sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

A Casa Bonsai utiliza o WII para reabilitação


A realidade virtual está sendo utilizada em países como o Canadá e Estados Unidos, há cerca de 10 anos, com ótimos resultados no processo de reabilitação. Com esse objetivo melhora a função sensorial motora e cognitiva, aumenta o tempo de reação, aumenta o quociente intelectual, além de melhorar a autoestima e o contato social.

O console Nintendo Wii, possui jogos que estão sendo utilizados para reabilitar pacientes.  O porquê disso? O videogame Wii, utilizado de forma lúdica no processo de reabilitação de pacientes neurológicos, ortopédicos, e também, geriátricos garante sucesso no tratamento.

É possível melhorar a postura, a coordenação motora fina, equilíbrio e cognição. Usando jogos adequados ao perfil do paciente é possível realizar uma sessão de fisioterapia mais divertida e dinâmica. Golfe, boxe, tênis, esqui, boliche, arco e flecha, step, yoga, são exemplos de jogos que podemos utilizar para melhorar distúrbios vestibulares, de equilíbrio e coordenação, além de ser muito útil no descondicionamento físico.

Com a terceira idade, trabalhamos a fraqueza muscular, o déficit de equilíbrio, a marcha muitas vezes comprometida e o medo de quedas. Já na neurologia, é possível melhorar sequelas de AVC, esclerose múltipla, TRM, Parkinson, patologias cerebelares ou TCE (traumatismo crânioencefálico).

A utilização do Nintendo Wii, NÃO substitui uma sessão de fisioterapia clássica - são a adesão ao tratamento, recreação, feedback, motivação, com a adoção de jogos específicos que auxiliem o paciente a realizar movimentos fisioterápicos desejados.

Os objetivos são alcançados a partir da ação exigida pelo jogo escolhido e pelo posicionamento correto do corpo do paciente, porém os jogos devem ser assistidos pela fisioterapeuta para que surtem efeitos terapêuticos.




Bonsai Sensation White – Celebrando a Vida


Proposta: Incorporar o slogan Bonsai 2013 - Um sorriso não pode mudar o mundo, mas o SEU pode mudar o MEU.



Atividade: Realizamos nossa festa de confraternização entre os hóspedes Bonsai com seus respectivos familiares e amigos, buscando e resgatando o símbolo de união que a época nos propicia.
Durante o evento conseguimos enxergar e refletir o quanto nossos idosos estão “sadios”, considerando a patologia de cada um. E como estão encarando esta nova fase da vida com dignidade e qualidade de vida.
Neste ano de 2012, pudemos acompanhar as evoluções e perceber que esta qualidade de vida (paliativo) fez crescer a autonomia e autoestima de todos eles.
Tivemos a honra da presença em nossa festa da orquestra "As Piracicabanas", uma orquestra de violas caipira com músicas de raiz, composta apenas por mulheres. Esta apresentação relacionou a música como um agente de estímulo sensorial, cognitivo, emocional e intelectual entre todos os hóspedes Bonsai, evocando a associação e integração educativa em caráter cultural-informativo para todos os presentes.
Ao final da festa, todos os presentes puderam escolher as mensagens que estavam presas nos balões suspensos no salão, a princípio, em caráter decorativo. Estas mensagens foram elaboradas por todos os hóspedes Bonsai durante o mês de Dezembro/12, que, juntos com as terapeutas puderam trabalhar o “espírito natalino” na música “O Natal Existe”, buscando a renovação e mudanças para 2013 e todos os seus símbolos e significados.
Foi um presente dos hóspedes Bonsai para todos os convidados.



Casa Bonsai Recanto do Idoso



Agradecimento de aniversário!!!


Obrigado a todos pela lembrança do nosso aniversário de 2 anos!!!!
Foi muito importante receber seu carinho neste dia ... é nesta mesma energia que retribuímos o seu parabéns, que fez muita diferença para nós!!!
Usaremos este carinho que recebemos como combustível de amor para continuarmos nossa jornada em busca da qualidade de vida junto a Melhor Idade.


sábado, 1 de dezembro de 2012

Proteína do Alzheimer


Doença de Alzheimer se propaga no cérebro como uma infecção, diz estudo

Os anos passam e cada vez mais pessoas morrem em decorrência da doença de Alzheimer (DA), que já chega a afetar 6% dos idosos brasileiros, segundo informações do Ministério da Saúde (MS). De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), já são 24 milhões de pessoas no mundo que sofrem com o Alzheimer e outras demências. Recentemente, pesquisadores descobriram que, através de uma proteína anormal, a doença se propaga no cérebro como uma infecção.

Duas pesquisas, feitas em paralelo e de forma independente, pelas Universidades de Harvard e Columbia, nos Estados Unidos, observaram um novo padrão de progressão da DA pelo cérebro. Segundo os pesquisadores, essa doença se desenvolveria como se fosse uma infecção, passando de uma célula a outra através de circuitos cerebrais. Essa propagação só é possível através de uma proteína anormal, chamada tau, que conseguiria se "deslocar" de um neurônio a outro onde, associada às placas beta-amilóide, já conhecidas por induzir a degeneração das células cerebrais, mata o neurônio. As duas pesquisas utilizaram como cobaias para os experimentos, por 22 meses, ratos geneticamente modificados, que podiam produzir proteínas tau humanas.

Essas proteínas começam a aparecer no córtex entorrinal, uma das regiões do cérebro responsáveis pela memória. As células neuronais dos ratos que tinham a proteína começaram a morrer e, nos anos seguintes, outras células, que antes não estavam "infectadas", começaram a morrer também, repletas de filamentos da proteína tau. A única explicação possível para isso seria a transmissão dessas proteínas através das células, por mais estranha que ela pareça, pois proteínas geralmente não se "deslocam". Uma possibilidade levantada pelos pesquisadores para impedir a progressão da doença seria, naturalmente, impedir o deslocamento da proteína tau.

A anormalidade da proteína tau é um dos fatores-chave para se chegar a uma resposta sobre a progressão da DA. Segundo Valéria Bahia, membro do Departamento de Neurologia Cognitiva e do Envelhecimento da Academia Brasileira de Neurologia (ABN), "na doença de Alzheimer, há deposição de proteína beta-amilóide no tecido cerebral. A deposição dessa proteína e os emaranhados neurofibrilares formados pela hiperfosforilação (considerada tóxica para o ambiente intracelular) da proteína tau são reconhecidamente os marcadores patológicos, no tecido cerebral, da doença de Alzheimer. O que acontece é que existem indivíduos sem a demência da DA mas que também têm essa deposição. Se algum dia eles também desenvolverão a demência, ninguém sabe".

Embora essa novidade descoberta pelos pesquisadores americanos seja importante, ainda há um longo caminho a ser percorrido. "Houve um achado importante, mas não definitivo, uma vez que deve ser replicado em outros estudos até que se firme como verdade. Se isto for um fato, um possível tratamento seria impedir a fosforilação da proteína tau (na verdade, já existem estudos em andamento). Pode ser que a proteína não se desloque, que seja apenas uma enzima que provoque a hiperfosforilação e que vá de uma célula para outra de áreas funcionalmente interligadas e vulneráveis. Pode ser, sim, uma pista para a pesquisa. Como não há evidências sólidas sobre a fisiopatologia da doença, cada achado é preciso na busca de um tratamento", conclui Valéria.


Casa segura


A modernidade a favor da segurança e contra quedas em idosos dentro de casa

Um tapete que escorrega ou a umidade no piso de cerâmica do banheiro é o que basta. A queda, embora possa parecer algo sem grande importância, é muito perigosa para a saúde do idoso. Segundo o Ministério da Saúde, mais de 20 mil pessoas com mais de 60 anos foram internadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS), em 2009, devido a quedas.
Medidas simples em casa podem ajudar a evitar acidentes e acionar os serviços de saúde com mais rapidez, de modo a evitar consequências mais graves. Entenda como a tecnologia pode agir a favor da saúde e segurança do idoso, deixando sua casa mais segura.

Acidentes acontecem, não tem como evitar. No entanto, é possível diminuir as estatísticas. De acordo com o ortopedista e presidente do Comitê de Osteoporose e Doenças Osteometabólicas da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT), Márcio Passini, "o envelhecimento provoca diminuição da força muscular, diminuição da acuidade dos órgãos dos sentidos e diminuição dos reflexos, além do fato de que alguns medicamentos psicotrópicos diminuem ainda mais o tempo de resposta e a velocidade de resposta muscular. Assim, um pequeno tropeço ou desequilíbrio podem terminar em queda do idoso. A queda é sinal de que algo não vai bem com ele".

Adaptar a casa para promover a segurança é de suma importância para evitar acidentes e facilitar o acesso a serviços de ajuda. Márcio explica que "a segurança na casa de pessoas idosas é importante não só para evitar quedas, mas também para prevenir ferimentos, queimaduras, demora no atendimento para desmaios, derrames, doenças cardíacas etc.". Manter uma casa segura envolve todas as adaptações necessárias para promover segurança ao idoso, que vão desde barras de ferro no box do chuveiro até colocação de tapetes antiderrapantes na sala para evitar quedas. Nesse aspecto, é possível contar, também, com a tecnologia.

E tecnologia é o que não falta. Automação residencial é utilizar equipamentos e novidades tecnológicas para equipar lares e promover mais conforto. No caso de pessoas idosas, ela pode ser usada, também, no quesito segurança. Segundo o diretor executivo da Associação Brasileira de Automação Residencial (Aureside), José Roberto Muratori, "as interfaces (equipamentos) utilizados para pessoa nessa faixa etária ajudam na acuidade visual e de locomoção de uma pessoa idosa. Luzes que acendem próximo ao chão conforme ele caminha ou interfaces acionadas por movimentos das mãos, que ligam a TV, acendem a luz, abrem e fecham cortinas. Tudo para facilitar a vida do idoso, evitando acidentes sem tirar sua independência".

Apesar de muitos acharem que o melhor para uma pessoa idosa é ir morar junto com os filhos, nem todos eles estão dispostos a abrir mão da sua independência. Como fazer, então, para garantir a segurança dos que estão longe? Muratori diz que a resposta é o Home Care. "Através da automação residencial é possível que filhos ou parentes do idoso possam monitorá-lo à distância. Pode ser através de câmeras instaladas em casa ou pulseiras que emitem sinais de rádio caso o idoso se sinta mal ou caia.
Também podem ser instalados sensores em casa que detectam o tempo que ele está sem ir ao banheiro ou ainda o 'botão do pânico', que, se apertado, aciona os filhos ou um serviço de emergência médica. Não há invasão da privacidade do idoso, mas é possível tomar conta de sua rotina", exemplifica.

Não é preciso ter um apartamento de última geração para aproveitar os benefícios da automação residencial. Segundo Muratori, ela está acessível a todos. "O espaço pode ser planejado ou reformado para receber melhor os equipamentos, mas sistemas via rádio se adaptam a praticamente qualquer casa. É bom, no entanto, que um arquiteto ajude com o projeto. Essa tecnologia é uma ferramenta incrível na mão de arquitetos que saibam tirar o maior proveito. Além disso, o custo do sistema de automação já caiu 50% em apenas dois anos e a tendência é que diminua ainda mais. Na relação custo-benefício, é uma tecnologia útil e acessível a todos", conclui.

Segurança em casa de pessoas idosas é imprescindível, seja com a ajuda de tecnologias de última geração ou com simples adaptações que podem ser feitas em vários cômodos da casa. Veja na próxima página uma lista que a SBOT disponibiliza de exemplos de adaptações que podem ser feitas, de acordo com o cômodo da casa. Confira:

- Evite obstáculos como fios, tapetes soltos e objetos nos trajetos da casa
- Mantenha os ambientes iluminados com cortinas leves tipo persiana e iluminação noturna de parede
- Use piso antiderrapante em escadas, banheiros e cozinhas
- A altura confortável e segura de móveis e armários evita a maioria dos acidentes
- No Quarto: cama com 50 a 55cm de altura, cadeira para se vestir, chinelo antiderrapante, maçanetas grandes, luz noturna na parede, cabideiro baixo
- No Banheiro: barra tipo corrimão no box, cujo piso deve ser antiderrapante. Usar banco para banhar-se sentado, com chuveiro móvel e sabonete líquido. O vaso sanitário deve se elevado a 50 cm de altura para facilitar sentar e levantar.
- Na Sala: poltronas e sofás elevados entre 50 e 55 cm, móveis arredondados (mesas, cadeiras), estantes bem fixas, TV e som com controle remoto e fios presos. Retirar tapetes soltos, fios de abajures e porta revistas.
- Na Cozinha: bancada de pia e fogão na mesma altura. Evitar objetos pesados ou em locais altos


Alimente sua memória


O que você precisa comer para não esquecer

Falhas na memória são preocupações constantes na vida da população madura. O medo de doenças e a sensação de que o cérebro está, aos poucos, perdendo sua antiga vitalidade e funcionalidade costuma assustar muita gente. Antes de verificar as causas neurológicas dos eventuais “brancos”, olhar bem para o que se tem dentro do prato. Alguns nutrientes presentes em certos alimentos podem impedir o decréscimo das funções cerebrais conforme envelhecemos e, assim, evitar falhas da memória.

A primeira coisa que precisa ficar esclarecida é que alimento não é remédio, é paliativo. Segundo Rafael Claro, nutricionista e pesquisador do Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas da Universidade de São Paulo (USP), “a relação entre alimentação e saúde é longitudinal. Para obter os benefícios, tem que ter um padrão alimentar saudável por um período razoável de vida. Acompanhar a alimentação durante o ciclo de vida de cerca de 70 anos de um indivíduo é muito difícil para determinar se os alimentos realmente beneficiam o cérebro. No entanto, estudos com ratos, que têm sistemas de neurotransmissores semelhantes aos humanos, demonstraram resultados satisfatórios”.

Algumas substâncias que fazem parte da formação do tecido cerebral podem ser encontradas com muita facilidade nos alimentos que ingerimos diariamente. “A acetilcolina (ou simplesmente ‘colina’), por exemplo, que participa da composição do sistema neurológico dos homens, é encontrada no ovo. Alguns pesquisadores sugerem que a participação da colina na memória ainda diminui os riscos de desenvolvimento do Alzheimer. Peixes de água fria como atum, salmão e sardinha são ricos em ômega 3, nutriente que, além de ser bom para a memória, transmite vitalidade, diminui danos cardíacos e melhora um quadro de saúde, de forma geral. Outro nutriente, a fisetina, já foi testado em laboratório com ratos e o grupo que recebeu maiores doses da substância na alimentação reconheceu brinquedos apresentados anteriormente três vezes mais rápido que o grupo que não a recebeu. Ela é encontrada na maçã, morango, kiwi, tomate”, enumera Rafael.

E não são somente esses. Alimentos antioxidantes, de forma geral, também trazem benefícios para as funções cerebrais, inclusive a memória. “O principal mecanismo de perda da memória é a exposição do cérebro aos radicais livres. Selênio e vitamina E são antioxidantes encontrados nas frutas e oleaginosas, como castanhas e nozes. As vitaminas do complexo B auxiliam na transmissão dos impulsos através dos neurônios no cérebro. Elas são encontradas nos grãos integrais, leguminosas, leite e seus derivados”, diz o nutricionista.

Bolos, biscoitos, refrigerantes, massas. Alimentos muito processados como estes, possuem poucos nutrientes e são carentes em colina, ômega 3 e outros elementos importantes para a memória. “De forma geral, a ideia é que as substâncias que supostamente fazem bem estejam presentes em alimentos com pouco nível de processamento. Por isso, é mais indicado consumir produtos ‘in natura’ e pouco processados como frutas, verduras, legumes e grãos do que aqueles industrializados, como biscoitos, massas, refrigerantes”, diz Rafael

Alimentação saudável deve ser estimulada desde a infância e quanto mais cedo, maiores serão os benefícios. Mas nunca é tarde para começar a comer bem. Para Rafael, “quanto antes começar com um padrão de alimentação saudável e atividade física, maior o efeito de proteção. Mas antes tarde do que nunca. Para potencializar os benefícios, o ingresso precoce de um cardápio saudável pode ser importante antes que o processo se instale. Mas, uma vez que o cérebro já apresenta déficits, dificilmente essas falhas são revertidas”.


Menopausa feliz


Especialista fala sobre as mudanças e como viver mais feliz depois do fim das regras

O primeiro sutiã, a primeira menstruação, a descoberta do amor, o casamento, a chegada dos filhos.  A vida da mulher é repleta de momentos marcantes, e um período não menos importante é a chegada da menopausa. E, segundo especialistas, estar bem preparada para esta fase é o primeiro passo para lidar bem com ela. Fazer exames periódicos, adotar uma alimentação saudável, usar roupas mais leves e beber muita água são alguns dos hábitos que podem fazer com que a mulher viva uma menopausa mais feliz.

As mudanças são visíveis e incomodam a maioria das mulheres por volta dos 50 anos. As rugas começam a aparecer, as gordurinhas saltam aos olhos, sem falar nos calores fora de hora e outros sintomas nada agradáveis. Para muitas mulheres a menopausa pode ser sinônimo de tristeza e insatisfação. Mas, segundo Angela Maggio Da Fonseca, professora associada da Clínica Ginecológica do Departamento de Obstetrícia e Ginecologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), as coisas não precisam ser assim. “Embora a menopausa seja um sinal de envelhecimento, não há motivo para desespero ela deve ser encarada como uma fase da vida e, por isso, inevitável. Se a mulher começar a se cuidar desde cedo, quando chegar à menopausa, os sintomas poderão ser amenizados, podendo até passar despercebidos”, diz a ginecologista.

Chegar bem a menopausa é a grande preocupação das mulheres maduras. Sendo assim, algumas mudanças devem ser consideradas nesta fase. “As mulheres devem fazer exame ginecológico periódico com exames laboratoriais de prevenção, tanto do câncer assim como doenças relacionadas ao metabolismo das gorduras e dos açúcares, estando assim preparada para enfrentar tranquilamente a menopausa. Também é recomendável usar roupas leves e confortáveis, procurar ficar em ambientes frescos e ventilados, evitar banhos muito quentes. A alimentação deve ser rica em cálcio e pobre em gorduras e açúcares. Deve-se beber bastante água e comer muitas frutas, principalmente as que contêm maior quantidade de água como laranja, melão, melancia, abacaxi. Evitar tomar muito café e diminuir o consumo de sal.”, alerta Ângela.

Mas não é só de fatores desagradáveis que a menopausa é feita. Segunda a ginecologista, esse período também traz uma série de vantagens. “Desde que a mulher apresente qualidade de vida, ou seja, esteja bem estruturada psicologicamente a menopausa tem vantagens, tais como ausência de menstruações, que às vezes eram incomodas, não há necessidade de contracepção (após um ano da última menstruação a mulher não engravida mais) e, em geral, nesta fase da vida a mulher já está numa posição social e econômica mais estável sendo possível usufruir melhor do que gosta, melhorar a qualidade de vida. Minha dica é: procure o convívio social, aproveite para fazer o que você não teve oportunidade de fazer antes em virtude de afazeres domésticos, como: cursos, viagens, danças e outros lazeres. Aprenda a viver nesta fase com dignidade. Aproveite para ser feliz.”, aconselha a médica.

Vale lembrar que os sintomas da menopausa podem e devem ser amenizados através da adoção de bons hábitos de vida. Além disso, os tratamentos à base de hormônios são indicados na maioria dos casos, mas devem ser analisados individualmente. “O tratamento da menopausa deve ser feito sempre por médico e iniciado no momento em que a mulher ou o profissional detectarem manifestações sugestivas de carência hormonal.  Temos vários tipos de tratamentos para todos os sintomas que ocorrem na menopausa, ou seja, tratamentos hormonais ou alternativos.

A terapia hormonal é o melhor tratamento e mais eficiente, melhora quase todos os sintomas da menopausa, pois repõe o nível hormonal que é a causa principal destes sintomas. Sempre antes de instituir a terapêutica deve ser feito exame ginecológico completo, prevenção do câncer (através de ultrassom, mamografia, etc.), avaliação hormonal e metabólica (colesterol total e frações, triglicérides, glicemia...) das mulheres. Para as mulheres que não podem ou não querem a terapia hormonal utiliza-se o tratamento alternativo que é específico para cada sintoma.”, finaliza a ginecologista.


Cuidar à distância


Saiba como dar assistência a parentes idosos, mesmo estando longe.

A tarefa de ajudar na saúde e no conforto de pai, mãe ou outros parentes de idade avançada e que moram longe parece difícil e desgastante. Mas para quem não abre mão de estar próximo emocionalmente, mesmo a quilômetros de distancia, o trabalho tem suas recompensas. 

Com a mobilidade geográfica de filhos netos, sobrinhos, irmãos e outros parentes, a situação é cada vez mais comum. Tanto que a American Association for Retired People (AARP, algo como Associação Americana para Aposentados), dos Estados Unidos, lançou uma cartilha de dicas para ajudar a tornar mais fácil e prazerosa a administração desses cuidados. 

O que vale lá, também se aplica a realidades brasileiras. Veja como você pode ajudar.

- Converse, se não pessoalmente, por telefone, com o(s) médico(s) do ente querido. Saiba qual o estado de saúde do paciente, o histórico, se há cuidados necessários, se algum remédio foi prescrito. Deixe seus números com o especialista para que ele saiba que pode contatá-lo, se for preciso.

- Tenha anotados dados sobre o plano de saúde - o tipo de plano, o contrato, o número de identificação, o telefone de contato - e o número de seguridade social. 

- Informe-se sobre as implicações financeiras e legais do tratamento. Colete informações pelo telefone e pela internet. Elabore, junto com outros familiares, uma lista de serviços de saúde e de assistência no local em que o ente mora. 

- Mantenha uma conta conjunta para o caso de emergências, um de vocês pode sacar dinheiro ou realizar um pagamento para o outro. 

- Faça uma lista de contatos: família, amigos, vizinhos e quem mais possa ajudar. Na sua próxima visita, apresente-se a essas pessoas e guarde o telefone e o endereço de cada uma. Se, em algum momento, você não conseguir estar em contato com seu parente, ligar para essas pessoas pode deixá-lo mais tranquilo. 

- Use essa rede de contatos para os casos de emergência, mas também veja a possibilidade de receber ajuda em tarefas corriqueiras, como levar ao médico para uma consulta de rotina ou até mesmo verificar se é necessário repor algum item na casa da pessoa que requer cuidados. 

Encontrar pessoas na mesma situação que você ajuda a manter a calma e achar soluções quando for preciso. Comunidades de apoio, universidades abertas à terceira idade, cursos de cuidadores de idosos são algumas instituições que podem fornecer sugestões interessantes. Pesquise na internet uma na sua região.

A Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG) - http://www.sbgg.org.br - também é uma referência em especialistas em cuidados com idosos. Vale a pena procurar se quiser indicações de procedimentos e serviços. 

Considere os sentimentos e pontos de vista da mãe, pai ou do parente que está sendo cuidado. Lidar com questões de saúde e fragilidade pode ser frustrante. É importante manter um foco positivo. Caso sinta necessidade de intervir, explique que os serviços e cuidados vão ajudá-lo a se manter independente. Esclareça como eles funcionam mas considere, sempre, a opinião dele/a (s). 

Cuide das suas próprias necessidades. Aprenda a buscar ajuda e aconselhamento quando precisar. Tenha tempo para você mesmo. O mais importante é garantir a você o crédito por ter feito o melhor que pode.


Idosos felizes


Envelhecimento traz tranquilidade, afirma estudo.

Quanto mais velho, mais tranquilo. Um estudo realizado na Universidade de Sydney, Austrália, concluiu que as pessoas encaram a vida de forma mais leve à medida que envelhecem e passam por emoções negativas. O resultado, segundo os pesquisadores, derruba a crença de que o funcionamento do cérebro se reduz com a idade. 

A pesquisa foi realizada com 242 pessoas, homens e mulheres entre 12 e 79 anos. Durante o estudo, eles foram submetidos a exames de ressonância magnética e tiveram a atividade elétrica do cérebro monitorada enquanto eram expostos a imagens de expressões faciais com diferentes emoções. Ao se deparar com as imagens, os jovens tiveram mais facilidade para identificar as expressões de medo, e sentiram dificuldade em reconhecer a alegria. E os mais velhos demonstraram ter mais controle sobre as respostas do cérebro a emoções negativas do que os mais jovens. 

Para o pesquisador Leanne Williams, que chefiou o estudo no Brain Dynamics Centre, do Westmead Millennium Institute em Sydney, os resultados trazem novas evidências de que o bem-estar emocional aumenta ao longo do tempo. 

Em uma outra direção, a psicanalista Glória Castilho, coordenadora da área de Psicologia do Núcleo de Atenção aos Idosos da Unati/Uerj, é preciso considerar outras questões antes de concluir que a terceira idade seja a fase mais suave da vida, a partir unicamente de exames que monitorem o funcionamento cerebral.  "Como extrair apenas de dados sobre o funcionamento cerebral, uma noção tão dinâmica como a de bem-estar atrelada ao processo de envelhecimento e culminando em uma faixa etária?", questiona.

Segundo a psicanalista, bem estar e mal estar atravessam a existência. Há, entretanto, eventos ao longo da vida que favorecem certo mal estar, certa desestabilização. Por exemplo, para alguns adolescentes a entrada na puberdade para algumas mulheres o período puerperal e para outros ainda, a entrada na Terceira Idade pode implicar em dificuldades. 

Glória ressalta que a experiência clínica indica a importância de que o idoso possa situar-se em relação às inúmeras perdas que o envelhecimento o confronta: perdas de seus próximos amados, perdas com relação aos ideais de sua juventude, perdas de laços sociais, enumera. 

Cada uma destas dimensões de perda requer algum trabalho psíquico, de luto, até para que em um segundo momento novos laços possam ser estabelecidos, permitindo ao idoso uma maior fruição da vida. Além disso, a psicanálise não perde jamais a perspectiva da singularidade, ou seja, a trajetória de um idoso nem sempre cabe na categoria geral "o idoso". 

Vale, contudo, lembrar que, convidado por um jornalista a dirigir algum conselho aos jovens, o dramaturgo Nelson Rodrigues respondeu sem hesitar: Jovens, envelheçam....


Cuidador sem estresse


Saiba como lidar com as próprias emoções e necessidades ao cuidar de idosos doentes

Não é fácil quando alguém a quem você ama está doente ou morrendo, principalmente se esta pessoa encontra-se sob seus cuidados. Um estudo feito com cuidadores descobriu que um a cada três atingem altos níveis de estresse. Tão comum quanto o estresse é a queixa do pouco tempo que sobra para passar com a família e amigos e em outras atividades.

Antes de cuidar do outro é preciso redobrar a atenção consigo mesmo, recomendam especialistas, pois o risco de uma total exaustão física ou emocional é grande. “É urgente tanto para a família do parente doente ou em fase terminal, quanto para um cuidador profissional ter um acompanhamento psicológico. Essas pessoas lidam diretamente com a morte e por mais que achem que estão preparadas para isso, podem sucumbir”, explica o geriatra Daniel Moraes, que dá cursos para cuidadores de idosos. 

O fardo emocional é grande e pode afetar a todos que circundam tanto o doente quanto o cuidador. “O excesso de zelo é muito comum dentre os familiares e isso prejudica o próprio doente, que percebe este excesso e se sente invadido, além de sofrer com a perda total de sua individualidade. É recomendável buscar grupos de ajuda e estar em contato com pessoas que também passam por essa situação. Assim fica mais fácil compreender e saber como agir e perceber que outras pessoas também vivem dias difíceis”, orienta Daniel.

O site do Ministério da Saúde disponibiliza um questionário de autoavaliação do cuidador. É útil para identificar os sinais psicólogicos e de comportamento durante o acompanhamento do cuidador. Se algo está fora do controle é interessante se afastar do doente, deixar aos cuidados com outro alguém e se desconectar ao menos uma semana para recuperar a tranquilidade”, recomenda o geriatra.

Veja oito dicas para cuidar-se melhor e evitar o estresse emocional 

1.     Coloque suas necessidades físicas à frente - Coma refeições nutritivas. Não descarregue o estresse com abusos como de comida e álcool. Tente não perder muitas horas de sono – caso não durma direito à noite, procure uma hora do dia para relaxar e descansar. Encontre tempo para se exercitar, mesmo que tenha que pedir para que alguém olhe o paciente enquanto você se exercita. Se está vivenciando sintomas como depressão, extrema tristeza, problemas de concentração, apatia, pensamentos negativos – fale com um profissional.

2.     Conecte-se com os amigos  - Isolamento aumenta o estresse. Encontrar regularmente com os amigos e parentes pode manter afastadas emoções negativas.

3.     Peça ajuda – Faça uma lista de coisas que tenha que fazer e solicite a ajuda de pessoas para eliminar certas pendências. Até mesmo parentes distantes ou amigos poderão ajudá-lo com algumas pendências.

4.     Se possível contrate ajuda profissional – Um geriatra para cuidar eventualmente do paciente é muito recomendável. Outro serviços como Homecare, enfermeiros, e até voluntários podem ajudar nos serviços até mesmo domésticos.

5.     Tire um tempo pra você – Você merece. Procure alguém de confiança para ficar com o doente e faça uma viagem ou saia pelo menos do ambiente onde se encontra o enfermo. Isso ajuda a aliviar o estresse e a raciocinar melhor, além de uma melhor avaliação sobre sua própria situação.

6.     Divida seus sentimentos e emoções – Guardar para si os problemas e dificuldades emocionais só o prejudicará. É importante dividir seja com amigos ou até um profissional as aflições e momentos difíceis que esteja vivenciando. Isso o aliviará.

7.     Saiba dizer não – Encare o fato de que não há como dar conta de tudo. Organize seu tempo e não  exagere nas obrigações e afazeres. Seja realista e perceba sua condição atual que já exige muito tempo e energia e saiba simplesmente negar certas coisas que estejam fora de seu alcance.

8.     Seja positivo – Faça o seu melhor para afastar emoções negativas. Junte-se à família e promova conversas para tentar solucionar conflitos internos e mesmo as situações do dia a dia.


Desafios do envelhecer


Relatório da Organização das Nações Unidas mostra novo perfil da população idosa no mundo.

O mundo está envelhecendo. Em menos de dez anos, o número de idosos no mundo alcançará a marca de um bilhão. E em 2050, chegará a dois bilhões, o que representa 22% da população mundial. A revelação é do relatório divulgado e produzido pela HelpAge International e pelo Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA, sigla em inglês), agência ligada à Organização das Nações Unidas (ONU). A notícia é animadora, mas traz consigo alguns desafios, entre eles, a manutenção de uma boa saúde entre a população que envelhece ao redor do mundo.

Intitulado de "Envelhecimento no Século XXI: Celebração e Desafio", o relatório apresenta a situação das pessoas acima de 60 anos no mundo e o desenvolvimento de políticas adotadas por governos de diversos países. Além disso, traz uma discussão sobre os desafios que os governantes deverão enfrentar com esse aumento em diversas áreas, como saúde e aposentadoria. Segundo o documento, o número de idosos chegou, este ano, a 810 milhões, representando 11,5% da população global.

Em 2050, 80% de pessoas da terceira idade estarão em países em desenvolvimento – como o Brasil - e a quantidade de indivíduos dessa faixa etária será maior do que a de jovens menores de 15 anos. No Brasil, dados do Censo Demográfico 2010, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), indicaram também um aumento da população com mais de 60 anos. Em 2000, ela era aproximadamente de 14 milhões, e, de acordo com a última pesquisa, esse número já chegou a aproximadamente 20 milhões.

Mas, a que se deve esse aumento da expectativa de vida das pessoas? De acordo com o geriatra e diretor científico da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia do Rio de Janeiro (SBGG/RJ), Tarso Mosci, esse fenômeno do envelhecimento já é conhecido e previsto há muito tempo. De acordo com o especialista, o crescimento se deve a dois fenômenos: as transições epidemiológicas e demográficas. "Avanços em áreas básicas, como educação, saúde e melhorias no saneamento básico erradicaram ou diminuíram algumas doenças, havendo assim, uma queda da mortalidade da população. Essas melhorias nas condições de vida fazem com que as pessoas vivam mais."

Porém, esse aumento pode trazer impactos negativos também. Mosci explica que, com o aumento da população idosa, haverá mais incidência de doenças características dessa faixa etária, que são as doenças crônicas. "Elas são mais caras de serem tratadas. Por isso, deve-se investir em medidas preventivas, que são mais baratas. Pode-se investir em programas educativos de prevenção e controles de doenças, e imunizações de enfermidades. Além disso, deve haver um preparo para os lugares que forem atender os idosos com problemas de complexidade e estimular essas pessoas a ter hábitos saudáveis." – conta o geriatra, que completa: "Esse aumento não deve ser visto como negativo. Isso é um privilégio e uma conquista."

Chegar aos 100 esbanjando saúde, quem não quer? Por isso, investir em hábitos saudáveis é uma atitude que todos devem tomar para alcançar qualidade de vida nessa fase. "As pessoas devem ter uma alimentação equilibrada, evitar stress, praticar mais exercícios físicos, ter um bom sono e tratar os problemas de saúde de forma adequada. Se a pessoa se cuidar bem, fizer exames, ela vai viver mais." – finaliza o geriatra


quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Musculação pode prevenir câncer de próstata e reduzir efeitos colaterais do tratamento


O câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens brasileiros e o sexto tipo mais comum no mundo. Apesar da gravidade da doença, preconceito e falta de informação são grandes obstáculos para o diagnóstico precoce dos homens com câncer de próstata. A boa notícia é que a prática regular de exercício físico reduz a incidência deste tipo de câncer, além de melhorar a qualidade de vida dos pacientes que fazem quimioterapia.

“Estudos indicam que a prática regular de exercícios físicos, como a musculação e exercícios aeróbios, pode ajudar a prevenir o aparecimento do câncer de próstata, e contribui para o ganho de massa muscular, força e capacidade funcional daqueles pacientes que se submetem à terapia de supressão hormonal” explica a Dra. Janise Lana Leite (CRM 126.876), geriatra da Academia Estação do Exercício e Saúde – especializada em musculação para idosos.

“Evitar o sedentarismo é o primeiro passo no combate ao surgimento do câncer de próstata, além de outros cânceres”, afirma Dra. Janise. Mudar o hábito de vida para incluir o exercício físico como uma rotina na semana não é fácil para muitas pessoas, principalmente para os idosos que não tiveram experiências prévias com os exercícios. Muitos idosos tem medo de fazer exercício físico, outros acreditam que não irão usufruir os resultados dos mesmos. Esses mitos precisam ser vencidos, pois o exercício supervisionado por profissional da educação física é seguro e traz muitos benefícios em qualquer idade.

“O tratamento do câncer de próstata provoca queda significativa do hormônio masculino testosterona, que é responsável pelo desenvolvimento muscular e redução de gorduras. Os exercícios de musculação, ao provocarem estimulação muscular, ajudam a prevenir a perda muscular quando a testosterona é reduzida pelo tratamento oncológico”, explica Dra. Janise.

O câncer de próstata é uma doença silenciosa, e os sinais só ficam evidentes em estágios mais avançados, quando o câncer já está infiltrado em órgãos adjacentes, ou quando suas metástases em ossos, pulmão e fígado se manifestam. Por isso é importante fazer consultas médicas regulares para se realizar a prevenção. Assim como se dedica o mês de outubro às campanhas pela saúde da mulher, e mais especificamente ao combate do câncer de mama, em novembro a Associação pela Saúde da Próstata realiza campanhas de conscientização pela saúde do homem e pelo combate ao câncer de próstata.
Para saber mais, visite www.saudedaprostata.org.br


sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Reflexão


É fácil é julgar pessoas que estão sendo expostas pelas circunstâncias.
Difícil é encontrar e refletir sobre seus erros, ou tentar fazer diferente algo que já fez muito errado.
E é assim que perdemos pessoas especiais ....  o bacana é julgar apenas a si mesmo...!!!!!



domingo, 18 de novembro de 2012

Fisioterapia para Cuidadores de Idosos - Saúde x Trabalho – Na Casa Bonsai

Hoje o mundo empresarial convive com uma triste realidade: O aumento espantoso dos casos de patologias ocupacionais, que vem "mutilando" os colaboradores, impedindo-os de realizarem suas tarefas no trabalho, no lar e até mesmo no lazer.


Seguindo a MISSÃO da Casa Bonsai Recanto do Idoso: “Buscar a melhoria contínua de suas práticas de saúde, segurança e bem-estar para nossos clientes, colaboradores, profissionais e a comunidade em geral, para assim, alcançarmos a satisfação de todos os envolvidos.” Começamos um processo de prevenção com fisioterapia para os colaboradores da Casa Bonsai.



A fisioterapia é uma arma importante nesta luta. A presença da profissional de fisioterapeuta dentro da empresa facilita as ações preventivas e curativas dos colaboradores, pois mediante uma série de dados colhidos em avaliações diversas (aplicação de questionários, análise da tarefa, avaliações posturais, avaliações de postos de trabalho etc.), a fisioterapeuta é capaz de trabalhar distintamente dois grupos dento da Casa Bonsai: assintomáticos, grupo de risco (pessoas que apresentam pré-disposição para desenvolver patologias) e sintomáticos, e desta forma aplicando as medidas adequadas de prevenção e cura.

No que diz respeito as ações preventivas, a fisioterapeuta atua incentivando os colaboradores Bonsai aos novos hábitos de vida, desenvolvendo dentro da Casa Bonsai uma nova cultura saudável de consciência corporal e postural, gerando um bem estar físico e emocional no ambiente de trabalho.






Assim é proporcionado ao colaborador Bonsai uma maior interação entre tratamentoXtrabalho, gerando maiores condições de uma rápida recuperação e ou prevenção, pois as sessões de fisioterapia são realizadas nas dependências da Casa Bonsai, evitando que o colaborador apresente alguma dificuldade em iniciá-lo ou até mesmo concluí-lo por situações diversas (falta de tempo, transporte difícil, clínicas afastadas de casa ou do trabalho etc).


A bela velhice


Antropóloga Mirian Goldenberg fala sobre novas possibilidades e significados para o envelhecimento

No livro "A Velhice", Simone de Beauvoir, após descrever o dramático quadro do processo de envelhecimento, aponta um possível caminho para a construção de uma "bela velhice": ter um projeto de vida.
No Brasil, temos vários exemplos de "belos velhos": Caetano Veloso, Gilberto Gil, Ney Matogrosso, Chico Buarque, Marieta Severo, Rita Lee, entre outros.
Duvido que alguém consiga enxergar neles, que já chegaram ou estão chegando aos 70 anos, um retrato negativo do envelhecimento. São típicos exemplos de pessoas chamadas "ageless" ou sem idade.

Fazem parte de uma geração que não aceitará o imperativo: "Seja um velho!" ou qualquer outro rótulo que sempre contestaram.
São de uma geração que transformou comportamentos e valores de homens e mulheres, que tornou a sexualidade mais livre e prazerosa, que inventou diferentes arranjos amorosos e conjugais, que legitimou novas formas de família e que ampliou as possibilidades de ser mãe, pai, avô e avó.
Esses "belos velhos" inventaram um lugar especial no mundo e se reinventam permanentemente.
Continuam cantando, dançando, criando, amando, brincando, trabalhando, transgredindo tabus etc. Não se aposentaram de si mesmos, recusaram as regras que os obrigariam a se comportarem como velhos. Não se tornaram invisíveis, apagados, infelizes, doentes, deprimidos.
Eles, como tantos outros "belos velhos" que tenho pesquisado, estão rejeitando os estereótipos e criando novas possibilidades e novas possibilidades e significados para o envelhecimento.

Em 2011, após assistir quatro vezes ao mesmo show de Paul McCartney, perguntei a um amigo de 72 anos: "Por que ele, aos 69 anos, faz um show de quase três horas, cantando, tocando e dançando sem parar, se o público ficaria satisfeito se ele fizesse um show de uma hora?". Ele respondeu sorrindo: "Porque ele tem tesão no que faz".
O título do meu livro "Coroas" é uma forma de militância lúdica na luta contra os preconceitos que cercam o envelhecimento. Tenho investido em revelar aspectos positivos e belos da velhice, sem deixar de discutir os aspectos negativos.

Como diz a música de Arnaldo Antunes, "Que preto, que branco, que índio o quê?/Somos o que somos: inclassificáveis". Acredito que podemos ousar um pouco mais e cantar: "Que jovem, que adulto, que velho o quê?/ Somos o que somos: inclassificáveis".



Mirian Goldenberg é antropóloga e professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro. É autora de "Coroas: corpo, envelhecimento, casamento e infidelidade" (Ed. Record)

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Onde os idosos caem


Brasil é recordista em quedas. Veja os cuidados para evitar acidentes.

O índice de fraturas entre idosos atinge proporções alarmantes, alerta a Organização Mundial de Saúde (OMS). Só as fraturas de fêmur já ultrapassam um milhão por ano em todo o mundo sendo 600 mil somente no Brasil. A principal causa apontada pelos especialistas são as quedas. Os perigos estão em toda parte, principalmente dentro de casa. Para garantir ambientes seguros, é preciso mais que apetrechos modernos. A família precisa dar atenção. E os idosos precisam tomar consciência dos riscos que correm.

As limitações do dia a dia são muitas. Enfrentar filas de banco, andar em ruas mal conservadas, transportes públicos que não respeitam o direito de ir e vir. Porém, é dentro de casa que o perigo é maior. De acordo com o Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (Into), 75% das quedas ocorrem no próprio lar em que o idoso vive. Para o geriatra do Instituto, Salo Buksman, mais do que um lar seguro, o idoso deve ter também  a consciência de como evitar essas quedas.

“É preciso tomar medidas de segurança no ambiente em que o idoso vive.
Porém, a grande mudança deve ocorrer por parte do indivíduo. A consciência do idoso que cai deve ser trabalhada para que ele entenda que, mais do que móveis fora do lugar e pisos deslizantes, a falta de exercícios de musculação e equilíbrio e o excesso de medicamentos sedativos e para pressão arterial são as principais causas de quedas nessa população”, explica ele.

Com o avançar da idade, aumentam também as limitações físicas. Para a fisioterapeuta com grande experiência no cuidados de idosos, Ana Maria Martins Paulos, mesmo com o cuidado de praticar atividades físicas e evitar o consumo abusivo de medicamentos, dificuldades e doenças advindas do envelhecimento podem ser causa inevitáveis das quedas.
“Idosos com problemas de visão, instabilidade de marcha, labirintite, artrose, fraqueza muscular, em especial, a osteoporose podem transformar esses idosos em grandes vítimas de quedas e lesões, lembrando que as principais delas são: fratura de Fêmur, punho e síndrome pós queda”, afirma ela.

Projetos com a mais alta tecnologia podem garantir todo o conforto e segurança necessários para o idoso, a não ser por um simples detalhe, custam caro. Como nem todo mundo pode pagar por essa segurança, a fisioterapeuta garante que algumas medidas simples podem evitar as quedas.

“Adaptar um lar pode não custar caro, basta ter sensibilidade para perceber as necessidades do idoso. Diminuir a quantidade de móveis na casa; retirar aparadores e mesas de centro, deixando a casa com bastante espaço livre; dar preferência a móveis com quinas arredondadas; evitar mudança de móveis de lugar; retirar tapetes; fazer uso de luz noturna nos corredores; utilizar acento especial para elevar a altura do vaso sanitário, fazer uso de calçados adequados e, com orientação técnica, usar bengala e andador”, enumera Paulos.

Ainda de acordo com a fisioterapeuta, mais importante do que a segurança dentro do lar, é o carinho e atenção da família que podem garantir que o processo natural de envelhecimento seja o mais tranquilo possível. “O idoso deve se sentir amado, incluído no seio da família. Os parentes têm o dever de incentivar o idoso na prática de atividade física, orientar na forma como caminhar corretamente para prevenir quedas, mostrar ao idoso que ele é importante para a família. Dessa forma, o indivíduo passa a se preocupar mais com a saúde, uma vez que ele se sente amado e respeitado”, finaliza ela.


A juventude do cérebro


Os pequenos prazeres que preservam a mente ativa

É possível tornar a mente mais ágil e forte à medida que o cérebro envelhece? Ou será que declínios cognitivos como as falhas de memória, o declínio de atenção e a baixa velocidade de processamento da informação são inevitáveis. No embate de ideias, há quem defenda que é possível repor e compensar as perdas decorrentes do envelhecimento. Na outra ponta, estão os especialistas que sugerem cautela nas expectativas. O consenso existe. Pelo menos num ponto as duas linhas concordam: é possível manter a saúde mental por um longo tempo. 

Um bom exemplo de otimismo nas alturas é Elkhonon Goldberg, autor do livro O Paradoxo da Sabedoria e professor de Neurologia da Faculdade de Medicina de Nova Iorque, cujas ideias circulam mundo afora. Investigador na área da neurociência cognitiva, Goldberg defende que, apesar de certas perdas cognitivas, é possível manter a saúde mental, driblando os desafios que o envelhecimento traz. Segundo ele, estudos clínicos recentes apresentam uma nova abordagem em relação ao cérebro e seu funcionamento e revelam que a mente pode sim continuar ágil.

Para o neurologista e membro do Departamento de Neurologia Cognitiva e do Envelhecimento da Academia Brasileira de Neurologia (ABN), Charles Andre, o mais sensato é que haja um equilíbrio entre o a saúde do cérebro e suas perdas. “Com o passar do tempo, todas as partes do corpo vão sofrendo os efeitos da idade. Perdemos massa muscular, a visão fica pior, os reflexos diminuem, e com o cérebro não é diferente. Essas perdas fazem parte do processo natural de envelhecimento. Porém, um declínio cognitivo significativo como a demência, isso sim não é normal”, opina ele.

Atualmente, uma das doenças neurodegenerativas mais comuns entre a população idosa é o mal de Alzheimer. Segundo a Alzheimer’s Drug Discovery Foundation (ADDF), entidade pública de pesquisa sobre a doença, 18 milhões de casos têm sido relatados em todo o mundo hoje.
Em 2025, o número de casos deverá quase dobrar, chegando a 34 milhões. Para o geriatra e fundador da Associação Brasileira de Alzheimer (Abraz), Norton Sayeg, nem todo declínio é sinal da doença. Por isso, o diagnóstico correto é o primeiro e mais importante passo para o tratamento.

“Manter a saúde mental é manter o organismo livre de doenças, pois muitas delas alteram o desempenho intelectual do paciente, como a depressão, por exemplo. Um dos sintomas da depressão é a perda de memória, o que muitos acabam confundindo com o Alzheimer. Além disso, medicamentos calmantes conhecidos como hipnóticos, afetam diretamente a memória. Remédios para a pressão mal controlados e anemias também pode acarretar em perdas cognitivas. Ao diagnosticar o Alzheimer é preciso excluir uma série de possibilidades para se chegar numa resposta correta”, explica o geriatra.

Diante das controvérsias, há pelo menos um consenso animador. É possível, sim, retardar os danos e manter a saúde mental. E a garantia é o cuidado que cada um terá ao longo da vida tanto com o corpo quanto em exercitar a mente.

“Qualquer coisa que seja interessante e prazeroso é sempre muito bom, principalmente para o cérebro. Se você gosta de idiomas, aprenda todas as línguas. Isso representará uma sanidade que você pode ir mantendo.
Atividades sociais também são importantes, pois envolvem desafios cognitivos, como por exemplo, escolher uma roupa para se apresentar para o grupo, conversar sobre diversos temas com os amigos. Além disso, atividades físicas, em especial, as que ocorrem em grupo, fazem muito bem à mente”, finaliza o neurologista Charles Andre.