Especialista
fala sobre as mudanças e como viver mais feliz depois do fim das regras
O
primeiro sutiã, a primeira menstruação, a descoberta do amor, o casamento, a
chegada dos filhos. A vida da mulher é repleta de momentos marcantes, e
um período não menos importante é a chegada da menopausa. E, segundo
especialistas, estar bem preparada para esta fase é o primeiro passo para lidar
bem com ela. Fazer exames periódicos, adotar uma alimentação saudável, usar
roupas mais leves e beber muita água são alguns dos hábitos que podem fazer com
que a mulher viva uma menopausa mais feliz.
As
mudanças são visíveis e incomodam a maioria das mulheres por volta dos 50 anos.
As rugas começam a aparecer, as gordurinhas saltam aos olhos, sem falar nos
calores fora de hora e outros sintomas nada agradáveis. Para muitas mulheres a
menopausa pode ser sinônimo de tristeza e insatisfação. Mas, segundo Angela
Maggio Da Fonseca, professora associada da Clínica Ginecológica do Departamento
de Obstetrícia e Ginecologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São
Paulo (USP), as coisas não precisam ser assim. “Embora a menopausa seja um
sinal de envelhecimento, não há motivo para desespero ela deve ser encarada como
uma fase da vida e, por isso, inevitável. Se a mulher começar a se cuidar desde
cedo, quando chegar à menopausa, os sintomas poderão ser amenizados, podendo
até passar despercebidos”, diz a ginecologista.
Chegar
bem a menopausa é a grande preocupação das mulheres maduras. Sendo assim,
algumas mudanças devem ser consideradas nesta fase. “As mulheres devem fazer
exame ginecológico periódico com exames laboratoriais de prevenção, tanto do
câncer assim como doenças relacionadas ao metabolismo das gorduras e dos
açúcares, estando assim preparada para enfrentar tranquilamente a
menopausa. Também é recomendável usar roupas leves e confortáveis, procurar
ficar em ambientes frescos e ventilados, evitar banhos muito quentes. A
alimentação deve ser rica em cálcio e pobre em gorduras e açúcares. Deve-se
beber bastante água e comer muitas frutas, principalmente as que contêm maior
quantidade de água como laranja, melão, melancia, abacaxi. Evitar tomar muito
café e diminuir o consumo de sal.”, alerta Ângela.
Mas
não é só de fatores desagradáveis que a menopausa é feita. Segunda a
ginecologista, esse período também traz uma série de vantagens. “Desde que a
mulher apresente qualidade de vida, ou seja, esteja bem estruturada
psicologicamente a menopausa tem vantagens, tais como ausência de menstruações,
que às vezes eram incomodas, não há necessidade de contracepção (após um ano da
última menstruação a mulher não engravida mais) e, em geral, nesta fase da vida
a mulher já está numa posição social e econômica mais estável sendo possível
usufruir melhor do que gosta, melhorar a qualidade de vida. Minha dica é:
procure o convívio social, aproveite para fazer o que você não teve
oportunidade de fazer antes em virtude de afazeres domésticos, como: cursos,
viagens, danças e outros lazeres. Aprenda a viver nesta fase com dignidade.
Aproveite para ser feliz.”, aconselha a médica.
Vale
lembrar que os sintomas da menopausa podem e devem ser amenizados através da
adoção de bons hábitos de vida. Além disso, os tratamentos à base de hormônios
são indicados na maioria dos casos, mas devem ser analisados individualmente.
“O tratamento da menopausa deve ser feito sempre por médico e iniciado no
momento em que a mulher ou o profissional detectarem manifestações sugestivas
de carência hormonal. Temos vários tipos de tratamentos para todos os
sintomas que ocorrem na menopausa, ou seja, tratamentos hormonais ou
alternativos.
A
terapia hormonal é o melhor tratamento e mais eficiente, melhora quase todos os
sintomas da menopausa, pois repõe o nível hormonal que é a causa principal
destes sintomas. Sempre antes de instituir a terapêutica deve ser feito exame
ginecológico completo, prevenção do câncer (através de ultrassom, mamografia,
etc.), avaliação hormonal e metabólica (colesterol total e frações,
triglicérides, glicemia...) das mulheres. Para as mulheres que não podem ou não
querem a terapia hormonal utiliza-se o tratamento alternativo que é específico
para cada sintoma.”, finaliza a ginecologista.
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