sábado, 26 de maio de 2012

Como exercitar o cérebro e manter a jovialidade

O envelhecimento do corpo e a monotonia da rotina diária fazem com que as pessoas mais idosas possam ficar com o cérebro mais cansado e até um pouco preguisoço.
Saiba como exercitar o cérebro e mantenha a sua memória intacta e com boa saúde.

A medida que a idade avança e o corpo envelhece, a memória de uma pessoa fica mais fraca e imprecisa, o que pode, por vezes, impedir de realizar as tarefas mais básicas do cotidiano, como ir as compras, pagar contas ou faltar a determinados compromissos. No entanto, se a perda de memória for permanente, isso poderá ser um sitoma de demência.

Existem vários sinais que lhe indicam em que estado se encontra a memória:
ü Sinais de envelehcimento normal.
Precisa fazer uma pausa momentânea para se lembar de algo que lhe parece familiar, como por exemplo: encontrar o caminho para casa, lembrar-se do que fez no dia anterior ou dos nomes dos familiares e amigos.
Fica mais preocupado com as suas perdas de memória do que com a própria família.

ü Sinais de demência
Perder muito tempo para se tentar lembrar de algo que lhe é próximo e, na maioria das vezes, acaba por não conseguir lembrar. Esta forma de perde de memória está muitas vezes associada a doença e Alzheimer ou a um AVC que destruiu as células cerebrais.
Os familiares ficam mais preocupados do que propriamente a pessoa que está com seus incidentes de perda de memória.
Além de perda de memória, os sinais de demência apresentam outros sintomas, como por exemplo: alterações de humor e de personalidade, desorientação, dificuldade de comunicação, falta de raciocínio, negligência na higiene pessoal, isolamente e depressão.

Como exercitar o cérebro na terceira idade?
A perda normal de células cerebrais e o declínio do fluxo sanguíneo entre os neuronios, podem ser os responsáveis pela falha na memória, inteligência e aprendizagem de uma pessoa. Porém, podem ser tomadas algumas medidas para exercitar o cérebro de uma pessoa idosa.
Das mais importantes, descatam-se as seguintes:
Faça exercícios
A aptidão física acompanha frequentemente a aptdão mental. Existem várias atividades para idosos que garantem uma vida mais saudável e equilibrada.

Continue aprendendo
A aprendizagem de algo novo faz com que a sua mente esteja sempre em funcionamento. É aconselhável que os idosos leiam com regularidade, tenham vários passatempos ativos, façam palavras cruzadas ou outros jogos lúdicos para que a mente esteja constantemente ocupada e produtiva.

Não fume
Estudos recentes afirmam que os tabagistas esquecem-se mais rapidamente dos nomes e dos rostos dos amigos e familiares do que os não-tabagistas.

Durma o sulficiente
Com a idade gasta-se mais rapidamente as energias e, assim precisa recuperá-las dormindo cerca de 8 horas diárias.

Tome vitamibas C e E
As vitaminas C e E são conhecidas por fortalecerem a memória e podem proteger o cérebro dos idosos de alguma forma de demência. Contudo, isso não significa que possam  acontecer eventuais perdas de memória que, normalmente, estão relacionadas com a idade.

Mantenha as relações sociais
Uma das melhores formas para exercitar a memória passa por manter-se socialmente ativo. Assim, conseguirá promover o convívio social e estreitar laços de amizades com outras pessoas, o que lhe vai permitir manter a sua mente sã e ocupada.

Como manter o cérebro em forma?
Para todas as pessoas que temem o envelhecimento e receiam perder a memória, existem alguns passos que devem ser realizados para manter o cérebro em forma.
Dos mais evidentes, destacam-se os três seguintes:
ü Manter uma dieta balanceada. Deve ser rica em gorduras saudáveis, ter carboidratos de baixo índice glicêmico e peixes. Este tipo de alimentação é o mais eficaz, pois ajuda a proteger o cérebro e o coração.

ü Ingerir novos suplementos na sua alimentação. Nomeadamente, vitaminas ricas em proteínas, acetilcisteína, vitamina do complexo B, acetil-L-carnitínia, entre outros.

ü Consultar seu médico com regularidade com o intuito de conhecer a existência de novos medicamentos que diminuam os bloqueios e perdas de memória.

Exercitar o corpo e a mente: o segredo para um envelhecimento cardíaco saudável!!!

Com o passar dos anos, o coração sofre algumas mudanças naturais, resultantes do envelhecimento do corpo. No entanto, o segredo para um envelhecimento cardíaco saudável é muito simples: comer bem e fazer exercícios físicos com regularidade, independentemente da sua idade.
Saiba como exercitar o corpo e a mente e cuide corretamente do seu coração.

Quais as principais mudanças que ocorrem no coração?
A medida que a idade passa e o corpo envelhece, o motor do corpo humano (o coração) sofre ligeiras mudanças:
ü O coração pode ficar menor.
ü O número de células musculares cardíacas diminui com a idade e algumas degeneram. Como resultado, o coração torna-se mais fraco e bombeia menos sangue.
ü As vávulas do coração podem ficar mais grossas e apertadas. Esta situação diminui o fluxo de sangue, o que causa a falta de ar e muitas dores no peito.
ü As artérias do coração podem ficar mais grossas e menos flexíveis, o que conduz ao estabelecimento de pressões arteriais elevadas. Por consequência, o sistema elétrico que determina o bater do coração pode mudar e essas mudanças são visíveis através da realização de um eletrocardiograma.

Como escapar do envelhecimento?
Independentemente da sua idade, uma das melhores formas para escapar ao envelhecimento é manter-se física e socialmente ativo. Ao fazê-lo, estará combatendo as mudanças naturais que ocorrem no sistema cardiovascular e a proteger a sua saúde.

Para as pessoas com mais de 65 anos de idade que não tem o hábito de fazer exercícios físicos, é necessário consultar o seu médico antes de iniciar um programa específico de exercícios. O médico tem acesso ao histórico clínico do paciente e sabe quais são os melhores exercícios físicos que ele poderá realizar.

É de realçar que, atualmente, vários estudos afirmam que a atividade física regular pode prevenir o envelhecimento dos vasos sanguíneos. Assim, os atletas mais velhos podem ter esses vaos tão resistente e flexíveis como os dos atletas mais jovens e isso garante uma qualidade de vida superior.

Outra forma de escapar do envelhecimento é ter uma alimentação correta. Faça uma dieta alimentar balanceada. Ao seguir um cardápio saudável, conseguirá proteger seu coração e manterá os níveis de açúcar e de colesterol no sangue sob controle.

Quais os melhores exercícios físicos e passatempos para um evelhecimento cardíaco saudável?
Existem muitos tipos de exercícios físicos que os idosos poderão adotar para terem um envelhecimento cardíaco saudável como, por exemplo, exercícios de ioga, exercícios de aeróbica e exercícios aquáticos. A sua prática garante uma maios resistência e flexibilidade do corpo e proporciona ótimos momentos de diversão.
Por outro lado, também existem muitos passatempos ativos para idosos que lhes permitem exercitar o corpo e a mente, como nadar, viajar, caminhar, andar de bicileta, fazer voluntariado, entre outros. O mais importante é estar sempre em movimento, pois é uma forma de estar vivo e produtivo.

O poder do pensamento positivo.
Alguns estudos realizados no campo da cardiologia mostraram que as pessoas idosas que foram expostas a ideias positivas sobre o envelhecimento, tiveram baixa pressão arteriais, ao passo que, os que foram confrontados com ideias negativas, registraram aumentos substanciais nas pressões sanguíneas. Isto quer dize que o pensamento positivo tem um papel muito importante na vida de uma pessoa, especialmente com o passar da idade, pois faz com que a mente seja mais resistente ao estress e as dificuldades do dia-a-dia. Uma mente sã permite, sem dúvida, viver uma vida mais tranquila, proveitosa e relaxada.

sexta-feira, 25 de maio de 2012

Sarau Erudito na Casa Bonsai

Os hóspedes da Casa Bonsai Recanto do Idoso, participaram de um Sarau Erudito dos músicos Mayumi Micheletti e André Micheletti (Coordenadores e Organizadores do Festival Internacional de Música Erudita de Piracicaba) com Duo Violoncelo!!!

Conforme as peças foram tocadas, os músicos permitiram uma interação dos hóspedes com a música clássica de forma experimental e sem o uso da razão ou padronização.


Mayumi Micheletti e André Micheletti proporcionaram aos hóspedes e colaboradores da Casa Bonsai muito prazer, cultivando nas mentes, as mais ternas e finas emoções, assim neutralizando os maus sentimentos e promovendo saúde e bem estar para todos os presentes.



Obrigado Mayumi e André Micheletti, por nos trazer felicidades e fazer parte de uma passagem muito sadia nesta tarde maravilhosa que vocês nos presentearam.


Casa Bonsai Recanto do Idoso.

terça-feira, 22 de maio de 2012

Para prevenir doenças alérgicas é preciso manter seus agentes causadores afastados

Pensando nisso, o SuperSan criou uma película protetora que continua ativa durante 6 meses, impedindo a proliferação de micro-organismos nocivos a nossa saúde.

O Guia Respire Saúde (www.respiresaude.com.br) foi elaborado para aumentar a eficiência da tecnologia SuperSan por meio de dicas e sugestões para manter seu ambiente protegido.

Segue algumas dicas para manter seu ambiente saudável....

Aprimore a limpeza de seu ambiente
Mantenha as janelas abertas ao limpar a sua casa. Não utilize produtos com cheiro forte, como removedores, lustra-móveis, desinfetantes e inseticidas, assim como perfumes e sprays. Após a limpeza, finalize o trabalho com um pano úmido. Evite usar vassouras e espanadores de pó. Higienize a esponja da cozinha diariamente. Ferva a água, desligue o fogo e deixe-a pelo menos cinco minutos de molho.

Luz solar: uma aliada contra os ácaros
Para evitar a proliferação de ácaros, mantenha os ambientes abertos para a entrada da luz do sol. Ácaros não sobrevivem em espaços com baixa umidade.

As roupas merecem um cuidado especial
Roupas guardadas por longos períodos devem ser lavadas ou colocadas no sol. Uma vez por semana, lave e substitua as roupas de cama. Troque os travesseiros a cada dois anos.

Precauções com pessoas alérgicas
Residências com bebês e pessoas alérgicas precisam de cuidados dobrados para não haver exposição aos agentes alergênicos.
Não fume dentro de casa e esvazie o ambiente por aproximadamente 30 minutos na hora de realizar a limpeza.

Os cuidados com animais de estimação
Mantenha os animais de estimação sempre limpos e escovados. Evite que eles entrem em casa, principalmente nos quartos.

sábado, 19 de maio de 2012

Conversando com o médico sobre a DPOC (Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica)?

Aqui vão algumas dicas para orientar a conversa com o médico:

1)    Dizer ao médico que fica sem fôlego ou tosse frequentemente enquanto faz as atividades do dia a dia.
Perder o fôlego com facilidade e diminuir o ritmo não são apenas partes normais do envelhecimento.

2)    Revisar o histórico de infecções nos pulmões para ver se elas têm ocorrido com mais frequência.
Ficar som infecções nos pulmões regularmente não é normal, mesmo durante os meses de inverno.

3)    Solicitar uma avaliação para checar se a falta de ar está piorando, não conclua que é asma.
Desenvolver asma pela primeira vez como um adulto, com mais de 40 anos não é comum.

4)    Checar com o médico pode ajudar a parar de fumar e ajudar a melhorar a respiração.
Parar de fumar é muito difícil para a maioria das pessoas e podem ser necessárias diversas tentativas. Esperar para falar sobre os sintomas só quando parar de fumar pode prejudicar anda mais os pulmões.

5)    O que pode ser feito hoje?
O diagnóstico precoce é uma das etapas mais importantes para manter a saúde do pulmão. Um teste de função pulmonar chamado espirometria avalia a quantidade de ar que entra e sai dos pulmões. Esta medida irá ajudar a avaliar se a pessoa tem DPOC.

Cuidar da saúde do pulmão e conversar com o médico pode ajudá-lo a ficar saudável e viver uma vida ativa.


Como a DPOC (Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica) poderia afetar sua vida?

Com o passar do tempo, as habilidades físicas diminuem enquanto os sintomas aumentam.

No início:
A pessoa pode notar que está fisicamente limitada.
Sintomas:
Falta de ar ao se exercitar ou cansaço. Ocasionalmente tosse e muco/catarro.

Depois:
A pessoa pode notar que caminhar distâncias longas, exercícios moderados ou trabalhos domésticos podem se tornar difíceis.
Sintomas:
Piora na falta de ar. Tosse e muco com mais frequência. Possíveis infecções no pulmão.

Após um tempo:
Atividades normais como subir alguns degraus, tomar banho ou se vestir podem ficar difíceis.
Sintomas:
Falta de ar grave e fadiga constante. Frequentes infecções no pulmão. Funções básicas como se sentar, deitar ou falar podem ser exaustivas.

ü A DPOC é progressiva, quanto mais a pessoa demora em conseguir ajuda, mais a DPOC irá danificar os pulmões e sua vida.
ü Os danos ao pulmão devido à DPOC são permanentes. A redução da função pulmonar causada pela DPOC não irá melhorar sozinha e não irá regredir.
ü Obtenha ajuda para parar de fumar. É a maneira mais importante para prevenir danos adicionais aos pulmões.
ü A ação inicial ajuda a permanecer ativo. Pessoas que tomam atitudes para tratar a DPOC desde o início podem continuar ativas e fazer as coisas que amam.


Fonte: www.dpoc.org.br

quinta-feira, 17 de maio de 2012

A Casa Bonsai é a 1º Casa de Repouso Hipoalergênica da região de Piracicaba
















A Casa Bonsai é a 1º Casa de Repouso que tem a Sanitização contra Bactérias, Ácaros e Fungos da região de Piracicaba.

Com a chegada do inverno, a Casa Bonsai em parceria com a SuperSan-Piracicaba, promovem um controle microbiológico para aumentar a qualidade do ar, amenizando sintomas de doenças respiratórias, como sinusite, bronquite, rinite alérgica, asma,  gripe e resfriados para os idosos e visitantes da casa.

A tecnologia da SuperSan fez com que todas as bactérias, ácaros e fungos que estavam em objetos, móveis, calçados e roupas na Casa Bonsai fossem eliminados imediatamente, além de criar uma película  protetora com efeito microbicida e microbiostático fazendo  com que o produto penetre nas células dos germes, destruindo suas funções vitais e bloqueando seu crescimento e proliferação.

Esta película protetora SuperSan ficará na Casa Bonsai por até 6 meses protegendo todos os Idosos e pessoas que ali estiverem, pois não deixará que as bactérias, fungos e ácaros que são trazidos de fora pelos colaboradores e visitantes possam se proliferar.

Diferente da Dedetização, que combate os organismos visíveis (barata, rato, cupim, etc) a Sanitização SuperSan combate os organismos invisíveis, que são os mais difíceis de nos proteger, pois não sabemos onde estão.

Assim a Casa Bonsai e a SuperSan-Piracicaba conseguiram combater todos os  micro-organismos invisíveis para proporcionar uma Qualidade de Vida para os Idosos Bonsai,  nesta temporada de inverno, protegendo todos contra as doenças alérgicas e respiratórias.
Conheça mais sobre a tecnologia internacional de SuperSan (www.supersan.com.br) e promova saúde na sua casa/carro/empresa também.

O Combate continua sendo a melhor prevenção!!!!


Tire suas dúvidas e faça um orçamento em: comercial.piracicaba@supersan.com.br



terça-feira, 15 de maio de 2012

Cafinfim

Mais uma crônica enviada pelo nosso ilustre Hóspede Edmar Oliveira
Segundo o dicionário Michaelis, Cafinfim significa: piolho de galinha; membro de certo partido político, ou judeu: cristão novo.
Pobre Antônio. Nasceu subnutrido no sertão piauiense, era tão magro, mas tão magro que demorou dois anos para começar a andar. Seus membros contrastavam com sua grande cabeça. Olhos esbugalhados, rosto fino, orelhas de abano e umbigo saliente. Antônio era o que se poderia chamar de sobrevivente. Numa região, com grande taxa de mortalidade infantil, era difícil imaginar que ele pudesse sobreviver.
Quinto filho de uma prole de sete, Antônio foi o único a nascer com essas características de menino fadado a viver pouco. Os parentes e amigos da família diziam: “Comadre, batiza logo esse moleque para ele não morrer pagão!”.  A mais preocupada era Dona Bela, vizinha da família de Antônio, uma senhora gorda, de faces rosadas e esposa de um judeu alemão foragido durante a primeira Guerra Mundial.
A mãe de Antônio, católica fervorosa e participante ativa de novenas em louvor ao Divino Espírito Santo, ouviu os conselhos e tratou logo de batizar o menino. Dona Bela foi escolhida como madrinha. Afinal, foi ela quem puxou o cordão pela salvação do pobre Antônio. Ela não tinha dúvidas que aquele pequeno ser esquelético, partiria desta para outra a qualquer momento.
Antônio não morreu, seu batizado foi uma festa. Muitas brevidades feitas pela madrinha Bela, umbuzada e beiju ou tapioca com manteiga de litro. Houve até dança de forró ao som da sanfona do compadre Agripino. A poeira subiu no quintal de chão batido. As irmãs de Antônio se emperiquitaram todas para o evento. Compadre Quirino trouxe uma cachaça lá do pé-de-serra para os mais velhos. Sempre com recomendações da mãe de Antônio para evitar os abusos. Ela detestava bebida e tinha receio que seu filho mais velho enveredasse pelo caminho do vício; já bastava seus irmãos que além da bebida eram viciados em jogo de baralho.
A vestimenta típica para meninos ou meninas naquela idade era uma camisola feita de morim, um tecido branco e cheia de goma, sem nada por baixo. Antônio passava o tempo todo vestido nessa indumentária, sempre com ventinho a favor.  Era um verdadeiro serelepe. Não andava, mas engatinhava pela casa de chão batido.
Certo dia, os primeiros passos aconteceram finalmente. De repente, para surpresa geral, aquela figura mais parecendo um fantasma, desfilou cambaleante, exibindo o barrigão estufado e ar de vencedor. Foi o maior show de tombos e ralações que se tem notícia. A ordem era não acudir. Agora ou vai ou racha, dizia sua mãe.
Quase rachou, mas o teimoso venceu mais um desafio. Ele só não escapou do apelido que lhe deram. Uma das irmãs, de forma jocosa o comparou a um piolho de galinha, também conhecido como cafinfim. Estava assim rebatizado o nosso herói. Esse apelido o acompanharia por muito tempo.
Tempos depois, agora com seis anos e ainda magérrimo, suas birras e calundus não eram mais tolerados pela sua mãe e irmãs. Além do clássico cafinfim, elas também apelavam para as palmadas na bunda. Seu pai era o único que as vezes vinha em seu socorro. Talvez pela fragilidade, seu pai sempre o presenteava com moedinhas que ele gastava na vendinha do seu Vinvim. Um velhinho careca, de faces redondas e rosadas, óculos enormes, assemelhando-se mais a um duende.
Nem sempre acontecia esse banquete de guloseimas. Uma de suas irmãs o tapeava, trocando suas moedas por saquinhos cheios de folhas de malva com a promessa que no futuro essas folhas se transformariam em grandes árvores cheias de moedinhas. Com olhos de gulodice tão grandes quanto sua barriga, o inocente Antônio caia na tapeação da esperta mana que se fartava.
Antônio adorava a casa onde morava, feita de alvenaria, ela tinha um detalhe intrigante; na parte externa apoiada na viga principal da cumieira e fincada no chão, havia um tronco de mulungu sustentado praticamente toda a casa. Só muito tempo depois ele soube que aquele tronco era para evitar o desmoronamento da casa em dias de chuvas com vento forte. Seu pai não era engenheiro, mas sabia das coisas.
            A casa tinha um quintal enorme. Era nesse quintal de chão batido que nas noites quentes dos finais de semana  se reuniam os vizinhos para papearem, comer brevidades feitas pela madrinha Bela e ouvir suas longas estórias. Antônio adorava a estória: “cinco negos brancos e seus amigos cinco negos pretos”.

Nessas noites de céu estrelado e sem nuvens, era comum verem-se estrelas cadentes riscando o céu em semicírculos, como se fossem fogos de artifício. Os mais velhos quando inquiridos, diziam que aquilo era obra de Deus depurando o Universo. Antônio como as demais crianças tinham medo de que alguma delas caísse na terra.
Os jovens, já com intenções de namoro, gostavam de jogar fiodó. Formavam uma roda e acendiam um palito de fósforo. O jogo consistia em ir passando esse  palito de mão em mão, ainda aceso e dizendo as palavras: “fió? Oi! Quer comprar fió? Quero! E se fió morrer? Pagarei fiodó!” Na mão de quem o palito apagasse ou morresse a pessoa tinha que  passar por um castigo. Poderia ser, sem violência, uns “bolos” de palmatória de madeira. Ao vencedor, ou vencedora as honras de receber os aplausos dos vencidos.  Antônio adorava apreciar esse jogo e sempre pensava: “quando eu crescer, nunca vou pagar fiodó”.
Nesse ambiente de simplicidade, os dias passavam. Todos trabalhavam solidariamente para se prevenirem das estiagens, fenômeno comum no sertão nordestino. Os homens furavam poços, também chamados de cacimbas. O acesso a água era através de escadas cavadas na própria cacimba. O transporte era feito em cabaças atreladas a cangalhas no lombo dos jumentos. Previdentes, o povo da região represava as águas das chuvas em pequenos açudes. Servia principalmente, para dar de beber aos animais nos longos períodos de estiagem. A polpa do mandacaru triturada, servia como alimento aos animais, além do que, também ajudava na hidratação por ser rica em água.
Essas coisas não interessavam a Antônio. O que ele mais gostava era de brincar com Deusdeti, filho do Pedro Véio, um lavrador de rosto enrugado e manco. Diziam que esse problema foi devido a um coice de jumento num de seus momentos de bebedeira.
Antônio e Deusdeti passavam horas e horas embaixo de um velho umbuzeiro, brincando de vaqueiros, onde os bois eram ossinhos de passarinhos e os currais, sementes de umbu. Quando brigavam, quase sempre dava empate. Ali era a dupla “fome com vontade de comer”. Equivaliam-se no porte físico. O xingamento mais usado era: Cão. Ofendia muito porque aprenderam que Cão era o diabo. Quase sempre essas rusgas terminavam com o couro das alpercatas “esquentando” as bundas deles. Apesar dessas briguinhas, eram amigos inseparáveis e frequentavam as aulas de alfabetização da tia Raquel, a única professora do lugar, casada com um tio de Antônio.
A mãe de Antônio era uma senhora muito destemida e forte. Com a morte do marido, Seu Luiz Meada, assumiu ás rédeas da família. Nessa época já com seis filhos e grávida do sétimo, não fraquejou, contando apenas com o trabalho dos filhos mais velhos, onde a primogênita tinha apenas treze anos. Ela exerceu toda sua liderança de mulher criada no agreste e acostumada as desventuras da vida. Nunca ninguém a viu choramingando ou maldizendo da vida. Foram dela, as palavras que até hoje soam como ensinamento para todos os filhos: “Deus nunca nos dá um fardo maior do que possamos suportar”.
Embora, ainda crianças e alguns já adolescentes, todos tinham tarefas a cumprir. Cabia a Antônio cuidar das panelas no fogão, ele se sentia o mais importante e pensava: “Se o feijão queimar,ninguém come”.
Tempos depois, uma grande estiagem abalaria o planejamento preventivo dos moradores. Foram muitos meses sem chuvas. A água normalmente escassa, agora era quase inexistente. Para consegui-la, tinha-se que se deslocar para lugares cada vez mais distantes. Os animais emagreciam e alguns morriam.
Aquilo, que se prenunciava como uma grande tragédia, foi o motivo que faltava para a mãe de Antônio tomar a decisão que já alimentava há muito tempo. Sair dali e rumar para um lugar onde seus filhos pudessem crescer e se tornarem pessoas em condições de vencerem na vida. Ela não queria que eles fossem apenas vaqueiros ou mulheres cuidando de uma penca de filhos. Ela tinha pouco estudo, mas era sábia. As dificuldades futuras, ela tinha consciência de como enfrentá-las. Vendeu sua pequena propriedade para seu cunhado e preparou sua viagem com a penca de filhos para o sudeste, mais especificamente São Paulo. Escreveu aos irmãos que já moravam no “sul maravilha” e organizou a partida.
Na partida do lugarejo, muita tristeza e choro. Dona Bela sentia a perda do seu afilhado e rezava juntamente com todos vizinhos. Esse ambiente de dor, também atingiu o pequeno Antônio. Indiferente a essa coisa de futuro, sabia que nunca mais iria poder brincar embaixo do seu querido umbuzeiro com seu amigo Deusdeti. Não iria mais aprender a atirar pedras com bodoque, coisa que seu irmão fazia com destreza, para afugentar os periquitos do milharal. Não iria mais comer os doces da vendinha do seu Vinvim. Não iria mais andar no lombo dos jumentos Futuca e Azulão. 

Na medida em que os cavalos se afastavam, Antônio montado na garupa e abraçado ao seu irmão, olhava para trás, vislumbrando já à distância, aquilo que outrora fora seu paraíso. Agora, a vendinha do seu Vinvim era apenas um pequeno ponto no horizonte. Na sua mente como um canto do cisne, ecoavam as palavras: “fió, Oi! Quer comprar fió? Sim! E se fió morrer?...”.


Edmar de Oliveira - Junho/07

sábado, 12 de maio de 2012

Previna-se contra a DPOC

O que causa a DPOC?
A principal causa da DPOC é o tabagismo e geralmente afeta de 15 a 20% dos fumantes. A doença também pode ser provocada pela inalação persistente da fumaça gerada pela queima da lenha utilizada em fogões domiciliares.

Quais são os sintomas?
Os sintomas da doença aparecem de maneira lenta e progressiva, sendo comum o paciente dar-lhe atenção somente quando ela já está em um estágio avançado.

Se a pessoa tem mais de 40 anos, é fumante ou ex-fumante e apresenta sintomas como:
ü Tosse freqüente
ü Catarro constante
ü Dificuldade para respirar ao subir escadas ou caminhar

Provavelmente, não é apenas parte do processo de envelhecimento e pode ser uma DPOC.
Compartilhar estes sintomas com seu médico é importante para que ele possa ajudá-lo.

Atenção a algumas dicas que podem ajudá-lo a identificar a possível presença da PDOC:
ü Dificuldade de acompanhar as outras pessoas de sua idade
ü Ficar sem ar após subir poucos degraus de escada
ü Dificuldade para recuperar o fôlego
ü Não conseguir mais executar as atividades regulares
ü Não conseguir se lembrar de um dia em que não tossiu
ü Amigos e sua família em geral notam que você perdeu o ritmo.

Algumas coisas para lembrar sobre a DPOC:
ü A DPOC é progressiva e ignorá-la pode provocar mais danos aos pulmões
ü A maioria dos danos aos pulmões não irá melhorar sozinha e não poderá ser recuperada
ü A pessoa acometida pode encontrar maneiras de se proteger conversando com seu médico.
ü Parar de fumar é uma das muitas coisas importantes que você pode fazer pelos pulmões.

Você sabe o que é a DPOC (Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica)?

A Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) é, na verdade, um espectro de doenças que inclui bronquite crônica e enfisema. O cigarro é responsável pela imensa maioria dos casos.
Com o aumento progressivo da longevidade ocorrido na segunda metade do século XX e o enorme contingente de fumantes, a DPOC, rara no passado, passou a afetar grande número de indivíduos. Nos países industrializados e em certas regiões do Brasil, está entre as cinco enfermidades mais prevalentes.

A DPOC é uma doença insidiosa que se instala no decorrer de anos. Geralmente, começa com discreta falta de ar associada a esforços como subir escadas, andar depressa ou praticar atividades esportivas. Como os sintomas são discretos, costumam ser atribuídos ao cansaço ou à falta de preparo físico. Com o passar do tempo, porém, a dispneia se torna mais intensa e surge depois de esforços cada vez menores. Nas fases mais avançadas, a falta de ar está presente mesmo com o doente em repouso e agrava-se muito diante das atividades mais corriqueiras. Tomar banho em pé, por exemplo, fica impossível; andar até a sala, um esforço insuportável.

Diversos estudos demonstraram que o único tratamento médico capaz de aumentar a sobrevida dos portadores da doença é a oxigenioterapia. O doente respirando com dificuldade com um cateter nas narinas ligado ao tubo de oxigênio é a imagem clássica
da doença.

Nas fases iniciais, o comprometimento da função pulmonar pode ser assintomático. Embora a “tossinha” do fumante e a hipersecreção de muco possam fazer suspeitar da enfermidade, não constituem sintomas obrigatórios nem indicativos de maior extensão do dano respiratório. Por essa razão, para fazer o diagnóstico é fundamental avaliar a função ventilatória pela espirometria, um exame não-invasivo. Para realizá-lo, o paciente sopra o ar dos pulmões num aparelho que mede os parâmetros associados à capacidade pulmonar.

A espirometria é tão necessária para o diagnóstico e a avaliação da gravidade da DPOC, quanto tirar a pressão arterial é fundamental para os hipertensos. A maioria dos pneumologistas recomenda que todos os fumantes sejam submetidos anualmente a esse teste a partir dos 45 anos de idade. Aqueles que apresentarem declínio da função pulmonar estão em rota de colisão com o aparecimento da dispnéia aos mínimos esforços e da dependência de oxigênio. Muitos especialistas, no entanto, recomendam que toda pessoa que fuma há mais de dez anos seja submetida ao exame, para que o diagnóstico seja feito nas fases iniciais, quando o dano aos tecidos ainda não se tornou irreversível.

Parar de fumar é decisivo para o futuro dos que apresentam declínio progressivo das provas de função respiratória. Quando isso acontece em pacientes com pequeno grau de obstrução das vias aéreas causada pela fumaça do cigarro, a interrupção é associada à melhora imediata da função pulmonar. Ao contrário, nos que continuam a fumar, uma vez alteradas, as provas funcionais sofrem declínio rápido e progressivo.

Chicletes, adesivos de nicotina e drogas antidepressivas como a bupropiona, associados a terapêuticas comportamentais, são de grande utilidade para tratamento da dependência de nicotina nos portadores de DPOC. Pelo fato de não serem inalados, chicletes e adesivos de nicotina colaboram para diminuir o grau de obstrução das vias aéreas, mesmo naqueles que não conseguem parar de fumar, mas que reduzem substancialmente o número de cigarros por dia.

Todos os portadores de DPOC devem receber anualmente uma dose de vacina contra a gripe e outra contra o pneumococo, para evitar que a concomitância de processos infecciosos agrave o quadro respiratório.

Drogas broncodilatadoras e os anticolinérgicos estão indicados para aliviar os sintomas associados à produção e eliminação das secreções. O uso de derivados da cortisona por via inalatória pode reduzir a freqüência de exacerbações dos sintomas respiratórios, mas seu uso prolongado está associado a efeitos indesejáveis.

Técnicas fisioterápicas de reabilitação respiratória aumentam a resistência aos esforços e melhoram a qualidade de vida, mas aparentemente não prolongam a sobrevida.
A dependência do balão de oxigênio e a incapacidade de andar sem ajuda costumam exigir das famílias dos portadores de DPOC sacrifícios pesados, especialmente nas classes em que o orçamento doméstico é limitado. Por uma questão de responsabilidade, todo fumante deve levar em conta que a dependência de nicotina pode levá-lo a tornar-se dependente dos outros para as tarefas mais insignificantes.


Por Drauzio Varella