quarta-feira, 15 de junho de 2011

O Processo de Envelhecimento

A vida é um ciclo:
Nascer – Crescer – Amadurecer – Envelhecer – Morrer.

E porque o tempo passa independentemente da nossa vontade, devemos aprender a conviver bem com as mudanças impostas por ele.

Envelhecer é um processo natural, gradativo e contínuo, que começa no nascimento e se prolonga por todas as fases da vida.
A velhice é um conceito historicamente construído que se integra ativamente à dinâmica das atitudes e dos valores culturais da sociedade. Em todas as culturas e tempos históricos ainda há uma forte associação entre velhice, dependência, afastamento, improdutividade, isolamento, desvalorização social, doença, incapacidade, declínio e morte (Neri, 2006).
No entanto, é importante ressaltar que envelhecer não significa obter declínio ou perda das faculdades e funções. Muitas das doenças que acompanham a velhice (Alzheimer, Parkinson, outras demências, depressão, etc) podem ser prevenidas ou retardadas, através de ações interdisciplinares, de modo que o indivíduo adquira condições para desfrutar suas experiências. Assim, velhice não deve ser considerada como sinônimo de doença, mas sim de maturidade (Terra, 2002).

AS FASES DA VIDA
Todo organismo multi-celular possui um tempo limitado de vida e sofre mudanças fisiológicas com o passar do tempo. A vida de um organismo multi-celular costuma ser dividida em três fases:
- a fase de crescimento e desenvolvimento;
- a fase reprodutiva;
- a senescência, ou envelhecimento.
Durante a primeira fase, ocorre o desenvolvimento e crescimento dos órgãos especializados, o organismo cresce e adquire habilidades funcionais que o tornam apto a se reproduzir. A fase seguinte é caracterizada pela capacidade de reprodução do indivíduo, que garante a sobrevivência, perpetuação e evolução da própria espécie. A terceira fase, a senescência, é caracterizada pelo declínio da capacidade funcional do organismo.

DOENÇA x ENVELHECIMENTO
O declínio de várias funções do corpo humano em decorrência da idade não é usualmente considerado como doença, apesar de essa distinção não ser tão clara algumas vezes. Por exemplo, a dificuldade em aprender um novo idioma e a tendência ao esquecimento são consideradas sintomas normais do envelhecimento. Entretanto, um declínio mental mais grave, envolvendo perda extrema da memória recente e a capacidade de aprender e de compreender o ambiente, embora comum na idade avançada, é considerado doença.

MUDANÇAS NO ORGANISMO
À medida que envelhecemos, nosso corpo sofre alterações notáveis. Freqüentemente, os primeiros sinais de envelhecimento envolvem o sistema músculo/esquelético. O desempenho físico começa a declinar por volta dos 35 anos - mesmo entre atletas de nível superior. Os órgãos do sentido também manifestam sinais prematuros de declínio, como a presbiopia, em que os olhos não conseguem focar objetos a curta distância. É comum a necessidade de óculos bifocais já a partir dos 40 anos.
A maioria das pessoas sofre um aumento de cerca de 30% na proporção de gordura corporal na meia idade. A distribuição da gordura também sofre alterações - menos gordura sob a pele e mais na região abdominal. Isso faz com que a pele se torne mais fina, enrugada e frágil e provoca mudanças no formato do corpo.
A maioria das funções internas também declina com a idade. Em geral, essas funções atingem seu pico pouco antes dos 30 anos e a partir daí iniciam um processo gradual mas contínuo de declínio.

LONGEVIDADE
A expectativa média de vida nos países desenvolvidos tem aumentado dramaticamente no último século. Apesar da maior expectativa de vida, a idade mais avançada que as pessoas podem atingir tem mudado pouco ao longo do tempo. Apesar dos avanços da medicina, poucas pessoas atingem os 125 anos. Vários fatores afetam a longevidade. Um deles é a hereditariedade, que tem um papel fundamental na determinação da probabilidade de uma pessoa contrair uma doença.
Outro fator é o estilo de vida: evitar fumar, abusar de álcool e drogas, manter peso e dietas saudáveis e exercício regular ajudam as pessoas a evitar doenças. Fatores ambientais também podem encurtar a expectativa de vida.

Por: Mariana Perissinotto - Enfermeira Padrão da Casa Bonsai, Recanto do Idoso

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