terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Como aproveitar ao máximo a consulta com o Médico Geriatra?

As primeiras consultas geriátricas, em geral, são mais demoradas que o habitual, portanto fique tranqüilo em sanar todas as suas dúvidas para começar uma nova “parceria”.

Horário:
Programe-se para chegar cerca de 20 minutos antes da sua consulta. Especialmente na primeira vez, talvez você não conheça bem o local, demore para estacionar o carro, ou o idoso precise usar o banheiro antes da consulta e ainda precisará preencher uma ficha com a secretária.
Você sabe que quando se acompanha um idoso, não devemos fazer nada com pressa, para evitar acidentes e frustrações....

Acompanhante:
Quase sempre é interessante que o paciente venha à consulta acompanhado para que o ajude a se lembrar de algumas questões, a memorizar orientações e tratamentos propostos.
Entretanto, o acompanhante deve procurar ser oportuno deixando o paciente se expressar livremente, não respondendo por ele, mas somente ajudando-o quando não se lembrar ou não puder falar por alguma limitação.
O ideal é vir com um ou no máximo dois acompanhantes, evitando as “comitivas”. Muitas vezes, será conveniente que em algum momento da consulta o paciente converse às sós com o médico.

Como contar o histórico clínico:
Procure fazer um resumo em ordem cronológica dos problemas de saúde que tiver (escreva algumas palavras que o ajudem a lembrar na hora da consulta). Ao falar de sintomas novos, conte quando começaram, quando são desencadeados, como são aliviados e como interferem no dia-a-dia. Se há vários sintomas, liste-os, fale o que acha mais importante primeiro e procure ser objetivo ao descrevê-los.

Não deixe para o final da consulta nenhuma queixa, porque isso pode mudar todo o raciocínio médico sobre quadro clínico.

Procure lembrar-se também de todos os tratamentos médicos e cirurgias realizadas no passado. Mencione os médicos ou especialidades com os quais faz ou fez algum tratamento. Procure pensar nos problemas de saúde de seus familiares mais próximos (pais, irmãos, tios, primos de primeiro grau e filhos).
Essas informações serão questionadas pelo médico.

Lembre-se que o médico que lhe atende procurará ser compreensível. Médicos não são seres diferentes dos “comuns dos mortais”, são de “carne e osso”. Não tenha “medo de levar broncas”. Por isso, seja sincero, fale a verdade e não omita informações.
O alicerce da relação médicoXpaciente, que é uma parceria em prol do bem do paciente, é a confiança estabelecida entre ambos.

Assim, se não estiver fazendo direito um tratamento, diga-o claramente e procure pensar nos motivos: esquecimento, incômodo, receio dos efeitos colaterais, impossibilidade financeira, não aceitação da doença etc.
O médico, por sua vez, deverá ajudá-lo a contornar suas dificuldades nesse sentido. Também não minimize nem exagere nas descrições de seus sintomas.

Se houver dificuldade para ouvir ou enxergar, avise o médico. Não esqueça de levar os óculos e os aparelhos auditivos.
Não tenha receio de conversar sobre assuntos íntimos, eles integram o bem-estar físico-psíquico-espiritual da condição humana. Se estiver acompanhado, sinalize que deseja conversar em particular. Se for o caso, fale dos sentimentos que o incomodam: tristezas, angústias, estresse, questões sexuais, dificuldades econômicas, preocupações, sinais no corpo que o assustaram (um sangramento, por exemplo, ou uma dor “diferente”, um “caroço” etc).

Tire todas as suas dúvidas e pergunte com franqueza. O médico deve lhe explicar com a linguagem que lhe for compreensível. Volte a perguntar se continuar não entendendo alguma informação, seja sobre o seu diagnóstico, sobre os exames pedidos ou sobre as medicações e orientações prescritas.

É bastante útil, ao fim da consulta, que o paciente ou o acompanhante faça um resumo das orientações e dos tratamentos propostos para assegurar que nada foi mal compreendido. Em geral, o médico escreve as orientações mais importantes. Se ele não o fizer, faça você as suas anotações.

Medicações:
Leve anotado todos os nomes e dosagens de todas as medicações que foram utilizadas no último mês e os horários em que são tomadas. É importante não deixar de lado nenhum remédio, incluindo os “caseiros”, “naturais”, “vitaminas”, “calmantes”, colírios, remédios para dor, para tontura, para o intestino, para dormir, ou qualquer outro, mesmo que ache que “não tem muita importância”.
Pode ser útil levar as receitas de outros profissionais.

Controles:
Algumas vezes os médicos pedem alguns controles a serem realizados em casa. Esses controles podem ser medidas de pressão arterial, de glicemia capilar, de temperatura ou podem ser “diários” em que o paciente deve anotar sua alimentação, atividades físicas ou funcionamento do intestino, da bexiga etc. Esclareça bem a forma de fazer esses controles e não esqueça de levá-los na próxima consulta!

Exames:
Leve todos os exames relacionados ao seu estado atual. Não esqueça dos que foram pedidos na última consulta. Quanto a exames de rotina, leve os últimos de cada tipo (última mamografia, ultrassonografia, ecocardiograma, densitometria óssea etc).
Em geral, não é aconselhável jogar fora exames antigos, mesmo se são normais. Eles podem ajudar a verificar a época em que determinada doença surgiu e acompanhar a evolução da mesma.

Boa consulta em prol da sua qualidade de vida e envelhecimento com saúde!!!


segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Como o artesanato ajuda na institucionalização dos idosos na Casa Bonsai

Artesanato Duplo-Terapêutico


A atividade de Mosaico na proposta da construção do vaso de plantio para identificação pessoal foi o maior sucesso!!!!

Na construção do vaso:
Esta atividade mantivemos o foco em:

·        Diminuir a ansiedade,
·        Trabalhar força muscular,
·        Coordenação motora grossa,
·        Atenção (com a quebra dos azulejos artesanais),
·        Proporcionar um maior grau de concentração,
·        Movimentos finos e de pinça,
·        Interação grupal, destacando a individualidade de cada um,
·        Criatividade
·        Memória
·        Diferenciação (figura-fundo/percepção de cor).


Enquanto todos quebravam os azulejos, pudemos fazer as intervenções individuais de cada hóspede; onde estimulamos a coordenação motora, força, motricidade fina e visual.

Enquanto todos estavam “quebrando/destruindo” os azulejos, a terapeuta (TO) conversava com todos, buscando as passagens não sadias da vida de cada hóspede, ou que mais lhe perturbava naquele momento.
Todos os hóspedes sentiram-se confortáveis em abrir suas vidas no setting.

Neste ato que “quebrar/destruir” os azulejos e ao mesmo tempo cada hóspede falou de passagens, na vida, que lhe perturbavam, conseguimos abrir as feridas antigas e cicatrizá-las, dando uma sensação de alívio do peso que estavam carregando.




Quando, finalmente, todos os azulejos estavam destruídos e todos mais aliviados, começamos a montar o mosaico no vaso. Este ato de “construção”, após a destruição, foi aceito em 100% de todos os participantes idosos.

O papel da Terapeuta Ocupacional foi muito importante para que pudéssemos ter esta aceitação de “construir” pelos hóspedes idosos. É normal que o idoso não queira construir mais nada a essa altura de vida. A grande parte por medo da frustração e outra por falta de estímulos familiares.





Enquanto montávamos o mosaico, conversamos somente de passagens boas e alegres que eles tiveram na vida. Foram questionados, também, o que eles gostariam de ter feito e não fizeram.
Virou uma discussão muito produtiva; ao mesmo tempo em que trabalhávamos memória e parte motora, trabalhamos a parte psicológica de cada um também.

Esta proposta do mosaico foi uma atividade com resultado imediato, onde todos ficaram surpresos com o resultado do próprio trabalho em um simples “bate papo”. Enxergaram que ainda “podem se permitir” a tudo e que ainda “podem construir algo”.
Aumentaram a auto estima e confiança, perceberam que ainda podem ser autônomos.

O plantio

Nesta atividade trabalhamos:

·        Conscientização tátil
·        Coordenação motora
·        Espaço temporal
·        Profundidade
·        Quantidade e figura fundo
·        Psicomotricidade
·        Sensibilidade
·        Comprometimento/responsabilidade.



Cada hóspede escolheu o que gostaria de plantar com o intuito do resgate da infância e se comprometeram a cuidar do plantio todos os dias. Voltando a ter responsabilidades.

Quando nasceram os brotos, a psicóloga trabalhou com os clientes e respectivos vasos a proposta do afeto. A relação de cada hóspede com os familiares, a transferência e contra-transferência de pessoas e principalmente o sentimento da institucionalização.



terça-feira, 24 de janeiro de 2012

1ª Gincana Cognitiva da Casa Bonsai Recanto do Idoso

Objetivos:
Estimular a cognição (atenção, concentração, memória), e aflorar o instinto de competição X cooperação entre os hóspedes da Casa Bonsai, além do trabalho de resgate de memórias passadas.

O tema:
Atividades da Vida Diária – AVDs, dividida em seis partes:

a) Alimentação
b) Vestes
c) Higiene bucal
d) Higiene corporal
e) Higiene capilar
f) Limpeza doméstica

Atividade:
Iniciamos a sessão dividindo os hóspedes em Grupo I e Grupo II, balanceando as equipes quanto às patologias e afinidades.

Foram reproduzidos os comerciais das décadas de 60 e 70 relacionados aos subtemas, gerando uma emoção e surpresa muito forte em todos os participantes ao recordarem da época dos comerciais.

A cada exibição de comercial, foram apresentadas as questões relacionadas com  as cenas que, por vezes, dava a oportunidade de um grupo de cada vez responder e, por vezes, estimulava a atenção e a agilidade motriz dos hóspedes; já que somente quando era falado “valendo”, os integrantes podiam levantar as mãos e, aquele que levantasse mais rápido, tinha a chance de responder para marcar ou não ponto para seu grupo, assim estimulando a competição individual e cooperação grupal.

Ao final da gincana, computado os pontos conquistados pelos grupos. Finalizamos distribuindo prendas lúdicas para todos os participantes como forma de estímulo e gratificação por terem participado.

Encerramos a Gincana assistindo, novamente, os melhores comerciais selecionados pelos hóspedes e relembrando as situações vividas em cada época relacionada aos comerciais.


Assista alguns dos comercias exibidos na gincana: www.youtube.com/watch?v=65h6LTJA168

domingo, 22 de janeiro de 2012

Dicas para o Cuidador de Idoso conseguir emprego

Vinte e um milhões de idosos no Brasil. Daqui a 15 anos, 32 milhões de idosos. Desses, pelo menos 15% estão cada vez mais dependentes da família para as atividades mais comuns do dia-a-dia, tais como se vestir, tomar banho e se alimentar. O aumento da incidência de doenças como Alzheimer e câncer só vem aumentar mais ainda o número de idosos dependentes.

Assim, as cuidadoras profissionais de idosos cada vez mais são procuradas pelas famílias, que não podem mais cuidar de seus idosos sozinhas. Certamente, será uma das profissões mais requisitadas num futuro bem próximo. Entretanto, recebemos comentários e e-mails de cuidadores que reclamam que não está sendo fácil arrumar emprego ou manter-se empregado.

Ressaltamos a todos os cuidadores, porém, que somente vontade de trabalhar com os idosos não seja suficiente para entrar nesse mercado de trabalho. Escrevo abaixo 10 dicas básicas para aumentar as chances de conseguir emprego nessa área e produzir uma boa carreira e um bom currículo.

·        Em primeiro lugar, é imprescindível saber lidar com idosos, ter vocação para trabalhar com pessoas idosas.

·        Vontade e vocação só não resolvem. O aprimoramento teórico é importante, ou seja, é necessário estudar sobre cuidar de idosos, fazer um bom curso de cuidador de idosos.

·        Somando-se à vocação e ao estudo, temos também o treinamento prático. Buscar trabalho voluntário em asilos e hospitais filantrópicos poderá ser um ótimo estágio para iniciantes e posterior fonte de referência para futuros empregos.

·        Nunca se deve mentir sobre o que não sabe fazer ou de tarefas que nunca desempenhou. Não coloque no currículo aquilo que não foi realizado por você.

·        Se você não tem facilidade em redigir o seu currículo, peça ajuda. Um currículo mal feito tem o mesmo efeito negativo que não ter um currículo para apresentar.
      Além de escrever somente seus trabalhos, seus cursos e estágios reais, evite colocar, ao final, palavras ou frases que pouco definam seus objetivos no emprego desejado. Exemplos negativos: “quero dar o melhor de mim”, “não decepcionarei meu empregador”, “irei me esforçar para conseguir meus objetivos”. Exemplos de objetivos positivos e que agradam a quem contrata: “Com minha experiência, pretendo ajudar o idoso no seu dia-a-dia, auxiliando no cuidado à sua saúde.” “Creio estar capacitada para ajudar a família a cuidar melhor de seu idoso, oferecendo meus serviços e minha experiência”.

·        A primeira impressão é que fica! Ao ser chamada para uma entrevista na casa do empregador ou numa instituição de longa permanência, vista uma roupa adequada, evitando saias curtas ou blusas decotadas, calce sapatos fechados e faça um penteado sóbrio. Nunca se apresente de bermuda, saias curtas, sandálias ou chinelos, cabelos despenteados e com tatuagens aparentes.

·        A primeira semana de trabalho revela claramente a experiência e real capacidade do cuidador em cuidar do idoso. E, podem ter certeza, a família que emprega vai estar observando tudo, nos mínimos detalhes.

·        A casa do idoso e de sua família é seu santuário. Tal como o padre e o médico, o cuidador de idosos não poderá comentar com ninguém o que viu, ouviu ou presenciou durante o seu trabalho. Em outras palavras, não poderá participar a outros de fora, o que se passa dentro da casa do idoso.

Construir uma carreira e um bom currículo leva algum tempo, muito estudo e trabalho. Ninguém nasce sabendo e nem vai ser em 1 ou 2 anos que teremos um bom cuidador ou uma cuidadora experiente.

Seja empenhado naquilo que faz, trabalhe com seriedade e, principalmente, conquiste amigos e parceiros nas família com quem trabalhará. Por cuidar de idosos dependentes e doentes, pode ser que seu tempo de trabalho em cada família não passe de 4-5 anos. E são essas famílias que darão respaldo e referências sobre seu trabalho. Para um bom cuidador, uma boa cuidadora sempre haverá famílias que queiram contratar com um excelente salário.

sábado, 21 de janeiro de 2012

Cuidar de idosos: mais dicas

Existem pré-requisitos básicos que todos os familiares e cuidadores de idosos dependentes devem saber. O trabalho de cuidar não é fácil, requer a flexibilidade e abertura para melhorar continuamente e enfrentar muitos desafios emocionais. 

Os cuidadores e familiares devem aprender a conhecer e concentrar os seus sentimentos e sempre escolher pelo otimismo e entusiasmo para o bem-estar da pessoa sob seus cuidados.

Cuidar e acompanhar uma pessoa idosa nos faz perguntar e refletir sobre a transitoriedade da vida e nos desperta sentimentos de ansiedade, preocupação ou desamparo. Portanto, reconhecer esse fatos permitirão ao cuidador e ao familiar enfrentarem os desafios de seu trabalho e obter uma resultado, para ambos, enriquecedor.

Veja mais algumas dicas:

·        Aceitar o idoso como ele é, sem preconceitos de gênero, raça, nacionalidade, origem, doença, dentre outros.

·        Executar plano de cuidados diários para desenvolver uma forma sistemática. Isso vai facilitar tanto o cuidador e a pessoa idosa cuidada a conhecer o cronograma de atividades e o ritmo de atendimento. Fornecer segurança para ambas as partes. Os objetivos no plano de cuidados deve ser claro, fácil de ser realizado, a curto prazo, não deve levar à frustração na sua abordagem.

·        O plano de cuidado deve ser tomado em consideração às preferências e os hábitos da pessoa idosa em uma situação de dependência, sempre que possível.

·        Agir com calma e paciência. O tratamento deve ser respeitoso, profissional (para o cuidador) e humanizado. No entanto, deve haver segurança para evitar a superproteção, o que tende a aumentar ainda mais a situação de dependência.

·        Evite apelidos que infantilizem a pessoa mais velha. Chamá-los de “meu neném”, “vovozinha”, “minha criança” ou algo semelhante pode ser humilhante, irônico e abala a auto-estima da pessoa idosa.

·        Muita dependência é positiva apenas para quem cuida e porque a  pessoa idosa está em uma situação de fragilidade.  A confiança é sempre um valor a buscado e depende da relação de cuidado entre o familiar, o cuidador e o idoso.

·        Respeitar a individualidade de cada pessoa idosa. No caso de uma instituição de longa permanência, não é bom rotular “todos” os idosos, por exemplo, sob o mesmo denominador, ou seja, todos são muito parecidos no tratamento. Embora possam apresentar problemas e doenças semelhantes, cada pessoa idosa deve ser tratada e considerada individualmente.

É importante que o cuidador de idosos ou o familiar estejam dispostos a ouvir, apoiar e explicar. O que isso significa? Basicamente, significa deixar a pessoa idosa tomar suas próprias decisões, quando tiverem condições para tal.


Medicamentos – O que o médico deve informar?

1 – Dose – A quantidade de remédio varia conforme a doença e pode não ser a mesma indicada na bula. O médico deve informar qual é a indicada no caso e por quê. Exemplo: a bula recomenda 40 gotas a cada oito horas, mas o seu caso exige a metade.

2 – Interação alimentar – o médico deve instruir o paciente sobre o melhor horário para consumir o medicamento e explicar o por quê. Exemplo: perto das refeições alguns antibióticos não agem como deveriam. Já os antiinflamatórios que afetam o sistema gastro-intestinal devem ser ingeridos com alimentos. Hormônios para tiróide devem ser utilizados em jejum.

3 – Interação com outros medicamentos – Anote todos os remédios que costuma tomar – mesmo os ocasionais – para não esquecer de informar ao médico. O uso conjunto de certas substâncias pode potencializar ou atrapalhar a ação de outro remédio.

4 – Medicamentos sedativos – Ainda que ele não pergunte, informe se trabalha com máquinas de risco ou com veículos. A prescrição de sedativos ou hipnóticos pode causar perda de concentração.

5 - Gravidez – Qualquer suspeita deve ser avisada. Alguns medicamentos – como analgésicos, anestésicos e anti-depressivos, entre outros – podem causar má formação do feto.

6 – Histórico de doenças do paciente – O médico deve estar ciente de todas as doença crônicas do paciente.

7 – Alergia – Informe se já teve reação – ou suspeita – alérgica, mesmo se causada pelo mais simples medicamento.

8 – Letra legível – Exija uma prescrição legível. Segundo o código de ética medica, uma receita escrita claramente é direito do paciente e obrigação do profissional.

9 – Entender a indicação dos medicamentos – Alguns remédios, apesar de indicados para o tratamento de certas doenças, podem auxiliar em outras (caso do ácido acetil-salicílico, cuja prescrição clássica é a analgesia mas que também passou a ser receitado para “afinar” o sangue). Peça essa informação ao médico.

10 - Idosos não devem tomar muitos medicamentos – as pessoas idosas têm, em média, 3 a 5 doenças. Assim, tomam até 6 a 8 medicamentos diferentes. O médico deverá ter cuidado especial ao prescrever um novo medicamento, pois como já foi escrito acima, há uma grande probabilidade de ocorrer interação, ou seja, mistura de medicamentos e isso causar efeitos colaterais sérios. Sempre pergunte ao médico se as misturas de vários remédios não podem estar causando algum dano ao idoso.




Os dez mandamentos do amor ao idoso

I – Deixa-o falar - Porque do passado ele tem muito a contar. Coisas verdadeiras e outras nem tanto, mas todas úteis aos espíritos ainda em formação.

II – Deixa-o vencer nas discussões - E não fiques a lembrar a todo instante que suas idéias estão superadas. Ele precisa sentir-se seguro de si mesmo.

III – Deixa-o visitar seus velhos amigos - entreter-se com seus camaradas, porque é dessa maneira que ele consegue reviver os tempos idos.

IV – Deixa-o contar histórias demoradas - ou, muitas vezes, repetidas, porque ele precisa provar a si mesmo que os outros gostam de sua companhia.

V – Deixa-o viver entre as coisas que amou - e que sempre recorda, porque ele já sofre ao sentir que, aos poucos, vai sendo abandonado pela vida.

VI – Deixa-o reclamar, mesmo quando está sem razão –  porque todo ancião, tem direito, como as crianças, à tolerância e à compreensão.

VII – Deixa-o viajar em teu carro –  quando saíres de férias ou nos fins de semana, porque sentirás remorso, se algum tempo depois ele já não estiver aqui para fazer-lhe companhia.

VIII – Deixa-o envelhecer com o mesmo paciente afeto - com que assistes aos teus filhos crescerem, porque em ambos os casos estarás, demonstrando o mesmo sentimento de amor e proteção.

IX – Deixa-o rezar onde e como queira – porque ele deseja ver sempre a sombra de Deus no resto de estrada que ainda vai percorrer.

X – Deixa-o morrer – entre braços poderosos e amigos, porque o amor dos irmãos é o melhor sinal do amor do Pai que está no céu.



Nota: “Os dez mandamentos do amor ao idoso” foram redigidos na Itália, por um frade carmelita. A tradução para o português foi feita por um confrade da mesma ordem, residente em Teresópolis, RJ. O texto acima foi revisto por um poeta pernambucano que não quis se identificar. São dele alguns acréscimos ao texto original.





quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Cuidados na hora de dormir

Dormir é uma das melhores coisas do mundo, além de tudo é importantíssimo para relaxar e recuperar as energias gastas durante o dia, por isso essa hora deve ser sagrada. Porém, algumas vezes dormimos de mau jeito, ocasionando dores pelo corpo, principalmente nas costas, são as chamadas lombalgias, sendo assim é muito importante tomar alguns cuidados para evitar essas dores.

A posição ao deitar-se para dormir e também o colchão e o travesseiro utilizados podem influenciar na saúde da coluna. Durante o sono, em geral, o decúbito dorsal (deitar com a barriga voltada para cima) e lateral (para os lados esquerdo ou direito) são as melhores posturas. Além disso, pessoas que apresentam dor nas costas devem evitar dormir com a barriga para baixo.

Segue abaixo algumas dicas para cuidar da coluna na hora de dormir:
·        O colchão mais indicado para dormir é o semi-rígido, onde a densidade da espuma deve variar conforme o peso;

·        Quem dorme de lado deve utilizar um travesseiro da altura do ombro;

·        Coloque seu travesseiro sob sua cabeça, não sob seus ombros;

·        Evite travesseiros com muito enchimento, eles não deixam sua cabeça descansar em uma posição neutra;

·        Durma de lado, com seus joelhos levemente dobrados e com um travesseiro entre seus joelhos. Essa é a melhor maneira de manter uma postura corporal adequada enquanto permanecer deitado;

·        Evite torcer suas pernas em direção ao tórax. Se você tem que dormir de costas, coloque um travesseiro sob seus joelhos para dar um apoio à curvatura normal da parte inferior das costas;

·        Evite dormir de barriga para baixo, já que isso pode agravar as dores nas costas e no pescoço;

Muitos fabricantes de colchões promovem os de superfície extra-firme, mas pode ser que um colchão seja firme demais. Do mesmo modo, alguns colchões podem ser macios demais, especialmente os que possuem uma cobertura extra-macia de penas. Nenhuma das duas situações permite o repouso dos seus músculos, já que eles precisam trabalhar durante a noite toda para encontrar uma posição confortável e para manter a postura correta.

Vale ressaltar que as dores na coluna tem vários fatores, mas uma posição adequada com um colchão e travesseiro apropriado ajudam a evitar ou mesmo prevenir as dores.





Ele não quer fazer fisioterapia! E agora?

Não é incomum nos depararmos com casos em que o idoso se nega a realizar a fisioterapia. Geralmente, nestas condições, a família tende a literalmente “forçar a barra” e obrigá-lo a fazer; afinal de contas, “papai não sabe mais o que é bom para ele”.

Pois bem, temos aí um assunto longo e complexo a ser discutido. Primeiramente, vamos esclarecer um conceito importante para levar esse tema adiante: o que é AUTONOMIA? Uma pessoa é considerada autônoma quando tem as capacidades mentais intactas para administrar sua própria vida, mantendo livre arbítrio. Um idoso, mesmo que dependente fisicamente, pode sim manter sua autonomia, ou seja, tem direito de escolher o que é melhor para si.

Então o que eu, como família/acompanhante, devo fazer?
Uma vez explicados todos os pontos positivos e as conseqüências da não realização de um tratamento, cabe somente ao idoso o poder de decisão.

A família tem, sim, que fazer parte deste processo, mas como auxiliares e não diretores. Acredito que, quando um tratamento é realizado, deixando muito claro ao paciente que determinada ação será tomada e o quanto aquilo melhorará sua vida, a tendência da negação a este será menor.

Cabe também aos terapeutas esta função, explicar objetivo por objetivo, exercício por exercício, talvez assim seu paciente entenda a via final do tratamento e até colabore mais para que a reabilitação/prevenção seja bem sucedida.

As atividades com resultados imediatos, mostram que o idoso “ainda é capaz” e aumenta a autoconfiança e autonomia dele, afastando o medo da “frustração”de não conseguir realizar os exercícios.