quarta-feira, 6 de março de 2013

Envelhecimento produtivo


A população brasileira está envelhecendo.

Segundo a Organização Mundial da Saúde, em 2025, o país será o sétimo com a maior população de idosos no mundo, com cerca de 32 milhões de pessoas acima dos 60 anos. Em São Paulo, essa faixa etária já ultrapassa 1,3 milhão de pessoas. Daqui a 12 anos, serão quase 2,3 milhões.

A evolução da medicina nos permite viver mais, podendo curtir a vida, os amigos, a família, viajar ou estudar. Por outro lado, o Dr.Luiz Roberto Ramos, diretor do Centro de Estudos do Envelhecimento da USP, alerta que a maioria dos idosos tem baixa condição socioeconômica e educacional; está sujeita a doenças crônicas e incapacitantes.

Então é preciso cuidado e atenção com esta população. A dedicação não pode ser apenas das famílias. O poder público tem responsabilidade com quem sempre pagou impostos e a previdência social.

O Governo de São Paulo inovou com o Fundo Estadual do Idoso. É dinheiro dos nossos impostos para assistir aqueles que vivem a terceira idade hoje, e a todos nós que a viveremos amanhã. São quase R$ 270 milhões em hospitais, centros de atendimento médico, laboratórios de análises clínicas, atenção domiciliar e outras iniciativas, em mais de 100 cidades.

Como secretário das Subprefeituras de São Paulo, instalei em parques as primeiras academias de ginástica especiais para este público, reformei o Pólo Cultural do Idoso, no Cambuci, e criei programação específica para a terceira idade em dez subprefeituras. Na secretaria de Estado da Cultura, também abrimos atividades noturnas nas Fábricas de Cultura voltadas aos mais velhos.

Hoje não faltam projetos na Coordenadoria do Idoso da Secretaria Municipal de Participação e Parceria. Esperamos que sejam mantidos. E que a prefeitura cuide melhor das calçadas – que hoje estão intransitáveis, já que os mais velhos dependem de um passeio plano e sem obstáculos para se locomover bem. Deve-se, também, facilitar o acesso gratuito ao transporte público e aos espaços culturais, garantidos por lei.

As cidades precisam dar espaço ao envelhecimento ativo: que permita aproveitar o tempo, produzir. Viver para si e para outros, trabalhando, por exemplo.

Nos países europeus há uma enorme valorização e respeito pela experiência que a idade avançada proporciona às pessoas. Por isso, lá existem várias funções em que são empregados preferencialmente idosos. Todos nós devemos pensar mais no futuro, pois é nele que passaremos boa parte de nossas vidas.


Fonte: Vereador Andrea Maratazzo

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