sábado, 3 de agosto de 2013

Como lidar com a agressividade do Alzheimer

É preciso ter calma e tomar as medidas certas.
No início, os sintomas da doença de Alzheimer são apenas pequenos esquecimentos, que normalmente a família não é capaz de distinguir de um simples fato normal, levando em conta o envelhecimento da pessoa, mas, com o tempo, o avança dos sintomas acontece de forma gradual. Com a doença se desenvolvendo, o paciente passa a apresentar comportamento confuso, passa a não reconhecer parentes e amigos e pode demonstrar agressividade.

Lidar com o paciente com DA que apresenta comportamento agressivo exige entender que o comportamento agressivo pode ser uma manifestação clinica da patologia. “Mas nem sempre apenas o entendimento destas circunstâncias ameniza lidar com uma situação de agressividade e DA. Assim, não é incomum o cuidador ou pessoa responsável necessitarem também de terapia ou medicação para auxiliar nesta árdua tarefa”, explica Dr.André Felicio, neurologista, doutor em ciências pela UNIFESP, membro da Academia Brasileira de Neurologia e Clinical Fellow da University of British Columbia no Canadá.

Em alguns casos, as pessoas com DA no ato da agressividade podem até mesmo tentar bater ou morder as pessoas. “Lidar com pacientes portadores de Alzheimer e agressivos não é tarefa fácil mesmo para os cuidadores experientes, que lidam profissionalmente com isso. Em algumas situações, por exemplo, a segurança do próprio paciente e familiares envolvidos pode estar seriamente em risco, sendo a institucionalização recomendada”, comenta Felicio.

Dr.André Felicio responde a algumas dúvidas mais comuns dos cuidadores:

1.Quando é a hora de buscar tratamento medicamentoso para o comportamento agressivo?
Quando este comportamento interfere significamente com a qualidade de vida do paciente, dos cuidadores, dos familiares ou põe em risco a integridade física daqueles envolvidos nos cuidados e o próprio portador de Alzheimer.

2.Quais sinais podem indicar que a pessoa está começando a ficar alterada?
Normalmente a agressividade se desenvolve de maneira verbal ou física, muitas vezes sem um fator desencadeante específico.

3.Existem situações comuns em que pacientes com DA costumam ficar violentos?
Algumas situações são propícias, por exemplo, durante banho e outras tarefas de higiene e ao entardecer (“Fenômeno do entardecer”, do inglês sundowning). Entretanto, é preciso lembrar que algumas vezes a agressividade pode ser apenas uma reação a um fenômeno psicótico, ou seja, o paciente está na verdade reagindo a uma alucinação visual ou a um delírio.

4.O estado de agressividade pode ser herança de comportamentos anteriores à doença?
Sim e não. Alguns pacientes já eram agressivos e apenas exacerbaram este comportamento. Entretanto, outros jamais foram agressivos e passam a ficar muito agitados e com comportamento inapropriado. Cabe lembrar que o inverso também é verdadeiro, ou seja, o paciente era agressivo antes da doença e muda o comportamento para alguém mais sereno, muito passivo, obviamente uma situação menos comum e muito fácil de lidar.



Por: Revista Ao seu lado   

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