Se
para muitas de nós, o assunto sempre foi tabu, é hora de
reavaliarmos: sexo é perfeitamente saudável nessa idade.
Muitas
vezes, homens ou mulheres se apaixonam por pessoas mais velhas e a família fica
achando que só existem interesses materiais na relação.
Mas
nós temos exemplos históricos, como Chiquinha Gonzaga ou Edit Piaf.
Ambas
ficaram com pessoas mais jovens e viveram intensamente a vida.
Se
a pessoa não tiver consciência, independentemente da idade, pode dar bens
materiais em qualquer tempo.
A
sexualidade está ligada a todo o corpo, à sensualidade, ao toque, a ficar
junto, a realizar coisas juntos. O atletismo sexual não está mais na moda.
Quando
as pessoas contam muita vantagem, na realidade têm medo de sua performance. É
preciso esclarecer que a sexualidade é maravilhosa para sempre, está muito
ligada à amizade, ao afeto; há prazer sexual a dois mesmo sem penetração. É
preciso aprender novas formas e deixar de pensar sobre a sexualidade
apenas como penetração.
Por
uma vida mais harmônica. O cuidado com a saúde e a espiritualidade.
Para
que não pensemos que o prolongamento da vida seja uma maldição e sim uma benção
é preciso perceber que o envelhecimento é mais uma etapa da vida. Para vivê-la
plenamente é necessário que todas as pessoas a entendam, respeitando suas
características, potencialidades, expectativas, sonhos, desmotivações e
motivações.
Em geral, as pessoas precisam de uma religiosidade, mas como exercê-la é uma escolha independente e pessoal. Em minha experiência como psicóloga e terapeuta transacional, aprendo com cada um de meus pacientes, pois ao amadurecer há a necessidade de pensar e agir com mais flexibilidade.
Pela
minha experiência clínica, nas pesquisas e teses, é fato que pessoas mais
resolvidas conseguem passar por qualquer coisa. Eu não tive o menor problema ao
vivenciar a menopausa. O médico dizia: Isto é um problema de cabeça. Existem
pessoas que sentem calores, passam mal. As pessoas que estão harmônicas consigo
mesmas têm conseguido passar por qualquer coisa. Agora, a saúde é fundamental,
o cuidado com ela é imprescindível, é preciso acompanhar e não esperar adoecer.
Solidão não é apenas estar só. E estar só não é viver na solidão. Por isso, é importante, em qualquer idade, que você faça novas amizades, e aprenda coisas novas. A solidão é uma construção, e estar só, muitas vezes, é uma escolha. É preciso aprender a envelhecer, e garantir sua qualidade de vida mantendo a auto-estima.
Dina Frutuoso é doutora em Educação e
tem mais de 60 anos
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