quinta-feira, 21 de junho de 2012

Hospital A.C.Camargo oferece tratamento personalizado para pacientes oncológicos idosos

Pensando na parcela da população a partir de 70 anos - que hoje representa 20% das 4 mil consultas/mês realizadas em seu departamento de Oncologia Clínica - o Hospital A.C.Camargo criou o Ambulatório de Oncogeriatria, que visa proporcionar ao paciente um atendimento especializado em sua faixa etária, além de um tratamento baseado em sua idade biológica e não cronológica. Para isso, são utilizadas ferramentas constituídas de questionários específicos que ajudam a determinar aspectos da saúde física e emocional do paciente, que poderiam não ser percebidos em uma consulta de rotina.

Com a implementação do novo serviço, o paciente oncológico com mais de 70 anos que chega para sua primeira consulta, além do atendimento oncológico geriátrico inicial, é avaliado pela Enfermagem e Psiquiatria. O objetivo é determinar as condições funcionais desse paciente em relação a suas atividades básicas da vida diária. De acordo com o perfil - independente, limítrofe ou frágil - elabora-se o plano de tratamento.

"Queremos observar se ele consegue agir por si próprio, se está ou não deprimido e identificar outros aspectos importantes como a manutenção da memória, saúde cardiológica, pulmonar e renal e até mesmo se medicamentos que estão prescritos para ele podem conflitar com os quimioterápicos. Com isso tudo, contribuímos para diminuir eventuais complicações durante a quimioterapia, reduzir o tempo necessário de internações, proporcionando mais qualidade de vida ao paciente idoso", destaca o oncologista Marcello Fanelli, Diretor de Oncologia Clínica do A.C.Camargo.

Ao identificar os principais aspectos clínicos de cada paciente, é possível, segundo Fanelli, tratá-lo de forma correta, evitando que sejam adotados procedimentos invasivos desnecessários ou  medidas mais cautelosas para um paciente que reúne plenas condições clínicas de receber um tratamento convencional. "Não podemos permitir que um idoso com perfil adequado para um tratamento pleno deixe de recebê-lo", afirma Fanelli.

Ao mesmo tempo, o Ambulatório de Oncogeriatria visa também uma abordagem personalizada para os pacientes que apresentam condição clínica debilitada, que possam não se beneficiar ou ver diminuída sua qualidade de vida caso recebam um tratamento não adaptado para a sua situação. "Um paciente que, por exemplo, apresenta diabetes há muito tempo e o rim não funciona bem, não poderá ser tratado com uma dose normal de quimioterápicos, pois os efeitos colaterais podem ser extremamente severos, além disso, esse rim pode talvez não metabolizar e nem eliminar a droga direito", explica Fanelli.


O Serviço é coordenado pelos oncologistas clínicos Marcello Fanelli, Aldo Lourenço Abbade Dettino, Ana Carolina Sigolo Levy, Fábio Nasser, José Augusto Rinck Júnior, Leila Maria Magalhães Pessoa de Melo, Milton José de Barros e Silva, Solange Moraes Sanches e Ulisses Ribaldo Nicolau. Além disso, reúne uma equipe interdisciplinar, todos com especialização em oncologia, que são os casos da psiquiatra Maria Teresa da Cruz Lourenço, a psicóloga Kátia Rodrigues Antunes e  as enfermeiras Ana Maria Leite e Bárbara Figueroa.


Fonte: www.accamargo.org.br

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