quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Demência Fronto Temporal (DFT)


Demência Fronto-Temporal: caracteriza-se por atrofia cerebral frontal e temporal.

A Demência Fronto-Temporal (DFT) apresenta um quadro clínico de deterioração mental progressiva com afasia grave e distúrbios comportamentais associados à degeneração (atrofia) temporal esquerda ou fronto-temporal.
Sua evolução é rápida, em geral, deteriora em um ano mas, por vezes, chegando a 5-10 anos.

Esse tipo de demência é às vezes chamada de Complexo de Pick, é caracterizada por atrofia do cérebro nas regiões frontal e temporal. Foram descritas várias patologias de base necessárias ao desenvolvimento desse tipo de demência: Doença de Pick; demência com histopatologia inespecífica; e Demência Fronto-Temporal com Parkinson associado à proteína tau anormal e mutação no cromossomo 17.

A demência ou doença de Pick é uma demência progressiva definida por critérios clínicos e patológicos precisos. A doença de Pick afeta principalmente os lóbulos frontais e temporais.

O início da DFT é, predominantemente, em um grupo de pessoas mais jovens que em outras demências. Cerca de 20% dos casos mostram um padrão de herança autossômico dominante (Cummings, 1992).

No quadro clínico da DFT podem prevalecer distúrbios de personalidade e comportamento, caso as lesões sejam frontais ou, se forem temporais, com afasia progressiva com demência semântica (Hodges, 1992, Neary, 1998).

Se inicialmente surgem alterações de comportamento, personalidade ou da fala, os problemas de memória na Demência Fronto-Temporal aparecem mais tardiamente, tornando difícil o diagnóstico de demência. 

Da mesma forma, está prejudicado o diagnóstico precoce quando se utiliza o Mini-Exame de Estado Mental (MMSE -Mini-Mental State Examination), que pode não detectar anormalidades em pacientes que com DFT quando as alterações são mais frontais.

O diagnóstico por imagem pode exibir uma atrofia focal das áreas frontais e/ou temporais, que é freqüentemente assimétrica. Embora possam ser necessários testes neuropsicológicos mais complexos para o diagnóstico da DFT, privilegia-se uma boa entrevista com familiares sobre alterações de personalidade.

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