sábado, 1 de dezembro de 2012

Menopausa feliz


Especialista fala sobre as mudanças e como viver mais feliz depois do fim das regras

O primeiro sutiã, a primeira menstruação, a descoberta do amor, o casamento, a chegada dos filhos.  A vida da mulher é repleta de momentos marcantes, e um período não menos importante é a chegada da menopausa. E, segundo especialistas, estar bem preparada para esta fase é o primeiro passo para lidar bem com ela. Fazer exames periódicos, adotar uma alimentação saudável, usar roupas mais leves e beber muita água são alguns dos hábitos que podem fazer com que a mulher viva uma menopausa mais feliz.

As mudanças são visíveis e incomodam a maioria das mulheres por volta dos 50 anos. As rugas começam a aparecer, as gordurinhas saltam aos olhos, sem falar nos calores fora de hora e outros sintomas nada agradáveis. Para muitas mulheres a menopausa pode ser sinônimo de tristeza e insatisfação. Mas, segundo Angela Maggio Da Fonseca, professora associada da Clínica Ginecológica do Departamento de Obstetrícia e Ginecologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), as coisas não precisam ser assim. “Embora a menopausa seja um sinal de envelhecimento, não há motivo para desespero ela deve ser encarada como uma fase da vida e, por isso, inevitável. Se a mulher começar a se cuidar desde cedo, quando chegar à menopausa, os sintomas poderão ser amenizados, podendo até passar despercebidos”, diz a ginecologista.

Chegar bem a menopausa é a grande preocupação das mulheres maduras. Sendo assim, algumas mudanças devem ser consideradas nesta fase. “As mulheres devem fazer exame ginecológico periódico com exames laboratoriais de prevenção, tanto do câncer assim como doenças relacionadas ao metabolismo das gorduras e dos açúcares, estando assim preparada para enfrentar tranquilamente a menopausa. Também é recomendável usar roupas leves e confortáveis, procurar ficar em ambientes frescos e ventilados, evitar banhos muito quentes. A alimentação deve ser rica em cálcio e pobre em gorduras e açúcares. Deve-se beber bastante água e comer muitas frutas, principalmente as que contêm maior quantidade de água como laranja, melão, melancia, abacaxi. Evitar tomar muito café e diminuir o consumo de sal.”, alerta Ângela.

Mas não é só de fatores desagradáveis que a menopausa é feita. Segunda a ginecologista, esse período também traz uma série de vantagens. “Desde que a mulher apresente qualidade de vida, ou seja, esteja bem estruturada psicologicamente a menopausa tem vantagens, tais como ausência de menstruações, que às vezes eram incomodas, não há necessidade de contracepção (após um ano da última menstruação a mulher não engravida mais) e, em geral, nesta fase da vida a mulher já está numa posição social e econômica mais estável sendo possível usufruir melhor do que gosta, melhorar a qualidade de vida. Minha dica é: procure o convívio social, aproveite para fazer o que você não teve oportunidade de fazer antes em virtude de afazeres domésticos, como: cursos, viagens, danças e outros lazeres. Aprenda a viver nesta fase com dignidade. Aproveite para ser feliz.”, aconselha a médica.

Vale lembrar que os sintomas da menopausa podem e devem ser amenizados através da adoção de bons hábitos de vida. Além disso, os tratamentos à base de hormônios são indicados na maioria dos casos, mas devem ser analisados individualmente. “O tratamento da menopausa deve ser feito sempre por médico e iniciado no momento em que a mulher ou o profissional detectarem manifestações sugestivas de carência hormonal.  Temos vários tipos de tratamentos para todos os sintomas que ocorrem na menopausa, ou seja, tratamentos hormonais ou alternativos.

A terapia hormonal é o melhor tratamento e mais eficiente, melhora quase todos os sintomas da menopausa, pois repõe o nível hormonal que é a causa principal destes sintomas. Sempre antes de instituir a terapêutica deve ser feito exame ginecológico completo, prevenção do câncer (através de ultrassom, mamografia, etc.), avaliação hormonal e metabólica (colesterol total e frações, triglicérides, glicemia...) das mulheres. Para as mulheres que não podem ou não querem a terapia hormonal utiliza-se o tratamento alternativo que é específico para cada sintoma.”, finaliza a ginecologista.


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