Quanto mais cedo
começa o planejamento, maiores os benefícios
Nunca
é tarde para pensar no futuro e fazer bons investimentos. Já que a conhecida
caderneta de poupança não rende o necessário para um descansar satisfatório, a
saída, dizem especialistas, além de fazer um plano de aposentadoria pública, é
investir na aposentadoria privada somada a fundos de investimento. Quem tiver
espírito aventureiro pode até tentar aplicar os recursos em ações para
complementar os rendimentos.
Os
planos de previdência pública têm um teto baixo: atualmente, gira em torno de
R$ 1.869 por mês. De fato, quem possui um rendimento superior a esse valor não
deseja reduzir o salário no fim da carreira, pretendendo somá-lo às demais
alternativas, principalmente planos de previdência complementares.
O que fazer, então? "Aconselho que as pessoas interessadas invistam 70% dos recursos na previdência privada, e em fundos de investimentos como fundos de pensão. O restante, em fundos de ações, investimento mais arriscado porém mais lucrativo", indica o especialista em fundos de pensão, Marco Paradela.
A Previdência Privada possui várias opções. Pode ser dividida entre PGBL, Plano Gerador de Benefício Livre, sendo recomendado àqueles que declaram imposto de renda no formulário completo, e VGBL, Vida Gerador de Benefício Livre, na qual o imposto de renda incide somente sobre os rendimentos.
A rentabilidade pode ser calculada facilmente. Ao comprar planos de previdência é possível fazer a simulação do quanto se quer receber e o que é necessário ser investido no momento. O importante é que quanto mais jovem a pessoa começa a contribuir, menores serão as prestações mensais.
No
PGBL, todos os depósitos são dedutíveis para o imposto em até doze por cento do
rendimento. O rendimento à baixo, as taxas administrativas são altas,
especialmente para depósitos pequenos. "Eu desaconselho uma pessoa a fazer
plano PGBL, a menos que tenha interesse fiscal e pretenda evitar o imposto de
renda", indica Luís Antonik, diretor acadêmico da Faculdade Católica de
Administração e Economia.
Os fundos de investimento como os de pensão são acordos da empresa com uma entidade financeira, que oferecem um plano a seu empregado com o custo dividido entre ela e o próprio funcionário. A empresa entra com um percentual na faixa de 5% até 100 %, uma forma de retenção mensal administrada pela própria empresa até o resgate final por parte do funcionário. Somente quem está empregado, e bem empregado, em uma empresa de grande porte, é favorecido por essa opção.
Sobre
a compra de ações, Marco Paradela diz que o cliente pode escolher o perfil que
deseja investir, se com baixo risco ou alto. "Quanto maior o risco, maior
a rentabilidade. Diferente do investimento em fundos sólidos, geralmente ações
compradas de empresas sólidas por corretoras como a Votorantim, CSN ou
Petrobrás, por exemplo".
Tanta flexibilidade de investimentos não é para qualquer um. Para quem não possui carteira assinada ou é empregado autônomo, não há muitas opções. Para esses casos, os especialistas indicam a previdência privada, na qual é possível escolher quanto pagar por mês, e receber no final do período de contribuição todo o somatório acumulado. Em qualquer caso, estudar bem as opções é sempre o melhor caminho.
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