sexta-feira, 29 de julho de 2011

14 exercícios que os pacientes com artrite podem fazer em casa

A artrite é uma doença crônica caracterizada pela inflamação e dor das articulações, no entanto, esse desconforto pode ser amenizado com a prática regular de algum tipo de atividade física.
Estes exercícios podem ser feitos todos os dias, no conforto da própria casa do paciente com artrite. Mas, se sentir dores ou cansaço excessivos deve parar imediatamente e consultar o seu médico.
 
1.      Os pulsos são uma das primeiras articulações a serem afetadas pela artrite, mas este exercício simples pode trazer grande alívio: apoie o pulso no joelho, dobrando-o com movimentos para cima e para baixo, alternadamente.
2.      Os dedos das mãos sofrem muito com a artrite, porque os pacientes necessitam deles para realizar suas tarefas diárias, é importante mantê-los flexíveis. Com a palma virada para cima, pouse a mão sobre uma mesa e abra e feche o punho o máximo de vezes que conseguir. Em seguida, mantendo a mão na mesma posição, dobre o polegar até ao dedo mindinho, o máximo de vezes que conseguir. Repita com a outra mão.
3.      Para trabalhar os cotovelos, mãos e pulsos, faça o seguinte exercício: dobre o braço de forma que consiga tocar com a mão no ombro; depois, com o cotovelo fletido ao nível da cintura (a cerca de 90°), rode a palma da mão para cima e para baixo, alternadamente.
4.      Para exercitar os ombros, levante o braço acima da cabeça, apoiando-o com o outro braço se sentir necessidade e repita as vezes que conseguir. Alterne com o outro braço.
5.      O paciente deve posicionar as duas mãos atrás do pescoço, juntando e afastando os cotovelos o máximo que puder, repetindo o número de vezes que conseguir.
6.      Eleve os braços até a altura dos ombros, colocando cada mão sobre o cotovelo oposto e fazendo o movimento de embalar, de um lado para o outro.
7.      Existem diversos exercícios que o paciente com artrite pode executar deitado na cama de costas e fortalecer as ancas, um deles é: leve o joelho até ao peito, dobrando a anca o máximo possível e estique a perna, elevando-a até onde conseguir; mantenha-a nessa posição durante 5 segundos; abaixe a perna e repita. Alterne com a outra perna.
8.      Com o pé pousado na cama, dobre a anca e o joelho num ângulo de 90º e rode o joelho no sentido horário e depois no sentido contrário; repita as vezes que conseguir. Não se esqueça de trocar de perna.
9.      Deitado de costas na cama e com os dedos dos pés apontados para o teto, o doente com artrite deve rodar a perna para dentro e para fora o número de vezes que conseguir.
10.  Outro exercício que pode ser feito em posição deitada consiste em afastar e juntar uma perna da outra repetidamente. O paciente deve efetuar os mesmos exercícios em ambas as pernas.
11.  Com os pés pousados na cama e os joelhos flexonados, o doente deve levantar as ancas da cama o máximo que puder.
12.  Uma das melhores formas de exercitar os joelhos é deitado de costas na cama: o paciente deve levantar a coxa e puxar o pé em direção a si, fazendo-o deslizar até o calcanhar tocar na nádega; estique novamente a perna e repita. Alterne com a outra perna.
13.  Ainda deitado, o paciente deve dobrar a anca no ângulo de 90° para depois dobrar o joelho o máximo possível; estique novamente a perna e repita. O paciente deve efetuar os mesmos exercícios em ambas as pernas.
14.  Este exercício também tem a facilidade de poder ser realizado enquanto o paciente de artrite estiver deitado na cama de costas: mantendo as pernas esticadas, deve rodar o pé para dentro e para fora o número de vezes que conseguir. Mantendo a mesma posição, dobre os dedos dos pés para baixo e para cima repetidamente. Repita com o outro pé.

quinta-feira, 28 de julho de 2011

28 de Julho - Dia Mundial do Combate as Hepatites

Hepatite B

A hepatite B é uma infecção nas células do fígado causada pelo vírus da hepatite B. Ela é transmitida através do contato com sangue ou fluidos corporais de alguém infectado. A transmissão pode ocorrer via transfusões de sangue, agulhas contaminadas, instrumentos cirúrgicos e odontológicos, relação sexual ou após o parto. Só é possível contrair este vírus pelo contato com o sangue. Portanto, ele não é transmitido pelo beijo, abraço, tosse, espirros, copos, talheres e pratos. Este vírus é menos facilmente transmitido do que o da hepatite A. Tome cuidado: se os instrumentos usados pela sua manicure estiverem contaminados, eles poderão transmitir a infecção caso haja algum corte ou machucado em suas mãos e pés. O vírus da hepatite é bastante resistente. Ele pode sobreviver sete dias em ambiente externo e atingir de 5% até 40% das pessoas não vacinadas. Ou seja, o risco é maior do que o de se contrair hepatite C (varia de 3% a 10%) e AIDS (varia de 0,2% a 0,5%). É possível ter hepatite B e não saber. Se você não apresentar nenhum sintoma, vai achar que está apenas gripado. Enquanto isso, o vírus vai inflamando seu fígado e você pode ser um transmissor da doença. Se o vírus não for embora do seu corpo, você terá o que se chama de hepatite crônica. Bebês têm uma maior tendência para desenvolver este tipo de hepatite. Já a maioria dos adultos tem hepatite A por pouco tempo, a chamada hepatite aguda.
 
Como é o contágio da hepatite B?
A transmissão pode ocorrer pelo sangue, sêmen ou fluidos vaginais (inclusive pelo sangue da menstruação). Assim, os meios de transmissão podem ser as transfusões de sangue, agulhas contaminadas, instrumentos cirúrgicos e odontológicos, relação sexual ou após o parto. Ou seja, você poderá se infectar se:
ü  Fizer sexo sem camisinha. O vírus pode entrar no corpo via alguma ferida no reto, na uretra, na vagina ou também pela boca.
ü  Dividir seringas para injetar drogas. O vírus entra diretamente na corrente sanguínea,
ü  Fizer piercing ou tatuagem em local sem higiene,
ü  Dividir sua escova de dente ou outros objetos pessoais, como alicates de unhas, navalhas e barbeadores com uma pessoa contaminada,
ü  Trabalhar em locais onde existem pessoas contaminadas como hospitais ou laboratórios de análises clínicas e vier a entrar em contato com o sangue delas.
ü  Bebês podem contrair o vírus de suas mães no momento do parto. A amamentação no peito, porém, não é um canal transmissor de hepatite B.

Quais os sintomas?
ü  Sensação de muito cansaço
ü  Febre branda
ü  Dor de cabeça
ü  Falta de apetite
ü  Enjôo ou ânsia de vômito
ü  Dor de estômago
ü  Diarréia
ü  Dor muscular e nas juntas
ü  Urticária
ü  Pele, olhos e mucosas amareladas (icterícia). Este sintoma só aparece depois que os demais começam a ir embora.
Lembre-se: a maioria das pessoas com hepatite B crônica não apresenta sintomas.

O que acontece com seu corpo?
Os sintomas desta infecção geralmente aparecem entre dois e três meses após a pessoa ter sido contaminada pelo vírus. Em alguns casos, porém, os sinais da doença podem demorar até seis meses para aparecerem. A maioria das pessoas tem uma infecção aguda e de curta duração. Nela, é comum que os doentes comecem a se sentir melhor entre a segunda e a terceira semana após o início dos sintomas. Em um ou dois meses, já estará totalmente recuperado. Isso acontece porque é comum que as pessoas desenvolvam anticorpos contra o antígeno da hepatite B, que os protege do vírus. Só alguns poucos adultos, especialmente os mais idosos, têm sintomas que duram mais tempo.

Cerca de 25% dos pacientes que estão com hepatite B aguda sentem dor nas articulações e apresentam erupções na pele, como brotoejas. Também podem aparecer urticária na pele, inchaço dos lábios, língua, laringe ou outros tecidos corporais, além dores abdominais. Na infecção por hepatite B de longo prazo, a chamada hepatite crônica, o paciente fica com o vírus por pelo menos seis meses em alguns casos, pode ficar com ele pelo resto da vida. Quanto mais novo você é infectado pelo vírus, maiores serão as chances de desenvolver a hepatite crônica.
Mais de 90% das crianças que são infectadas durante o parto desenvolvem hepatite B crônica, cerca de 30% das crianças que são infectadas entre um e cinco anos de idade desenvolvem a infecção crônica e cerca de 6% das crianças mais velhas, adolescentes e adultos apresentam a infecção crônica. Ainda que algumas pessoas que desenvolvem a hepatite B crônica não apresentem maiores complicações, entre 15% e 25% delas morrem de cirrose ou de câncer de fígado.
Os riscos de desenvolver um câncer de fígado após uma hepatite B crônica são maiores para homens, pessoas acima de 40 anos que tenham cirrose ou hepatite C e que apresentem um histórico familiar de câncer neste órgão.
Outros problemas, mais incomuns, podem aparecer relacionados à hepatite B:
ü  Infecção pelo vírus da hepatite D
ü  Hepatite fulminante
ü  Inflamação dos vasos sanguíneos, que pode levar a doenças no rim, artrite, dores abdominais, inflamação de nervos e doença de Raynaud.

Pessoas com hepatite B que usem drogas injetáveis ou que mantenham relações sexuais com múltiplos parceiros têm maiores chances de contrair hepatite C e AIDS.
Hepatite B em mulheres grávidas
A recomendação é que as mulheres se imunizem contra a hepatite B e também contra a A, por meio da vacina, caso elas ainda não tenham adquiridos os anticorpos. Contra a hepatite C, no entanto, não há como se proteger. Caso a grávida já seja portadora do vírus das hepatites B ou C, deve conversar com seu médico. Ele indicará quais atitudes específicas devem ser tomadas para proteger a mãe e seu bebê. A rede pública brasileira oferece vacinação gratuita contra hepatite B para recém-nascidos, crianças e adolescentes de até 19 anos. Alguns grupos de risco também conseguem vacinação gratuita. O mais comum é que as grávidas consigam a vacinação apenas na rede privada.

O que aumenta o risco de contrair hepatite B?
ü  Ter relações sexuais sem preservativo
ü  Ter mais de um parceiro sexual
ü  Ter algum tipo de doença sexualmente transmissível
ü  Compartilhar agulhas ou outros equipamentos, seja para utilização de drogas injetáveis, seja para o uso diário (alicates, navalhas, escovas de dente)
ü  Fazer piercings e tatuagens em local pouco higienizados
ü  Lidar com sangue e outros fluidos corporais. Ou seja, médicos, dentistas, enfermeiras, técnicos de laboratórios e estudantes da área de medicina têm maiores chances de contrair hepatite B
ü  Morar com alguém que tem hepatite B crônica

Como diagnosticar a hepatite B?
Através de um simples exame de sangue solicitado pelo seu médico. Dependendo do caso, se ele desconfiar que seu fígado tenha alguma lesão, poderá pedir uma biópsia.

Exames
Ao chegar em seu médico, ele lhe fará um exame físico, pedirá um teste de sangue e lhe fará algumas perguntar para checar se você está dentro de algum grupo de risco. No exame de sangue, será possível checar:
·         A presença de antígenos e anticorpos, que irão determinar se você foi ou não infectado pelo vírus VHB, se você está imunizado, se tem alguma infecção crônica no fígado ou se está sujeito a transmitir a doença para outras pessoas.
·         Se não for o vírus B, os exames vão procurar pelos demais: hepatite A, hepatite C ou Epstein-Barr (que causa a mononucleose).
·         Se não for uma causa viral, há testes que determinam qual é o motivo da infecção no fígado. Se você além de estar com o vírus da hepatite B, também está com o da hepatite D.

E ainda a presença das seguintes substâncias:
Bilirrubina
Quando esta substância aparece no sangue, pode indicar que você está com hepatite Albumina. Baixa quantidade desta proteína no sangue a principal da circulação sanguínea pode indicar hepatite ou outros problemas no fígado

Tempo de protrombina
Este exame mede o tempo que o sangue leva para coagular. Se o tempo para a coagulação for elevado, ele pode indicar que o paciente está com hepatite. A falta de vitamina K no sangue também eleva o tempo de protrombina

A Alanina aminostransferase (ALT)
É uma enzima produzida nas células do fígado. Ela também é feita por outros órgãos, mas encontra-se em maior quantidade no fígado. O dano hepático libera esta substância no sangue e isso pode ocorrer em todos os tipos de hepatite: A, B e C. Quando o fígado está lesionado, o nível dessas enzimas na corrente sanguínea se eleva

Aspartato aminostransferase (AST)
É uma enzima presente em vários tecidos do corpo como fígado, rim, coração, músculos e também no cérebro. Ela é liberada no sangue quando estes órgãos estão com algum tipo de lesão. A quantidade de AST presente na corrente sanguínea está diretamente relacionada ao tamanho do ano no tecido. Quanto mais AST no sangue, mais grave é a lesão no órgão

Fosfatase alcalina
Diz respeito a uma família de enzimas produzidas nos dutos da bílis, no intestino, no rim, na placenta e nos ossos. Quantidades altas de fosfatase no sangue indicam problemas nos dutos biliares e, conseqüentemente, danos no fígado. Como ela também é produzida nos ossos, no entanto, também pode indicar problemas nestes tecidos

Desidrogenase lática (LDH)
É uma enzima também. Mas como muitas doenças podem causar a elevação desta substância no sangue, o médico precisará pedir os outros testes acima citados para comprovar ou descartar a infecção por hepatite A

Exames de imagem:
ü  Ultra-som abdominal
ü  Tomografia computadorizada
ü  Biópsia do fígado. Se existir o risco de câncer de fígado, será necessário um exame para checar a presença de alfa fetoproteina. Se o nível desta substância for elevado, pode indicar que as células são cancerígenas.

Como tratar a hepatite B?
Na maioria dos casos, a doença vai embora sozinha. É possível, no entanto, amenizar os sintomas através de descanso, alimentação saudável, ingestão de líquidos, com exceção do álcool. No caso da hepatite crônica, seja ela do tipo B ou do tipo C, existem remédios e associações de remédios. A médica hepatologista Edna Strauss, membro da Sociedade Brasileira de Hepatologia, lembra, no entanto, que os tratamentos são prolongados, custosos e geralmente têm efeitos colaterais importantes, o que faz com que o paciente necessite de cuidados médicos constantes. A hepatite B crônica pode lesionar seriamente o fígado. Em casos deste tipo, pode ser necessário um transplante de fígado.

Pegue leve
Os doentes devem poupar energia reduzindo as atividades diárias, mas isso não significa que devam passar o dia deitados na cama. O ideal é que você não vá à escola ou ao trabalho por alguns dias até a recuperação total. Quando começar a se sentir melhor, você pode voltar às atividades diárias, mas de forma gradual. Não tente fazer isto antes de estar totalmente recuperado, pois poderá ter uma recaída.

Alimente-se bem
Mesmo que a doença traga perda de apetite, é importante que você se alimente bem. Isso não significa que você deve comer grandes quantidades, mas sim que precisa fazer pequenas refeições saudáveis e nutritivas. É recomendável também caprichar nas refeições matinais, especialmente no café da manhã, e comer alimentos mais leves no período da noite.

Hidrate-se
É essencial manter o corpo hidratado, principalmente se você sentir náuseas e vomitar. Beba muita água. Se gostar, tome também água de coco, uma bebida natural com alto poder de hidratação. Sucos de frutas e isotônicos (bebidas para esportistas que repõem perdea de sais minerais) também são recomendados.
Fuja do álcool e das drogas
Por atacar diretamente o fígado, a hepatite prejudica a capacidade do órgão de quebrar as moléculas de certos medicamentos e do álcool, reduzindo, assim, seu poder de digestão. Ingerir remédios drogas ilegais e álcool pode fazer com que a inflamação se prolongue e os danos ao fígado poderão ser mais sérios.

Tente não se coçar
Às vezes a hepatite A pode causar uma forte coceira pelo corpo. Como se coçar não ameniza a coceira e pode, inclusive, causar lesões na sua pele, segure-se e não se coce! Se a coceira estiver muito forte, seu médico lhe indicará um remédio.

Se você tiver a hepatite B crônica, visite seu médico regularmente
Se você adquirir hepatite B crônica, seu medico lhe recomendará a vacinação contra a hepatite A no caso de você ainda não ter anticorpos, nem ter sido vacinado contra esta doença. Você também precisará ir ao médico regularmente para que ele faça um acompanhamento da evolução da doença. É preciso checar sempre as condições de seu fígado e verificar se o vírus não está se multiplicando de forma a comprometer o funcionamento do órgão. A hepatite crônica pode levar a cirrose e ao câncer de fígado.

Outros tipos de tratamentos
Aquelas pessoas que sofrerem com vômitos, náuseas e desidratação graves precisarão ser hospitalizadas para receber medicação intravenosa (por meio de injeções aplicadas diretamente nas veias).

Hepatite crônica tratamentos
O tratamento para a hepatite B dependerá do quão ativo está o vírus em seu corpo e se o seu fígado corre o risco de lesões mais sérias, como a cirrose. A hepatite aguda geralmente se cura sozinha, e o tratamento em casa é indicado para aliviar os sintomas e prevenir contra uma possível cronicidade da doença. Já para a hepatite crônica, seja ela do tipo B ou C, não existe cura, mas sim controle. Na maioria das vezes ele é feito por meio de medicamentos chamados de anti-virais. Alguns dos medicamentos são a Lamivudina, o Adefovir e o Entecavir, que também são utilizados no tratamento da AIDS, e atacam diretamente o VHB.

Os tratamentos com estes remédios, no entanto, são caros, prolongados e com muitos efeitos colaterais. Além disso, o vírus pode se tornar resistente aos medicamentos, e a doença reaparece assim que o uso deles é suspenso. Um número grande de pacientes com essas doenças consegue levar uma vida normal, sem maiores complicações. Em alguns casos, quando a doença já está presente há pelo menos 20 anos, o fígado pode acabar comprometido, chegando ao estado da cirrose. Aí pode ser necessário um transplante. Tumores do fígado, chamados de hepatomas, também podem aparecer nos pacientes com a doença crônica.
Como evitar o contágio da hepatite B?
A melhor forma de evitar a hepatite é por meio da vacinação. Diferentemente da hepatite A, que requer duas injeções, são necessárias três doses para ficar imune à hepatite B. Se tomada da maneira correta (três injeções), ela tem um poder de proteção de 95%, por nada menos do que 15 anos. No caso de recém-nascidos, a primeira dose deve ser aplicada na maternidade, nas primeiras 12 horas após o nascimento. A segunda é dada 30 dias depois da primeira e, a terceira, 180 dias após a primeira dose. Em crianças, adolescentes e adultos, o intervalo também é o mesmo.

Outras formas de evitar o contágio e de espalhar o vírus são:
ü  Sempre usar camisinha nas relações sexuais
ü  Não compartilhar agulhas
ü  Se você lida com sangue, sempre use luvas descartáveis
ü  Não compartilhar escovas de dente, alicates, barbeadores e outros objetos cortantes e de uso pessoal.

Se você desconfiar que entrou em contato com o vírus antes de tomar as três doses da vacina, poderá pedir ao seu médico que receite uma dose de imunoglobulina da hepatite B. E depois as três doses da vacina.

É importante que, no caso de contato com uma agulha contaminada, a imunoglobulina seja aplicada até sete dias após o ocorrido. Se o contato for via ato sexual, o tempo para tomar esta substância é um pouco maior, até duas semanas após o contágio. Assim como em outras doenças, quanto mais cedo você receber o tratamento, maior será a eficácia.

Esteatose Hepática

A Esteatose Hepática, geralmente chamada de gordura no fígado ou fígado gorduroso, é o acúmulo de gorduras no interior das células do fígado.
Esse mal pode levar a uma hepatite (inflamação do fígado) e a cirrose se a hepatite não for diagnosticada e a sua causa não for tratada. Este acúmulo geralmente é causado por uma doença do metabolismo ou por agentes tóxicos como medicamentos e álcool. Como são situações distintas, falaremos neste artigo apenas a Esteatose relacionada a distúrbio metabólico.

O acúmulo de gordura no fígado, sem a presença do álcool ou outros agentes externos, é denominada doença hepática gordurosa não alcoólica (DHGNA). Dentro dessa denominação geral, chamamos de Esteatose Hepática (EH) a DHGNA sem sinais de hepatite e da esteato-hepatite não alcoólica (EHNA) a DHGNA com hepatite. A importância dessa diferenciação é que a EH pode levar a EHNA, que por sua vez pode levar a cirrose a longo prazo.
A Esteatose Hepática, em quase que a sua totalidade, surge do distúrbio do metabolismo denominado resistência à insulina, que é comum em diabéticos, obesos e portadores da chamada síndrome metabólica. A insulina é um hormônio que regula diversas funções no organismo, entre elas a função de avisar as células de que há glicose em excesso no sangue, promovendo então a utilização da mesma e o acúmulo do excedente em forma de glicogênio no fígado e a produção e acúmulo de lipídeos, principalmente no tecido adiposo.

De modo muito simplificado, na resistência à insulina, a quantidade de insulina produzida no organismo é normal, mas as células diminuem a sua capacidade de detectá-la. Assim, os tecidos do organismo se comportam como se houvesse pouca insulina, mesmo que a sua quantidade esteja aumentada, e invertem o processo de acúmulo para o de liberação de energia, como se houvesse falta de açúcar no sangue (mesmo que também esteja em excesso).
O resultado é que as gorduras acumuladas no tecido adiposo em forma de lipídeos são quebradas e transformadas em ácidos graxos para a sua utilização como fonte de energia. Este excesso de ácidos graxos será captado e acumulado no fígado, como uma defesa do organismo no sentido de reduzir o acúmulo destes, nos vasos sangüíneos que leva a diversas outras doenças como infartos cardíacos ou cerebrais.

A Esteatose Hepática é um achado quase universal em obesos (até 95%) e diabéticos do tipo 2 (até 92%), mas também não é incomum em pessoas magras e não diabéticas, com uma incidência na população geral em torno de 24%, o que torna a condição uma das patologias mais freqüentes no nosso meio e a doença hepática mais comum no mundo. Felizmente, a grande maioria dos portadores não apresenta qualquer outra complicação da doença no fígado (o que não exclui outras complicações não-hepáticas da síndrome metabólica, como aterosclerose, hipertensão arterial, doenças cardíacas e outras).
Cerca de 10 a 20% dos portadores de EH, no entanto, por diversos mecanismos ainda em investigação, evoluem com o surgimento de hepatite, a esteato-hepatite não alcoólica. Nós não sabemos quais os portadores de EH desenvolverão EHNA, nem que fatores desencadeiam essa progressão. Mas a destruição contínua de células do fígado causada pela inflamação, com a formação progressiva de cicatrizes (fibrose) leva, a longo prazo, à deformidade na estrutura do fígado e comprometimento da sua função, uma condição denominada cirrose hepática, em cerca de 3 a 5% dos portadores de EHNA após 20 anos.
Até que os mecanismos de desenvolvimento da EHNA estejam mais adequadamente desvendados, as estratégias de tratamento estão limitadas a tratar as causas da síndrome metabólica: obesidade, sedentarismo, diabetes e dietas inadequadas, associadas ao tratamento medicamentoso da própria síndrome em si, através de sensibilizantes à insulina se as medidas anteriores não surtirem o efeito desejado.

Assim, todas as pessoas com quadro sugestivo de resistência à insulina, seja obesidade, diabetes, histórico familiar, dislipidemias (elevações no colesterol e triglicérides no sangue) devem ser investigadas em relação à presença de acúmulo de gordura no fígado e, se o mesmo for encontrado (geralmente por ultrassonografia), em relação a presença de hepatite (através de exames de sangue). Todos devem ter a sua patologia de base tratada ou controlada, com dieta (individualizada para cada pessoa), exercícios regulares e/ou medicamentos, para que seja possível evitar a progressão para EHNA e cirrose.


Conheça a Hepatite A

É possível se prevenir contra a hepatite A?
Sim. Há vacina para a doença. Ela é recomendável para crianças a partir de um ano de idade é dada em duas doses, com uma distância de seis meses entre elas. Pessoas dos chamados grupos de risco também devem ser vacinadas. São elas: crianças e adultos que morem em creches, asilos ou prisões; usuários de drogas (injetáveis ou não), homo e bissexuais; pacientes com AIDS e com doenças de coagulação.

Além da vacinação, outras formas de evitar a doença são:
·         Não beber ou comer alimentos que possam ter sido preparados em condições precárias de higiene.
·         Evitar frutos do mar crus ou mal cozidos, como ostras.
·         Não beber água da torneira.
·         Prestar atenção aos hábitos de higiene: lave sempre as mãos com sabão antes de comer ou de cozinhar e sempre que for ao banheiro.
·         Lavar a louça com água quente ou em uma lavadora.

Se você tem filhos ou trabalha com crianças, deve ter os seguintes cuidados:
·         Não deixe que as crianças coloquem objetos sujos na boca.
·         Use luvas descartáveis para trocar as fraldas.
·         Limpe o trocador de fraldas a cada troca.

Caso você não tenha tomado a vacina e se encontre em local onde haja um surto de hepatite A, poderá se proteger através de uma injeção de imunoglobulina, um tipo de proteína humana. Procure rapidamente seu médico, pois ela precisa ser aplicada dentro de duas semanas após a exposição ao vírus.
O que acontece com o seu corpo?
Logo após entrar em seu corpo, o vírus da hepatite A passa a se reproduzir ao longo dos próximos 15 a 50 dias. A média do período de incubação, no entanto, é de 30 dias. Duas semanas depois do aparecimento dos primeiros sintomas seu corpo terá os níveis mais altos do vírus. Este é o período de maior contágio. Ou seja, em contato com suas fezes ou seus fluidos corporais, outras pessoas poderão ser contaminadas.

Ainda assim, é preciso lembrar que a doença é contagiosa mesmo depois que os sintomas vão embora e mesmo que a pessoa não apresenta qualquer sinal da doença. Entre o quinto e o décimo dia após ter sido infectado, seu corpo passa a produzir anticorpos ao vírus da hepatite A. Após um período mais longo, entre três e seis meses, seu corpo poderá produzir anticorpos contra o vírus, na tentativa de imunizá-lo.

São estes anticorpos que poderão ser detectados através de um exame de sangue, evidenciado a contaminação pela hepatite A no passado. Apesar de ser uma doença curável em 99% dos casos e de raramente deixar seqüelas, algumas complicações podem ocorrer:
ü  Em algumas situações, o paciente pode desenvolver a chamada hepatite colestática, que vem acompanha de uma coceira muito intensa;
ü  Mais de 15% das pessoas com hepatite A tem uma recaída que pode durar entre seis e nove meses até a infecção ser totalmente curada;
ü  Há a possibilidade de que outros órgãos sejam afetados. A vesícula e o pâncreas podem também ficar inflamados. Este tipo de complicação, no entanto, é bastante raro.
Um número reduzido de pessoas, geralmente idosos ou portadores de doenças crônicas do fígado, desenvolvem uma insuficiência muito grave no fígado logo que são infectados pela hepatite A, a chamada hepatite fulminante. Mais de 70% dos doentes com esta moléstia conseguem se recuperar, mas os que não tiverem tal sorte precisarão de um transplante de fígado. Do contrário, o paciente poderá morrer.

Hepatite A em mulheres grávidas
Uma mulher contaminada pelo vírus da hepatite A não está mais suscetível a abortos, morte no parto ou a ter um bebê com algum tipo de problema físico ou mental do que uma livre deste vírus. Para aquelas que tiveram contato com o vírus, recomendam-se injeções de imunoglobulina.

O que aumenta o risco de contrair hepatite A?
ü  Comer alimentos que tenham sido preparados por alguém que esteja infectado pela hepatite A ou que não tenha hábitos mínimos de higiene.
ü  Comer mariscos crus ou mal cozidos.
ü  Consumo de comida mal cozida (especialmente frutas e vegetais, a menos que tenham sido muito bem lavados).
ü  Beber água da torneira.
ü  Morar em áreas onde a hepatite A seja uma doença comum.
ü  Morar com alguém que tenha o vírus.

Contágio
A maneira mais comum de contágio é através do contato oral com a água e comida que estejam contaminadas. A contaminação ocorre porque o vírus se espalha através das fezes. É comum o contágio de um grupo de pessoas que realizam suas refeições no mesmo local. Isso porque o cozinheiro pode estar infectado e, caso não lave bem suas mãos, poderá contaminar a comida que prepara.

É possível também contrair a doença entrando em contato diretamente com as fezes em sua própria casa. Por exemplo, uma mãe que troca a fralda de seu filho que está doente. Em alguns casos, estes mais raros, a transmissão pode ocorrer através do ato sexual ou então através do contato com sangue contaminado (transfusões de sangue e uso de drogas injetáveis). Por causa disso, é preciso ter muita atenção à higiene.

A hepatite A não está relacionada ao vírus da AIDS nem aumenta o risco de contrair esta doença. Uma pessoa pode ser infectada tanto pela hepatite A quanto pelo HIV, vírus da AIDS, mas elas não estão relacionadas entre si.
Período de incubação e de contágio
O período de incubação da hepatite A, ou seja, o tempo que a doença leva até apresentar os primeiros sintomas, dura de duas a sete semanas. Em média, os doentes costumam apresentar os primeiros indícios da doença quatro semanas após terem sido infectados pelo vírus. É preciso ressaltar que os sintomas não aparecem antes do fim da incubação, mas que o doente pode contaminar uma pessoa sadia durante este período.


Prevenção
O método mais eficaz de prevenção da doença é a vacina. Se for tomada de forma correta (duas doses com seis meses de intervalo entre elas), a vacina tem um poder de proteção que varia de 94% a 100%. Há uma combinação de vacinas que pode ser tomada por pessoas cima de dois anos e protege tanto para hepatite do tipo A quanto para a do tipo B.
A imunização por meio da vacina é recomendada para:
ü  Todas as crianças a partir de um ano de idade.
ü  Pessoas que trabalhem, viajem ou tenham condições médicas e estilos de vida que as deixem mais expostas ao vírus.
ü  Pessoas que vivam ou planejem visitar países com condições de saneamento básicas precárias.
ü  Usuários de drogas.
ü  Pacientes que sofram de doenças crônicas do fígado.
ü  Doentes que tenham feito transplante de fígado ou que estejam na fila para fazê-lo.
ü  Hemofílicos e pessoas que tenham doenças de coagulação.

Ela é recomendável para crianças a partir de um ano de idade e dada em duas doses, com uma distância de seis meses entre elas. A imunização é recomendada ainda para pessoas que moram em países tropicais, como o Brasil, e também em países pouco desenvolvidos, onde o serviço de saneamento básico pode deixar a desejar. Pessoas dos chamados grupos de risco também devem ser vacinadas.
São elas: crianças e adultos que morem em creches, asilos ou prisões; usuários de drogas (injetáveis ou não), pacientes com AIDS e com doenças de coagulação

O que você precisa saber sobre a vacina contra a hepatite A?
A vacinação costuma ser bem mais barata do que o teste para saber se seu organismo desenvolveu ou não anticorpos ao vírus da hepatite A. Além disso, se os testes mostrarem que você tem os anticorpos, ou seja, foi exposto à presença do vírus, terá que tomar as duas séries de injeções da mesma forma. Não há problema em tomar a vacina mesmo que você já tenha anticorpos ao vírus.

A vacina só terá sua eficácia total a partir de um mês após a primeira injeção (lembre-se de que são duas doses com intervalo de seis meses). Ainda assim, depois de 15 dias ela já começa a dar alguma proteção ao seu corpo.
A primeira dose é capaz de fornecer 90% de proteção ao vírus. Se ainda assim você estiver preocupado, poderá tomar uma injeção de imunoglobulina para potencializar os efeitos da vacina. Dessa forma, estará protegido contra a hepatite A. Mais tarde, após seis ou 18 meses (siga a indicação do fabricante da vacina), você deverá tomar a segunda dose.
Pessoas com mais de 60 anos devem tomar a vacina um mês antes de viajarem para áreas de risco, já que estudos sugerem que a imunização é mais lenta em idosos.

Quando procurar um médico?
É preciso buscar ajuda médica rapidamente se a pessoa que está infectada com o vírus da hepatite A ficar seriamente desidratada, com vômito constante. Os seguintes sinais também podem indicar que o paciente está com o fígado muito infeccionado e comprometido:
ü  Irritação extrema
ü  Raciocínio confuso
ü  Muita sonolência
ü  Perda de consciência
ü  Inchaço pelo corpo, especialmente nas mãos, rosto, pés, tornozelos, pernas, braços e abdômen
ü  Sangramento no nariz, boca e reto (fezes com sangue)

É importante buscar ajuda médica porque todas as formas de hepatite viral possuem sintomas muito parecidos. Só o exame de sangue poderá identificar qual o tipo de vírus contraído pelo doente.
Quem você deve procurar?
ü  O médico da família
ü  Pediatra (no caso de crianças)
Se mais complicações surgirem junto com a hepatite A, talvez seja preciso procurar:
ü  Um gastroenterologista
ü  Um hepatologista (especialista em doenças do fígado)
ü  Um especialista em doenças infecciosas

Tratamento
Não é preciso tomar remédios, pois na maioria dos casos, a infecção vai embora sozinha. Comer bem e beber muita água ajudam o corpo a se recuperar mais rapidamente. Para amenizar os sintomas, o médico pode receitar também remédios contra dores, febre e enjôo. A hepatite A não causa problemas crônicos no fígado e nada menos do que 99% das pessoas que a contraem se recuperam.
Pegue leve
Os doentes devem poupar energia reduzindo as atividades diárias, mas isso não significa que devam passar o dia deitados na cama. O ideal é que você não vá à escola ou ao trabalho por alguns dias até a recuperação total. Quando começar a se sentir melhor, você pode voltar às atividades diárias, mas de forma gradual. Não tente fazer isto antes de estar totalmente recuperado, pois poderá ter uma recaída.

Alimente-se bem
Mesmo que a doença traga perda de apetite, é importante que você se alimente bem. Isso não significa que você deve comer grandes quantidades, mas sim que precisa fazer pequenas refeições saudáveis e nutritivas. É recomendável também caprichar nas refeições matinais, especialmente no café da manhã, e comer alimentos mais leves no período da noite.

Hidrate-se
É essencial manter o corpo hidratado, principalmente se você sentir náuseas e vomitar. Beba muita água. Se gostar, tome também água de coco, uma bebida natural com alto poder de hidratação. Sucos de frutas e isotônicos (bebidas para esportistas que repõem perde de sais minerais) também são recomendados.

Fuja do álcool e das drogas
Por atacar diretamente o fígado, a hepatite prejudica a capacidade do órgão de quebrar as moléculas de certos medicamentos e do álcool, reduzindo, assim, seu poder de digestão. Ingerir remédios drogas ilegais e álcool pode fazer com que a inflamação se prolongue e os danos ao fígado poderão ser mais sérios.

Tente não se coçar
Às vezes a hepatite A pode causar uma forte coceira pelo corpo. Como se coçar não ameniza a coceira e pode, inclusive, causar lesões na sua pele, segure-se e não se coce!

Cirurgia
Um número muito pequeno de pessoas, geralmente as que já têm algum tipo de doença crônica no fígado, ou então idosos, pode desenvolver lesões sérias no fígado quando contraem o vírus hepatite A. É a chamada hepatite fulminante, que pode levar a morte. Neste caso, o transplante de fígado pode salvar o doente.
Outros tipos de tratamentos
Aquelas pessoas que sofrerem com vômitos, náuseas e desidratação graves precisarão ser hospitalizadas para receber medicação intravenosa (por meio de injeções aplicadas diretamente nas veias).