segunda-feira, 27 de junho de 2011

Casa Bonsai incentiva a Capoterapia para a Terceira Idade

Capoterapia é uma terapia utilizando elementos da capoeira adaptada para pessoas da terceira idade, respeitando a condição física, as potencialidades, os limites e as características psicológicas individuais de cada hóspede.


A prevenção de doenças degenerativas do Aparelho Cardiovascular, Respiratório e Locomotora são os principais problemas da medicina atual, pois estas doenças ocupam os primeiros entre as causas das mortes e invalidez em grande parte das nações. Estes problemas estão presentes principalmente em pacientes da terceira idade.


Durante os últimos 12 anos ficou provado que os idosos podem se beneficiar com participação em programas de treinamentos físicos. É neste intuito que a Capoterapia tem atuado, ajudando a medicina curativa a proporcionar melhor qualidade de vida ao idoso.


Capoterapia é uma terapia utilizando o lúdico da capoeira, idealizado pelo Mestre Gilvan, de Brasilia DF. Devido ao sedentarismo dos grandes centros, aliado às doenças cardiovasculares e respiratórias, ser o grande responsável pela mortalidade entre os mais vividos, doenças como a arteriosclerose e a artrite, entre outras, podem ser evitadas, ou mesmo tratadas, a partir da prática orientada de exercícios físicos.
 

A prática de esportes, com ênfase nos seus aspectos terapêuticos e de estímulo à prática socializante, tem se revelado como um poderoso instrumento para proporcionar o bem estar físico e espiritual e a própria felicidade aos idosos, num momento tão particular de suas vidas, onde o convívio familiar lhes impõe um certo isolamento natural. A capoeira, em particular, trabalhada na perspectiva de respeitar as condições físicas próprias da terceira idade, pode se converter num eficaz meio de valorização da vida social dos idosos, fazendo do seu ambiente um pólo catalisador e irradiador de cidadania.


quinta-feira, 23 de junho de 2011

Como cuidar do idoso com incontinência

A incontinência urinária é uma patologia que afeta milhares de pessoas em todo o mundo e constitui-se como um dos maiores entraves à realização das tarefas mais básicas do dia-a-dia.

Os cuidados com um idoso que sofre de incontinência
A forma como cuida de um idoso que sofre de incontinência está relacionada com a forma de como lida com ele e como o incentiva. Conheça os cuidados principais que pode ter com alguém que sofre de incontinência urinária.
Dos principais, destacam-se os seguintes:

Monitorizar a ingestão de líquidos
É necessário encontrar um ponto de equilíbrio na quantidade de liquídos que um indivíduo ingere. Os líquidos em excesso irão fazer com que ele se desloque várias vezes ao banheiro. A ingestão de poucos liquídos pode tornar a urina mais concentrada e prejudicar a bexiga ao torná-la menos ativa. Deve conversar com o médico antes de fazer qualquer mudança significativa na ingestão de liquídos.

Prestar atenção na alimentação
Existem alimentos e bebidas que podem agravar a incontinência, como é o caso das bebidas alcoólicas, água com gás, cafeína e os alimentos ricos em ácidos. Deve procurar seguir uma alimentação rica em fibras e hidratos de carbono.

Utilizar roupas íntimas absorventes
A utilização de roupas intímas absorventes é muito importante, pois protege um indivíduo em caso de alguma fuga urinária e mantém-o sempre seco e confortável.

Lidar com distúrbios emocionais
A incontinência pode causar num indivíduo vários distúrbios emocionais, inclusive, pode conduzir à sua depressão. Dessa forma, e para que não aconteça, deve desdramatizar a situação e falar com o incontinente de uma forma clara e compreensiva. Essa é a melhor maneira de lidar com a situação e vai ajudar o incontinente a perceber que a sua vida não precisa de mudanças radicais.

Algumas dicas práticas para lidar com a incontinência
Para a maioria das pessoas, ir ao banheiro é uma rotina que faz parte do seu dia-a-dia – e é algo que não se repara. No entanto, no caso de um idoso, ele pode querer usar o banheiro e não ser capaz de ir.
Conheça algumas dicas:

ü  Certifique-se que o idoso que esta cuidando sabe onde fica o banheiro ;
ü  Confirme que o acesso ao banheiro está livre e que não existem móveis ou tapetes ao longo do caminho que possam atrapalhar os movimentos do idoso;
ü  Deixe a porta do banheiro aberta quando não estiver utilizando. Se estiver fechada, o idoso pode pensar que está ocupada;
ü  Assegure-se que o banheiro é fácil de ser utilizado. Considere a possibilidade de instalar corrimões ao longo do banheiro para dotá-lo de funcionalidade;
ü  Certifique-se de que as roupas do idoso são fáceis de ser retiradas e desabotoadas. Tenha atenção que, para um idoso, o velcro é mais fácil de ser manuseados que os botões e zípers;
ü  Se ir ao banheiro revela-se impossível, a utilização de uma “comadre”ou “papagaio”pode ser a resposta mais adequada.


Algumas dicas para prevenir o aparecimento da Incontinência Urinária

Existem formas de manter a bexiga saudável e de ajudar a minimizar as hipóteses de vir a sofrer de incontinência urinária.
Conheça algumas das dicas principais:

ü  Deve beber de 6 a 8 copos de líquidos por dia e assim encontrar o seu ponto de equilíbrio entre o que ingere e as vezes que se desloca ao banheiro. Deve fazê-lo, especialmente se fizer exercício físico, para manter os níveis de hidratação constantes;
ü  Deve evitar, tanto quanto possível, bebidas alcoólicas e alimentos com cafeína;
ü  Durante um dia deve urinar, no máximo, de 3 em 3 horas. Tenha em atenção que levantar-se no meio da noite para urinar é normal, porém mais de duas vezes, não é;
ü  Quando vai ao banheiro para fazer as suas necessidades, não deve fazer força ao esvaziar a bexiga. As mulheres que tem a “bexiga caída” devem aguardar 3 a 5 segundos depois do primeira jato de urina e, em seguida, devem tentar esvaziar a bexiga mais um pouco.
ü  Opte por realizar exercício físico com regularidade, de modo a manter o seu peso constante;
ü  É aconselhável que ingira algo quente pela manhã para que o seu trânsito intestinal seja mais fluído;
ü  Deve deixar de fumar, pois o fumo aumenta o risco de cancro na bexiga e a tosse de tabagista pode exercer excesso de pressão sobre a bexiga.

O que é a incontinência e quais os seus tipos principais

A incontinência está relacionada com a perda involuntária de urina e representa um enorme retrocesso na qualidade de vida de uma pessoa.

O que é a incontinência?
A perda do controle da bexiga é chamada de incontinência urinária. Trata-se de uma perda involuntária de urina que ocorre quando a pressão que existe dentro da bexiga é maior do que a que se verifica dentro da uretra (canal condutor da urina).
A incontinência urinária é uma condição que pode ocorrer em qualquer idade, mas afeta principalmente as pessoas idosas. Contudo, o seu aparecimento não é exclusivo da idade e do envelhecimento do corpo humano, dado que pode variar de indivíduo para indivíduo, mediante o nível etário, sexo, cultura, costumes, estilo de vida e contexto sócio-familiar.
A incontinência urinária causa um enorme constrangimento e mal-estar a qualquer indivíduo e prejudica seriamente a sua qualidade de vida, no entanto, é uma patologia que pode ser travada e tratada.

Os tipos de incontinência
A incontinência pode ocorrer por vários motivos, pois o seu aparecimento pode estar relacionado com infeções da região urinária, infeções vaginais, irritação, tosse, constipação e certos medicamentos que podem causar problemas do controlo da bexiga. Porém, é de realçar que os sintomas variam de acordo com o tipo de incontinência.
Existem 4 tipos principais de incontinência. São eles:

A incontinência de esforço
Consiste na perda de pequenas quantidades de urina quando se realiza um determinado esforço, como por exemplo: a realização de exercício físico, tossir, rir, saltar, levantar objetos pesados ou outros movimentos do corpo que colocam pressão sobre a bexiga. Este é o tipo de incontinência mais comum e afeta principalmente as mulheres quando estas atingem a menopausa.

A incontinência de urgência
Acontece quando a bexiga tenta esvaziar-se apesar de existirem vários esforços para controlar a sua perda. Existe uma falta de coordenação entre os impulsos que o cérebro envia para a bexiga e o que a bexiga faz. Isto pode resultar em perdas de urina consideráveis e fazer aumentar a frequência com que um indivíduo urina. Este tipo de incontinência encontra-se nas pessoas que sofrem de diabetes, doença de Parkinson e Alzheimer. Por vezes, é também um sinal de cancro precoce na bexiga.

A incontinência por regurgitação
Surge devido a existência da perda de urina pela retenção/obstrução das vias urinárias ou por uma flacidez da barriga. É normalmente causada por uma obstrução como impacto fecal, próstata aumentada, lesão nervosa ou anomalia na uretra. Diabetes e lesões da medula espinhal podem causar este tipo de incontinência.

A incontinência funcional
Revela a incapacidade de chegar ao banheiro em tempo e acontece devido a falta de mobilidade ou a doença mental como demência ou Alzheimer. Este tipo de incontinência é muito comum nas pessoas acamadas e nas que tem dificuldades em se movimentar.

Estes são os principais tipos de incontinência que podem afetar um indivíduo. Para travar e tratar esta disfunção é necessário contatar um médico especializado como um Urologista ou Ginecologista para uma avaliação mais personalizada.

Mau hálito do Idoso


A halitose, ou mau hálito, é mais comum do que a maioria das pessoas imagina. Não é uma doença, mas pode ser sim um sinal, ou sintoma, de que alguma coisa não vai bem no organismo.

Especialistas afirmam que pelo menos 100% da população terá, ou já teve, halitose em algum momento da vida. Entre os 40 e 65 anos de idade, esse número chega a 47% e acima dos 65 anos, 67% sofrem de halitose crônica.
É mais facilmente percebido por estranhos do que pela própria pessoa. Muitas vezes essa constatação deixa-a constrangida, insegura e retraída, principalmente se tiver que conversar com alguém. Fazem uso de balas e enxaguatório bucal, para poder se sentir seguro diante das pessoas, o que além de não resolve o problema, podem acentuar o odor em alguns casos.

Causas
A literatura registra que de 90% a 95% das halitoses, ou mau hálito, são causadas na própria boca, principalmente na língua, e cerca de 5% a 10% têm outras causas.
A língua possui diversas reentrâncias que retêm resíduos de alimentos, células descamadas e placas bacterianas que começam a fermentar e a liberar odor de enxofre. Este processo, juntamente à higiene oral deficiente, é, sem dúvida, a principal causa do mau hálito.
Cáries, substâncias plásticas usadas na confecção de dentaduras e próteses (por infiltração de líquidos bucais), próteses mal adaptadas e restaurações defeituosas também são fontes de mau cheiro. Inflamações e infecções da gengiva (problemas periodontais), causadas principalmente pela falta de higiene crônica, também são uma causa muito comum de halitose.

Mau hálito matinal
O mau hálito matinal não é, no entanto, considerado um problema, pois é fisiológico, presente em 100% da população. Ele acontece devido à leve hipoglicemia e redução fluxo salivar durante o sono, além do aumento da flora bacteriana anaeróbia. Esses microorganismos atuam sobre a descamação natural da mucosa bucal e sobre proteínas da própria saliva, gerando componentes de cheiro desagradável (chamados de compostos sulfurados voláteis ou CSV).
Esta halitose matinal, no entanto deve desaparecer após a higiene dos dentes (com fio dental e escova), da língua e após a primeira refeição da manhã, caso contrário, pode realmente ser investigada para verificar outras causas. Fazer uma ótima higienização antes de dormir (e não comer mais nada depois) também ajuda!

A importância da Saliva
A saliva é um protetor natural dos dentes e da saúde bucal em geral. A falta de saliva pode piorar o problema. Com o passar dos anos, é normal diminuir o fluxo salivar, isto faz parte do processo do envelhecimento. Mas alguns medicamentos e, mais raro, algumas doenças e síndromes, também podem fazer diminuir a quantidade de saliva.
O fluxo salivar pode ser alterado por falta de ingestão de água. É importante ingerir de dois a três litros de água por dia para evitar que a saliva torne-se mais espessa por falta de líquido, aumentando a ocorrência de halitose.
Mastigar bem os alimentos é essencial para produzir mais saliva. Quando há pouca saliva, pode ser necessária a utilização de saliva artificial.

Causas Sistêmicas
Algumas alterações no organismo que podem causar halitose. Neste caso, a presença de mau hálito pode indicar alguma doença, como Diabetes (odor de acetona ou fruta), insuficiência renal (odor amoniacal devido à decomposição de uréia na saliva pelas bactérias), doenças hepáticas ou febris, estresse ou deficiência de vitamina A e D.

Alterações gastrointestinais
A obstrução intestinal associada a causas sistêmicas, como neoplasias, prisão de ventre, falta de ingestão de líquidos, por exemplo, pode causar uma halitose um pouco diferente da halitose bucal produzida pela liberação de enxofre. Mas esses são casos raros que se enquadram naqueles 5% ou 10% das causas gerais do mau hálito.

Estômago
Considerado pela maioria das pessoas como o vilão do mau hálito, o estômago é uma das últimas causas da halitose. Existem esfíncteres (válvulas) que não permitem a passagem dos odores estomacais para o meio externo. Normalmente, o mau hálito pode ser atribuído ao estômago em poucas situações, como na eructação gástrica (arroto) e refluxo gastroesofágico (deficiência no funcionamento da válvula que separa o esôfago do estômago).

Problemas respiratórios
Antes de culpar estômago, as pessoas devem levar em consideração problemas respiratórios, por exemplo. A sinusite, a rinite e a amigdalite frequentes podem ser as causadoras da halitose. Pacientes que respiram mais pela boca, não têm selamento labial adequado, o que provoca ressecamento da mucosa e também favorece o mau hálito.

Prevenção e Tratamento
A halitose tem tratamento e cura. Porém, não existe remédio milagroso contra o problema. Melhorar a higiene bucal diária resolve o problema na maioria dos casos. Se a melhora da higienização não for eficaz, o ideal é consultar o dentista para verificar se não há cáries, problemas periodontais (de gengiva), próteses ou restaurações mal adaptadas que podem estar acumulando alimentos.

A manutenção de dieta equilibrada e de uma boa saúde é fundamental. Evitar carne gordurosa e tudo que contenha gordura, como frituras. Evitar bebidas alcoólicas e o tabagismo.
A alimentação mais fibrosa, como cenoura e maçã, aumenta o fluxo salivar e auxiliam na promoção de uma limpeza nos dentes, gengivas e da superfície da língua.
Beber muita água e manter a higiene bucal caprichada. Os dentes devem ser bem escovados, sempre que necessário, principalmente após cada refeição. A língua deve ser limpa com raspadores específicos ou com a própria escova de dente, a cada escovação de dentes.
Após a escovação dos dentes e o uso do fio dental, fazer bochechos com uma pitada de bicarbonato de sódio, ou anti-sépticos bucais, ajuda bastante.
Também pode ser feita uma estimulação da produção de saliva de uma maneira fisiológica, com balas sem açúcar, gomas de mascar, gotas de suco de limão com um pouco de sal.

No entanto, consultas periódicas ao dentista são essenciais, principalmente para uma higienização mais profissional, única forma de remover o acúmulo de tártaro, principalmente atrás dos dentes inferiores. Informe-se também sobre a maneira correta de escovar seus dentes, a falha pode estar aí.

Também é de grande importância fazer um check up médico regularmente, para ver se está tudo bem com o seu organismo. Em casos em que é diagnosticada alguma doença sistêmica, ou alteração metabólica como o diabetes, o tratamento é feito juntamente com o médico especialista.

Conseqüências
A simples presença de mau hálito, apesar de não ter grandes repercussões clínicas para a pessoa, pode, na maioria das vezes, provocar sérios prejuízos psicossociais. Os mais comumente relatados são a insegurança ao se aproximar das pessoas, a depressão secundária a isso, dificuldade em estabelecer relações amorosas e de amizades, resistência ao sorriso, ansiedade, e baixo desempenho profissional, quando o contato com outras pessoas é necessário.

O hálito é uma importante ferramenta de diagnóstico. Dizer respeitosamente à pessoa que o hálito dela está alterado é um benefício que se está fazendo a ela, pode ter um problema sério de saúde (como diabetes ou infecções na gengiva) e ela nem imagina. Mas tome cuidado como dizer, muitas vezes o profissional, dentista ou médico, pode ajudá-lo nesta difícil tarefa.
A forma mais simples de descobrir que a pessoa está com mau hálito se ela mesma não consegue perceber (e as outras pessoas ficam constrangidas em falar) é perguntar para uma criança. As crianças são sinceras, verdadeiras e espontâneas. Se o problema existir, ela dirá a verdade.


Será que os seus pais devem deixar de dirigir o automóvel?

A prática da condução é uma atividade que não olha a idade, mas sim as capacidades físicas e psicológicas de cada condutor. Saiba se seus pais devem deixar de conduzir ou se essa é uma faculdade que ainda se mantém intacta.

A importância de uma condução segura
Para um motorista, independentemente da sua idade, a condução assume uma importância vital nas tarefas do dia-a-dia e é um dos elementos chave na sua independência e autonomia. No entanto, é chegado o momento em que é preciso observar se um condutor tem todas as capacidades necessárias para praticar uma condução segura, como no caso dos pais idosos que ainda conduzem.
Um acidente pode acontecer por qualquer motivo, mas deve ser sempre evitado e essa é a atitude mais sensata quando um idoso representa uma ameaça a si mesmo a outros.
Na prática a condução é segura quando:
·         Estão reunidas todas as condições (físicas e psicológicas) para a segurança do próprio condutor;
·         Existe uma preocupação com a segurança de todos os outros ítens que fazem parte do sistema rodoviário.
Se seus pais se encontram num estado em que não têm condições físicas ou psicológicas para conduzir, ou a sua ação pode colocar a segurança dos outros em perigo, eles devem pendurar as chaves do carro sem qualquer tipo de mágoa ou orgulho ferido, pois existem outras atividades interessantes que poderão realizar.

Avaliação das capacidades físicas e mentais
O médico da família é a pessoa com mais competência para dizer se uma determinada pessoa tem ou não condições para continuar a conduzir um automóvel. A medida que as pessoas vão envelhecendo, como no caso dos pais, elas sofrem de alterações físicas, funcionais e cognitivas que afetam as suas faculdades principais e podem comprometer a sua segurança e a dos outros. Dessa forma, cabe ao médico da família avaliar as capacidades físicas e mentais de um motorista para que a prática da condução seja sempre realizada com a máxima segurança.
Uma boa avaliação médica observa os seguintes aspetos:

·         A coordenação de movimentos
A coordenação de movimentos é uma das faculdades mais importantes na condução. Trata-se de uma prática complexa que requer a máxima atenção dos motoristas e exige a correta realização de várias funções corporais distintas. É, sem dúvida, um dos requisitos mínimos de segurança e deverá ser sempre avaliada no momento da renovação da habilitação.
·         A visão
A medida que uma pessoa vai envelhecendo, os seus sentidos vão ficando mais fracos, como é o caso da visão. As alterações que ocorrem na visão incluem a diminuição dos campos visuais (perda da visão lateral e da visão em profundidade), a pouca resistência e difícil recuperação ao encadeamento das luzes e a dificuldade em ver com pouca luz. É fundamental verificar se um motorista consegue ver e identificar todos os obstáculos que encontra na estrada ou rua, para que a sua condução seja a mais segura possível.
·         A audição
As alterações mais significativas da audição iniciam-se, por norma, a partir dos 40 anos e aumentam a partir dos 60. A falta de audição é um handicap no que diz respeito as mais variadas situações de trânsito, pois diminui a perceção dos padrões de tráfego e aumenta a insegurança da condução.
·         A função motora
Com o avançar da idade, é natural que exista uma diminuição da força muscular e da flexibilidade do corpo humano e isso poderá ser suficiente para impedir que alguém possa conduzir. Por exemplo, uma pessoa que sofre de artrite tem muitas dores que limitam a sua mobilização e, como tal, não deve conduzir sob qualquer circunstância.
·         As capacidades cognitivas
As capacidades cognitivas que são necessárias para a condução de veículos são: a memória, os reflexos, a perceção e processamento visual, visão espacial, atenção seletiva e a capacidade de analisar e decidir rapidamente. Se os seus pais não mantiverem estas faculdades preservadas, é sinal que já não tem capacidade nem discernimento para se manterem ao volante de um automóvel.
·         O comportamento ao volante
É necessário determinar se o comportamento ao volante está de acordo com a condição do idoso, isto é, se são respeitados os requisitos mínimos de segurança na estrada, se a distância de segurança é respeitada, assim como as regras de velocidade, entre outros.
Também é fundamental observar o histórico clínico do condutor e ver se existem doenças cardiovasculares, diabetes, doenças neurológicas, qualquer tipo de insuficiência renal, perturbações mentais e/ou consumo de álcool, drogas e medicamentos. Estes são aspetos muito importantes que influenciam e condicionam a condução de um veículo na estrada.

Algumas dicas para não deixar de conduzir
O fato de os seus pais serem idosos, não quer dizer que não possam conduzir, pois existem muitos idosos que conduzem e fazem-no muito bem. Para manter uma condução segura, existem determinadas práticas que um idoso deve seguir para manter as suas capacidades intactas.
São elas:
·         Jogar todo o tipo de jogos mentais, como as palavras cruzadas, o dominó e o xadrez para que a sua mente esteja sempre ativa e em funcionamento;
·         Realizar as mais diversas atividades físicas como andar a pé, dançar, entre outros;
·         Planeaar atetamente as suas viagens, assim como escolher o melhor itinerário. Deve escolher estradas conhecidas e realizar trajetos de curta duração;
·         Respeitar,  sempre, com os limites de velocidade e utilizar corretamente o cinto de segurança;
·         Manter uma distância mínima de segurança em relação ao veículo que segue a sua frente;
·         Utilizar sempre os piscas para mudar de direção e certificar-se se pode avançar antes de virar;
·         Evitar de conduzir a noite, com neblinas e chuvas;
·         Também não dirigir quando se sente cansado ou zangado, nem nunca deve comer, beber ou telefonar durante a condução;
·         Para que o seu veículo tenha sempre a melhor performance na estrada, é necessário que efetue uma revisão geral periodicamente.

Estas são algumas dicas que visam aumentar a segurança de um condutor idoso e é uma forma de atrasar que ele deixe de conduzir. Negoceie com os seus pais, pois eles são mais recetivos a negociações do que a uma ordem direta para deixar de conduzir.
Ao impedir um idoso de conduzir, o médico da família pode contribuir para o seu isolamento e depressão. Nesse sentido, é fundamental que o médico da família equilibre a independência e autonomia de um idoso com a sua segurança pessoal e pública. Por outro lado, deve manter a sua mobilidade, nível de atividade e qualidade de vida como idoso.

Questões para pensar antes de decidir cuidar de um idoso em casa

Cuidar de um idoso em casa é uma decisão que envolve muitas responsabilidades, uma vez em que um idoso é uma pessoa que necessita de cuidados permanentes. Antes de dar o passo de cuidar de um idoso em sua casa, elabore uma lista com as questões mais importantes no que se diz a respeito de cuidar de um idoso e dar uma qualidade de vida para ele.
Conheça quais as perguntas que devem ser feitas antes de tomar esta decisão, pois as respostas que obtiver dirão se você tem todas as condições para cuidar dessa pessoa.
Se vive atualmente com outras pessoas, deve responder a estas perguntas em conjunto com as mesmas. A possibilidade de todos responderem, permite saber se estão reunidas todas as condições para tomar conta de um idoso em sua casa, ou se outras alternativas (como um Recanto do Idoso) surgirão.
Dessa forma, saberá se é melhor para o idoso morar num Recanto do Idoso, onde existe assistência e estímulos permanente, ou se preferem realizar essas tarefas pessoalmente.
É uma realidade incontornável, uma pessoa a medida que vai envelhecendo, chega a uma fase da vida em que não vai conseguir tomar conta de si própria, sendo fundamental que outros cuidem dela de forma a manter a sua dignidade e respeito intactos.

Algumas questões que devem ser levadas em consideração:

A área financeira
·         Como vai arcar com os custos de cuidar de um idoso em casa?
·         Qual a quantidade de periféricos que são necessários para cuidar de um idoso?
·         Será capaz de cuidar do idoso enquanto está no trabalho, ou no caso de ter filhos, quando estes se encontram na escola?
·         Tem a capacidade financeira necessária de suportar a perda de um dia de trabalho para acompanhar o idoso a uma visita médica ou em caso de doença?
·         Se for contratar cuidadores e terapeutas, já fez as contas dos registros de carteira e cálculos de supermercado, água e luz?

O espaço físico
·         A sua casa é grande o suficiente para cuidar de uma pessoa idosa?
·         A sua casa é segura o suficiente para um idoso que possa ter problemas de visão, equilíbrio e coordenação?
·         A sua casa tem a capacidade de facilitar a vida de um idoso ou necessita ser adaptada? (piso antiderrapante, corrimão, barras de apoio no box e vaso sanitário, bancos mais altos, camas baixas, inexistência de degrau, etc)
·         Será capaz de lidar com os aspetos íntimos do asseio pessoal de um idoso?
·         Os familiares serão capazes de lidar com os desafios de cuidar de um idoso durante as 24 horas do dia?

O lado emocional
·         A sua família conseguirá lidar com a pressão emocional de cuidar de um idoso em casa?
·         Será capaz de lidar com as exigências emocionais que implicam conviver com os pais idosos?
·         Consegue lidar com o fato de não conseguir gozar de férias porque os seus pais não se sentem em condições?
·         Consegue construir uma rede de suporte para o ajudar a cuidar de um idoso em casa? Tem amigos dispostos a ficar com os seus pais enquanto vai à um passeio? Ficará algum membro da família tomando conta do idoso enquanto faz um fim de semana fora de casa?
·         Como irão reagir e lidar os seus filhos com o declínio de um ente querido como um avô ou uma avó?
·         Conseguirá sua família ter um bom relacionamento pelo fato de estar cuidando de uma pessoa idosa sem colocá-lo no centro das atenções como num daqueles reality shows dramáticos?

O fator da enfermagem
·         A sua família saberá ministrar os medicamentos adequadamente?
·         Conseguirá aferir os sinais vitais diariamente, afim de precaver qualquer alteração no organismo?
·         Caso haja uma intercorrência (queda, AVC, hipotermia, etc), está preparado para esses espectos?
·         Conseguirá dar atividades de estímulos todos os dias para preservação de cognitivo, sensorial, motor e psicológico, visando a qualidade de vida do idoso ou evolução de algum tratamento que se faz necessário?
·         Consegue manter um padrão das eliminações (fezes e urina) diárias e controlar os aspectos de comportamento (objeções, agressividade, comunicação, demência, alucinações, etc)?

Se tem notado que seus pais estão ficando dependentes e limitados, elabore já a sua lista de questões para ver se tem capacidade para tratar deles em sua casa. Caso contrário, comece a pesquisar alguns Recantos de Idosos. Aguarde o próximo post neste Blog, que será: “Como selecionar um Recanto de Idoso”.


terça-feira, 21 de junho de 2011

21 de Junho - Dia Nacional do Controle da Asma

Exercícios respiratórios ajudam a tratar idosos com asma

Exercícios respiratórios são eficazes e podem atuar como aliados ao tratamento medicamentoso da asma na população idosa. De acordo com uma pesquisa da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP), idosos asmáticos que se submeteram a um programa regular de exercícios respiratórios — em geral deixados em segundo plano — apresentaram melhora no quadro clínico e na qualidade de vida.

O estudo Os efeitos de um programa de exercícios respiratórios para idosos asmáticos, de autoria de Ludmila Tais Yazbek Gomieiro, consiste basicamente em praticar a respiração diafragmática, com ênfase na parte baixa do diafragma, para que a respiração se dê de maneira mais correta: “No dia-a-dia não enchemos nem esvaziamos o pulmão o quanto deveríamos”, afirma. O programa de exercícios foi aplicado duas vezes por semana, em sessões de uma hora, durante quatro meses.

O envelhecimento torna a parede torácica mais rígida e enfraquece os músculos respiratórios, entre eles o diafragma, o que reduz a capacidade de respirar. Assim, em função do medo da crise, a autoconfiança dos idosos diminui e isso tem influência negativa em sua vida social. “Eles ficam com medo de sair de casa, de passear com os netos, de viajar, pois acham que terão falta de ar ou uma crise e não terão como serem socorridos, pois estarão em ambientes desconhecidos”, explica a pesquisadora.

De acordo com o estudo, houve um aumento das pressões inspiratórias e expiratórias em decorrência do fortalecimento da musculatura, ou seja, o pulmão passou a esvaziar e a encher melhor. Isso diminuiu as limitações físicas dos pacientes. “Subir ladeiras e escadas, entrar no ônibus ou realizar atividades diárias tornou-se mais fácil”, descreve Ludmila. A necessidade do bronco-dilatador, conhecido por “bombinha”, também diminuiu, bem como a quantidade de falta de ar durante a noite. Em conjunto, esses resultados aumentaram a qualidade de vida dos idosos, que passaram a se sentir mais confiantes.

A pesquisa
No Brasil, o aumento da população com mais de 60 anos e a ausência de estudos sobre exercícios respiratórios como tratamento da asma para pessoas com essa faixa etária foram fatores que levaram Ludmila a pesquisar o tema. Entretanto, sua maior motivação foram as aulas de atividades físicas para asmáticos das quais participava. “Alguns alunos chegavam em crise leve e nós conseguíamos reverter o quadro só com os exercícios respiratórios.”
A maioria dos tratamentos deixa de lado os exercícios ou, quando os utilizam, fazem uso de aparelhos e válvulas inspiratórias, o que os torna menos acessíveis.