terça-feira, 10 de julho de 2012

Alzheimer pode ser detectado com até 10 anos de antecedência


O Alzheimer é uma doença neuro-degenerativa debilitante, associada à perda de memória, demência e eventualmente perda de funções motoras.

Frequentemente é difícil diagnosticá-lo antes que ele já tenha progredido em um paciente. De acordo com o Centro Internacional de Alzheimer, cerca de 10 milhões de pessoas sofrem de demência apenas na Europa, sendo que o Alzheimer responde pela maioria dos casos. Durante anos, cientistas em todo o mundo têm tentado encontrar novos tratamentos ou mesmo a cura para ao mal, mas poucos até agora se mostraram realmente efetivos. 

Em um novo relatório científico publicado na edição do dia 1º de janeiro deste ano na revista Archives of General Psychiatry, um grupo de pesquisadores suecos mostrou ser possível detectar indivíduos com alto risco de desenvolver Alzheimer dez anos antes de eles apresentarem qualquer sintoma. Se essa técnica mostrar êxito, ela poderá se tornar uma importante ferramenta para tratar futuramente os pacientes. 

"O que temos mostrado é que é possível detectar as pessoas que têm alto risco de desenvolver o Alzheimer dez anos antes de elas desenvolverem a demência. O teste não é 100% preciso, então não é que se possa diagnosticar os pacientes antes de desenvolverem a demência, mas se pode identificar aqueles que têm alto risco de terem a doença no futuro. A pesquisa vinha nesta área havia dez anos. Estes bioindicadores, como os chamamos – os beta-amiloides e as proteínas tau – são conhecidos por sua associação com o Alzheimer. Mostramos que eles se alteram durante os estágios bem iniciais da doença", disse Oskar Hansson, professor de neurociência na Universidade de Lund (Suécia) e coautor do estudo. 

Se indivíduos com sintomas fracos mas altas chances de desenvolver a doença são identificados, maior a probabilidade de alcançar os efeitos positivos com as novas terapias.





Fonte: Correio do Brasil

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