nova tecnologia. Para os idosos que superam esse desafio, lidar com o computador revela outras potencialidades, eleva a autoestima e os insere na atualidade. Fica mais fácil entender o mundo.

Essas e outras descobertas estão no livro Terceira idade e informática – aprender revelando potencialidades, da psicóloga e pedagoga Vitória Kachar. Um desdobramento da tese de doutorado da autora, a obra "resgata o potencial intelectual de pessoas da terceira idade, mostrando como a informática pode criar condições para que elas se desvelem para a vida em vez de ficarem reclusas em seus mundos de memórias e do passado", conforme o orientador do trabalho, José Armando Valente, no prefácio do livro.

Vitória explica que a ideia da tese surgiu quando ingressou na Universidade Aberta da Terceira Idade (Uati), da PUC-SP, para lecionar informática. O objetivo, segundo ela, não era fazer apenas com que os alunos dominassem as técnicas, mas mostrar também como a informática pode trazer à tona outros talentos. "Quando as aulas começaram, percebi que eles estavam entusiasmados por aprender algo novo. A expectativa no início é alta e eles querem tornar-se experts. Fui testemunha desses aprendizes, o que me deu embasamento para escrever a tese", diz.

De acordo com a autora, são diversos os motivos que levam essas pessoas a superar o medo da máquina para dominar a tecnologia. Entretenimento, o desejo de manter-se atualizado e a maior interação com os "brinquedos eletrônicos" dos netos são alguns deles. "No início, os alunos demonstram o medo da novidade, mas logo é superado pela vontade de aprender", aponta Vitória. Além do temor, os idosos enfrentam ainda algumas dificuldades iniciais, como utilizar o mouse e identificar os ícones.

Com o passar do tempo, os obstáculos vão dando lugar aos potenciais descobertos e à felicidade em produzir algo novo. Vitória conta que a alegria é grande quando os alunos escrevem seus próprios textos e conseguem imprimi-los. Tanto que ficam orgulhosos e mostram as conquistas aos familiares. "Quando dominam a informática, os idosos se sentem valorizados, inseridos no mundo contemporâneo, e passam a entender melhor as transformações da atualidade", destaca ela.

O jornal Compuctador foi a forma encontrada de expressar o talento revelado pelas aulas. Incentivados por Vitória, os alunos escrevem os textos para o veículo, nas versões impressa e digital. Segundo ela, o jornal é um espaço para a maturidade mostrar a sua cara e romper preconceitos. "O idoso é tido como incapaz, e no curso eles provam que têm sonhos, são ativos e podem produzir", argumenta. Prova disso são os poetas, colunistas e escritores descobertos nas aulas. Não é à toa, portanto, que a demanda pelo curso cresce a cada ano. Um exemplo que deve ser seguido.


Serviço:
Terceira Idade e Informática – aprender revelando potencialidades
Vitória Kachar
Cortez Editora, 208 páginas