Pesquisadores
da Clínica Mayo, em Jacksonville, Flórida, descobriram uma proteína anormal que
se acumula nos cérebros de muitos pacientes com doenças neurodegenerativas,
como a esclerose lateral amiotrófica, também chamada de doença de Lou Gehrig, e
a demência frontotemporal.
A
equipe de pesquisa da Clínica Mayo descobririu uma proteína anormal chamada
C9RANT. Um erro no processo celular altamente regulado pelo qual as proteínas
são geradas, causaria a produção anormal de C9RANT. A equipe desenvolveu um anticorpo
que pode detectar agregados de proteínas específicas e insolúveis que está
presente em pacientes com mutações no gene C9ORF72, que foi previamente
identificado por pesquisadores da Clínica Mayo como a causa genética mais comum
de ELA e demência frontotemporal.
Dr.Petrucelli
é neurocientista molecular e afirma que “esta nova descoberta esclarece
sobre a forma de como a mutação causa esses transtornos e nos fornece um
marcador que nos ajuda a monitorar a progressão da doença em pacientes com este
transtorno e, potencialmente, combater a doença”.
Esses
aglomerados de proteína podem ser a causa da morte neuronal e da toxicidade
nestas doenças. Assim, pode ser possível para as terapias quebrar os
aglomerados ou, em primeiro lugar, evitar a acumulação de proteína.
Os
pesquisadores esperam que, no futuro, isso venha a ser testado através de uma
punção lombar.
Demência
fronto-temporal é a forma mais comum de demência neurodegenerativa de
início precoce, após a doença de Alzheimer. É caracterizada por mudanças de
comportamento, personalidade e linguagem devido a uma perda de massa cinzenta
no lobo frontal do cérebro.
A
Esclerose, por sua vez, destrói células nervosas motoras que controlam a
atividade muscular essencial, como falar, andar, respirar e engolir.
Esta
nova descoberta resulta de uma constatação relatada em 2011 simultaneamente por
pesquisadores da Clínica Mayo e cientistas do National Institutes of Health.
Fonte: alzheimeruniversal.eu