sexta-feira, 22 de junho de 2012

Investigadores suíços desenvolvem novo medicamento para a doença de Alzheimer


Investigadores americanos constataram que o fator de risco mais comum para a doença de Alzheimer altera a função cerebral das mulheres idosas, mas tem pouco efeito na função cerebral dos homens, refere um estudo publicado no “Journal of Neuroscience”, avança o site alert®.

O estudo liderado pelos investigadores da Stanford University School of Medicine, nos EUA, dá conta que as mulheres portadoras do gene ApoE4, um fator de risco conhecido desta doença neurológica, apresentam alterações cerebrais características da doença de Alzheimer, as quais podem ser detectadas antes da manifestação dos sintomas.

Tanto os homens como as mulheres que herdam duas cópias do gene ApoE4, casos detectados em apenas dois por cento da população, possuem um elevado risco de sofrer da doença, apesar de, até agora, não estarem determinadas as implicações nos casos das pessoas que herdam uma cópia do gene, o que ocorre em 15% das pessoas.

Para o estudo os investigadores contaram com a participação de 91 homens e mulheres, com uma média de 75 anos, que apresentavam ou não uma cópia do gene ApoE4. Foi, pela primeira vez, constatado que ao contrário dos homens, as mulheres portadoras do gene ApoE4 apresentavam características da doença de Alzheimer, nomeadamente alterações da atividade cerebral e níveis elevados de uma proteína, a Tau, no líquido cefalorraquidiano. A presença de elevados níveis desta proteína é um importante biomarcador desta doença neurodegenerativa.

Os resultados deste estudo podem ajudar a explicar por que motivo as mulheres são mais afetadas pela doença de Alzheimer, revelou um dos autores do estudo, Michael Greicius. Por cada três mulheres com doença de Alzheimer, apenas um homem sofre desta doença neurodegenerativa. “É certo que as mulheres vivem, em média, mais tempo que os homens e a idade é um fator de risco da doença de Alzheimer. Contudo, a disparidade do risco de desenvolvimento desta doença persiste mesmo após se corrigir a diferença na longevidade. Esta diferença de impacto que o gene ApoE4 tem nas mulheres e nos homens pode, em parte, explicar a maior incidência da doença de Alzheimer nas mulheres”, acrescenta o investigador.

A relação entre o gene ApoE4 e o sexo feminino irá permitir o desenho de novos estudos que poderão ajudar a conhecer de que forma este gene aumenta o risco da doença de Alzheimer.


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